Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


06-05-2010

Literatura Goesa de Língua Portuguesa Everton Machado


Literatura goesa de língua portuguesa 

por Everton Machado 
evermachado@gmail.com

 
5 de Abril de 2010
 

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Horizonte da costa literânea de Goa, na Índia

Quatro séculos e meio de presença portuguesa na Índia (1510-1961) deixaram marcas profundas em Goa. Elas se refletem no mobiliário, na arquitetura, na música e no folclore locais, além do espaço societal e de certas tradições religiosas. Isto é bastante conhecido por quem se interessa pela história da expansão marítima e colonial lusitana, mas o mesmo não se pode dizer da literatura fruto desse encontro entre duas culturas diferentes, a cristã e a hindu, para não dizer portuguesa e indiana.

Esta literatura é, certamente, o fenômeno mais curioso das literaturas feitas em português. Primeiro, pelo fato de uma língua falada por uma minoria constituir um corpus de obras (entre poesia, conto, romance, crítica e historiografia) numericamente importante. Segundo, por não ter sobrevivido - ao contrário de outras literaturas praticadas em contextos coloniais (na língua do colonizador) - ao processo de descolonização, podendo-se contar nos dedos os autores goeses relevantes a escrever em português após a anexação de Goa pela União Indiana em 1961.

Ora, o amadurecimento da chamada literatura “indo-portuguesa” coincide justamente com seu canto do cisne, na figura do romancista Orlando da Costa (1929-2006), ademais comodamente instalado na história da literatura “portuguesa” como integrante da última fase do movimento neo-realista. Orlando da Costa, que passou a maior parte de sua vida em Lisboa e foi intimamente ligado à paisagem política e cultural de Portugal, fecha o círculo iniciado por Francisco Luís Gomes (1829-1869) - o autor do primeiro romance indo-português -, ambos tendo sido devedores mais da cultura portuguesa do que da cultura indiana, ainda que - como todo goês educado em ambiente cristão e europeu - “sob o signo duma rotura”, para usar as palavras de Eufemiano de Jesus Miranda que bem definem a condição do escritor indo-português (Literatura indo-portuguesa dos séculos XIX e XX: um estudo de temas principais no contexto sócio-histórico, Universidade de Goa, 1995, p. 247).

Tal rotura – de homens divididos entre o Ocidente e o Oriente – pode ser melhor apreendida através do que dizem Vimala Devi e Manuel de Seabra em seu A Literatura Indo-portuguesa (Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1971, v. 1, p. 114):

“Sem dúvida nada mais insólito do que a coexistência na mesma área de cultura do espírito democrático ocidental com o espírito teogónico indiano apoiado numa noção de castas de origem rácica e política e justificadas pela religião; da universalidade cristã com o circunstancialismo social hindu; da mentalidade pragmática europeia com a mentalidade conceptualista indiana; da rigidez moral judaico-cristã com o espírito de tolerância próprio de uma cultura tropical ainda de fortes raízes totémicas; do puritanismo cristão com o vitalismo do paganismo hindu. Nada mais insólito do que a coexistência de todos estes elementos paradoxais na mesma cultura e no mesmo indivíduo. E, no entanto, produziu-se”.

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Estátua em homenagem a Francisco Luís Gomes, pioneiro na literatura em Goa

O primeiro ponto abordado aí  pelos historiadores da literatura indo-portuguesa, seria, segundo os mesmos, o responsável direto pelo “aparecimento de uma verdadeira expressão indo-portuguesa”, posto que, para além de inspirar os primeiros escritores que em Goa realmente nasceram (deve-se ter sempre em mente que se trata aqui do meio cristão), constitui tanto uma temática quanto um problema de consciência exclusivamente locais. Em Goa, o princípio de igualdade preconizado pelo cristianismo acabou tendo que - por força das circunstâncias e dos interesses mais diversos - se adaptar ao rígido sistema hiérarquico-social indiano, levando três padres (Francisco do Rego, António João de Frias e Leonardo Paes no século XVIII) a defenderem não apenas o conceito de casta mas ainda o grupo a que eles próprios pertenciam à luz da teologia católica. É com este estratagema que diz muito sobre os jogos de interesses numa sociedade em fase de constituição que nasce a literatura indo-portuguesa.

