Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


19-07-2021

Vila Monforte , no Alto Alentejo, Distrito de Portalegre, e vizinha da vila de Fronteira


 

Monforte, Portalegre, Alentejo, Portugal 2014

 

   

Monforte, Portalegre, Alentejo, Portugal 2014

 

 

 

com um bom texto descritivo sobre esta vila do Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo, com 1 300 habitantes.
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É sede de um município com 419,65 km² de área e 3 329 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a oeste e norte pelos municípios do Crato e de Portalegre, a leste por Arronches e por Elvas, a sudoeste por Borba e por Estremoz, a oeste por Fronteira e a noroeste por Alter do Chão.
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Possui um clima marcadamente mediterrânico, caracterizado por uma estação seca bem acentuada no Verão. A precipitação ronda os 500 mm entre os meses de Outubro e Março e os 170 mm no semestre mais seco.
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A ocupação humana deste território começou no período neolítico, com pequenas comunidades agro-pastoris. A civilização romana teve uma influência importante nestas terras deixando um rico legado patrimonial. Durante a Idade Média existiam no território do actual concelho dois núcleos populacionais distintos, a Vila de Monforte e a Vila de Assumar.
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A primeira Carta de Foral foi outorgada em 1257, por D. Afonso III, à Vila de Monforte. Ser-lhe-ia dada nova Carta de Foral no dia 1 de Julho de 1512, por D. Manuel I.
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Em 1281 D. Dinis ofereceu a vila de Monforte à sua filha D. Isabel como dote aquando do seu casamento.
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Admite-se a possibilidade de remontar a um castro pré-romano, convertido em um pequenoópido à época romana, sucessivamente ocupado por Visigodos e Muçulmanos.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a povoação foi inicialmente conquistada, em 1139, em uma ofensiva das forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) à região. Visando o seu povoamento e defesa, o soberano passou-lhe Carta de Foral em 1168.
Após a conquista definitiva da região, devastada e despovoada pelos combates, D. Afonso III (1248-1279) concedeu foral à vila e termo de Monforte, garantindo amplos privilégios aos seus moradores (1257), incrementando o seu povoamento e fazendo recuperar as suas defesas.
D. Dinis (1279-1325) doou o senhorio da vila de Monforte a sua esposa D. Isabel como dote de casamento (1281) juntamente com o das vilas de Óbidos, Porto de Mós, Sintra e outras. Por determinação deste soberano, inicia-se a reconstrução do castelo arruinado pelos conflitos e pelo tempo, concomitante com a cerca da vila (1309). O novo castelo era edificado no contexto de uma linha defensiva que cobria a linha fronteiriça da região no sentido Norte – Sul, integrada pelos castelos de Arronches, Portalegre, Marvão, Alegrete, Castelo de Vide, Vila Viçosa, Borba, Veiros, Alandroal e outros.
No contexto da Guerra da Restauração, o Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656) fez modernizar as defesas da vila de Monforte, adptando-as aos tiros da artilharia, quando foram erguidos quatro baluartes. Uma segunda linha defensiva, em faxina e terra envolvia a povoação à época, dela não restando vestígios atualmente.
A vila e sua fortificação vieram a cair momentaneamente diante das tropas espanholas sob o comando de D. João de Áustria (28 de Junho de 1662). Aproveitando-se, entretanto, do recuo do corpo principal das forças espanholas para Badajoz, as tropas portuguesas lograram reconquistar a praça no início do mês seguinte (11 de Julho).
A praça voltaria a ser alvo de diversas investidas durante a Guerra da Sucessão Espanhola e novamente durante a Guerra Peninsular. Neste contexto, durante a chamada Guerra das Laranjas (1801), o castelo medieval foi destruído por uma violenta incursão das tropas espanholas, permanecendo de pé apenas a torre de menagem e alguns troços das muralhas.
Os vestígios da fortificação de Monforte não se encontram classificados.

 

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Monforte, Portalegre, Alentejo, Portugal 2014