12-03-2022UCRÂNIA - 5 :que se constituam grupos luso-ucranianos - H Salles da Fonseca
A tenacidade demonstrada pelos ucranianos na defesa do seu País contra a Invasão russa destrói por completo os argumentos de que a Ucrânia faz parte da Rússia - argumentação historicamente caduca, etnicamente falsa e politicamente aberrante. Os factos demonstram-no. Como alguém disse numa TV, «Putin poderá ganhar a guerra mas perderá a paz». E é para que os problemas militares possam ser resolvidos que nós, os outros europeus, temos o dever de proporcionar aos refugiados ucranianos (velhos, mulheres e crianças, quer saudáveis quer doentes) as melhores condições de vida. Até para que os combatentes saibam que as famílias estão a recato. Pelas notícias, constatamos que a nossa sociedade (pública e privada) se aplica com entusiasmo em iniciativas de acolhimento. Aliás, outro procedimento não seria expectável. Do que os refugiados necessitam imediatamente é da recuperação emocional e física mas logo de seguida necessitarão de arranjar um modo «normal» de vida pois ninguém sabe por quanto tempo cá ficarão. Nesta incerteza, lanço duas sugestões:
Em situações normais, iniciativas deste género seriam bilaterais dos Estados envolvidos, mas com a situação por que actualmente o Estado Ucraniano atravessa, a iniciativa só poderá ser unilateral, do Estado Português. Ficam as sugestões na certeza, porém, de que há muitas matérias por definir, a começar por «onde», «como», «com quem», «para quem»… e se ficarmos à espera que a nossa Administração Pública decida avançar com soluções, mais valerá que nos sentemos. Acho bem melhor que apareçam particulares que se constituam em grupos luso-ucranianos (um grupo para cada iniciativa) de estudo, promoção e pressão que «levem as respectivas cartas a Garcia». Quem se oferece? Março de 2022 |