Ela vai no entanto se firmar apenas a partir da segunda metade do século XIX, quando se verifica em Goa uma certa efervescência cultural, consequência da introdução naquelas paragens do liberalismo e do romantismo. Publicam-se inúmeros periódicos literários, políticos e de ilustração. Lê-se - à parte os clássicos latinos e portugueses - autores como Lamartine, Hugo, Bossuet, Proudhon, Renan, Macaulay, Carlyle e Marx. Sob o impulso de dois intelectuais portugueses aportados em Goa - o historiógrafo Cunha Rivara e o poeta Tomás Ribeiro -, este período ficará conhecido como “o ressurgimento cultural de Goa”, mas que não é comparável ao famoso “renascimento bengali” (que lançou as bases do romance moderno na Índia), já que em Goa tal movimento ficou circunscrito à língua do colonizador: o desenvolvimento do concanim – a língua nativa - como instrumento de cultura literária dar-se-á tardiamente, nas mãos de intelectuais refugiados em Bombaim (hoje Mumbai) ou na de resistentes como Balakrishna Bhagavanta Borkar e Shanai Valaulikar, para finalmente tomar o dessus de la scène após a libertação de Goa, com um nome importante como o de Manohar Sardessai.

Nesta rápida notícia da literatura indo-portuguesa para o Cronópios, gostaria de destacar dois autores. O primeiro, já citado no início, se insere no período acima evocado: Francisco Luís Gomes, que como disse foi o autor do primeiro romance indo-português, sobre o qual trata a minha tese de doutorado na Sorbonne. O segundo, de cuja obra me ocupei no mestrado, é um poeta, este do século XX: Adeodato Barreto (1905-1937).

Francisco Luís Gomes é  tido como o protótipo dos intelectuais goeses do século XIX. Romântico tardio, católico liberal, deputado por Goa em quatro legislaturas no Parlamento português (uma rua em Portugal leva o seu nome), Gomes transitou pela historiografia e pela economia, colaborou em prestigiadas publicações portuguesas, travou amizade com Stuart Mill e Lamartine, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Louvain (Bélgica) e publicou em 1866 um único e originalíssimo romance chamado Os brahamanes.

Nele, Gomes desenvolve a tese da existência de dois bramanismos, um “moreno” (ou “pardo”) e o outro “branco”. Os brâmanes do título não são apenas os membros da casta mais alta da pirâmide social hindu, mas também os europeus, por tratarem as raças escuras da África e da Ásia como párias da Europa. Se o racismo, como o sugere a dicotomia instaurada pelo autor, é uma questão importante levantada pela trama do livro, não o é menos a degradação dos valores morais e culturais de um povo por uma potência colonial estrangeira.

Salvo engano meu, Os brahamanes pode ser considerado não só como a primeira obra de ficção a atacar o sistema de castas hindu mais ainda como o primeiro romance anti-colonialista da história da literatura moderna. Mas no tocante a este último ponto, o discurso do “assimilado” Gomes comporta alguns problemas, se não ambiguidade, posto que condicionado pela educação recebida pelo escritor. A sua visão eurocêntrica (traduzida na necessidade de civilizar e no proselitismo católico) acaba por diluir a mensagem positiva que transmite sobre a cultura indiana e o seu interesse sincero em curar a ferida aberta pela colonização do sub-continente indiano.

Ora, ao mesmo tempo em que reclama liberdade para a Índia, na esteira da famosa Revolta dos Sipaios (primeira tentativa séria de emancipação indiana ocorrida em 1857), Gomes exalta o modelo português de colonização. A história de Os brahamanes não se desenrola na Índia portuguesa da qual seu autor era natural mas no norte do país, então sob o jugo britânico: trata-se de uma crítica a um colonialismo desumano incarnado pelo regime inglês através da defesa de valores humanistas supostamente incarnados pela dimensão cristocêntrica da expansão colonial portuguesa. Além disto, e não obstante a sua naturalidade, o que Gomes escreve sobre a Índia não escapa ao discurso canônico da Europa de seu tempo, pois repete em seu romance estereótipos detectáveis tanto nas obras de autores oitocentistas franceses e ingleses quanto na tradição dos relatos de viagem europeus iniciada no século XVI. Apesar de dissertar com admiração e respeito acerca das tradições culturais da Índia (sobretudo literárias), a sua visão não era enformada pela perspectiva hindu, e a exemplo de muitos condenou a prática do sati (imolação da viúva na fogueira do marido) e a manutenção de bailadeiras (prostitutas sagradas) nos pagodes. Como escreve Selma de Vieira Velho:

“O século XVIII marca a mudança de interesse pelo indianismo. O exotismo perdera a novidade e os mitos e crenças são apresentados como anacronismos a erradicar. [...]

Francisco Luís Gomes foi um dos escritores do século XIX que usou intencionalmente do indianismo decadente para a propaganda do liberalismo político-social”. (“A síndroma do sati na literatura portuguesa”, in Actas do Quinto Congresso da Associação Internacional dos Lusitanistas, Oxford, Universidade de Oxford, v. 3, 1998, p. 1569)

É somente na última década de oitocentos, com a indianização da literatura goesa de língua portuguesa (que coloca em evidência o sentimento de “rotura” do goês), e no início do século seguinte, com a abertura dada aos hindus na sociedade local em seguida à instauração da República em Portugal, que “o goês católico começou a ver na sua origem, no hinduísmo abandonado séculos antes, a fonte essencial da sua consciência e da sua personalidade” (Devi e Seabra, vol. 1, p. 146). Se em Francisco Luís Gomes o que se vê é uma tentativa de adaptar o seu “lado indiano” - a cultura indiana que também lhe era própria - aos valores ocidentais de sua formação, na nova fase o que no hinduísmo era tido como negativo começou a ser revisto e revalorizado. Desta missão se incumbiu sobretudo os poetas.

A mudança de ares permitiu aos escritores formados no ambiente cristão abraçarem sem complexos a ontologia arcaica derivada da mitologia hindu e assim reabilitarem no contexto português o que acreditavam constituir a parte indiana de sua identidade. Os autores mais representativos deste período foram Paulino Dias (1874-1919), autor de “No país de Súria” (1915), e Nascimento Mendonça (1884-1926), que recriou em “A morta” (1917) a famosa história de Rama e Sita da epopéia sânscrita Ramayana. Porém, a despeito da convicção destes e outros autores do filão nativista de estarem realizando algo visceralmente indiano, é quase impossível para o leitor fazer abstração na leitura de suas obras do malfadado signo do exotismo.

Mas enquanto os poetas, em sua maioria, prolongarão o pendor romanticista por algumas décadas ainda do século XX, na prosa, os ventos que sopravam do naturalismo português contribuíram para o surgimento de um autor como Francisco João da Costa (1864-1901), que sob o pseudônimo de Gip publicou Jacob e Dulce – Cenas da vida indiana (1896), saudado no Brasil pelo Visconde de Taunay. Romance imperfeito mas saborosa e divertida crítica de costumes, Jacob e Dulce traz a coloquialidade para a prosa goesa e tem como alvo a média burguesia local, afoita em falar um português perfeito (símbolo de status) mas que não consegue mais que castigar a última flor do Lácio. Tal livro parece ter inspirado - assim como a obra de Eça de Queiroz - o contista José da Silva Coelho (1889-1944), que não deixou por menos ao desvelar o verdadeiro caráter de certos tipos locais, fazendo sobressair a hipocrisia reinante no meio católico-burguês da Goa de sua época. Seus contos, publicados esporadicamente na imprensa local, até hoje não foram reunidos em livro, o que é uma pena, por causa de sua qualidade indiscutível, aliando humor e compaixão num estilo digno de nota.

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Adeodato Barreto, poeta introdutor do verso irregular na literatura goense

A evolução na poesia é  representada por Adeodato Barreto (apesar de autor de uma só recolha de poemas e da qualidade irregular dos mesmos), primeiro goês a utilizar o verso livre e a conseguir realizar – através dos temas que abordava - uma síntese interessante dos mundos oriental e ocidental. Instalado em Portugal a partir de 1923, Barreto criou na Universidade de Coimbra um instituto indiano para difundir a cultura de sua terra (particularmente a hindu), merecendo assim a simpatia de Romain Rolland e do nobelizado Tagore. Em 1936, publica Civilização Hindu, série de estudos onde narra para o público português a história da Índia e reflete sobre a filosofia, a literatura, a arte, as religiões e ciências indianas. Inspirado por Gandhi e Tagore, propõe neste livro um projeto humanista de aproximação entre o Ocidente e o Oriente em que o ideal cristão de amor pelo próximo se mescla com o pensamento hindu.Em 1940 é publicado postumamente O Livro da Vida, com 33 poemas, 13 deles adaptados de composições de Sarvajna, Kabir, Pugliere Soma, Bhima-Kavi e Tagore ou extraídas do Kavarijamarga e do Pantchatantra.

Têm razão Devi e Seabra quando afirmam que Barreto é melhor tradutor que poeta; falta-lhe, com efeito, nos próprios poemas, o domínio que demonstra ter da arte poética ao verter autores de línguas indianas para o português, mas a aparente simplicidade de seus versos trai uma reflexão profunda sobre o devir dos seres e das coisas na linha da metafísica hindu, não obstante a utilização de imagens, símbolos e princípios da cultura cristã (o título de duas seções do livro remetem a episódios da Bíblia). Poemas como “Apoteose” (que evoca a figura lendária de Parsurama ligada ao mito da fundação de Goa) e “Shivaji” (guerreiro marata que lutou contra os muçulmanos) tratam explicitamente do tema da autonomização da Índia, mas tanto sua estrutura quanto a inter-conexão dos motivos se servem, a meu ver, da noção do eterno retorno, presente na mitologia da Índia desde o Atharva-veda, um dos quatro textos sagrados que deram origem ao hinduísmo.

Num momento bem posterior ao de Adeodato Barreto, aparecerão duas muito boas poetas: Judit Beatriz de Souza, com Gesto supenso (1962), e a própria historiadora da literatura indo-portuguesa, Vimala Devi (1936), com Súria (1962), Hologramas (1969) e Telepoemas (1970). Vivendo em Barcelona há mais de quarenta anos e também autora de obras em catalão, Devi publicou ainda um tocante livro de contos chamado Monção (1963) - reeditado recentemente e saudado pela crítica em vários países da Europa -, que traz uma visão a posteriori da presença portuguesa em Goa, certamente o melhor retrato (ao lado dos romances de Orlando da Costa) do que resultou em Goa da interpenetração das culturas portuguesa e indiana. Vale a pena ler o que diz Rosa Maria Piñol no jornal La vanguardia de 30 de dezembro de 2002:

“El trasfondo común a todos los relatos – que pueden leerse como una novela, ya que incluso algunos comparten personajes– son los problemas derivados del choque de culturas y religiones, así como los abusos producidos en el marco de una sociedad sustentada en una economía rural aún con resabios feudales. La autora retrata los estamentos sociales de Goa y el desfase histórico que significaba la existencia de “manducares” (una especie de siervos de la gleba casi medievales que debían entregar el producto de su trabajo) y “batcares” (propietarios rurales con derecho a servicios y bienes gratuitos de sus campesinos). El difícil cruce entre castas y clases sociales se refleja también en la obra. [...]

Esta mezcla de culturas y religiones está tratada con gran sensibilidad por la autora, que convierte en ficción casos reales que ella conoció: relaciones amorosas imposibles, al ser los amantes de castas diferentes; las convenciones sociales que obligaban a la mujer a casarse porque la soltería estaba mal vista, lo que provocaba matrimonios de conveniencia y endeudamientos de los padres para pagar las preceptivas dotes; los conflictos sociales en las haciendas rurales… Aunque el tono general del libro es intimista, se percibe también en él una denuncia.”

Seu Monção e o excelente Os javalis de Codval (1973) de Epitácio Pais (1928), que trata da febre do minério em Goa e dos seres minúsculos da sociedade goesa que lutam por sua sobrevivência, são sem dúvida os melhores e mais bem acabados livros de relatos breves da literatura indo-portuguesa. Pais é o único autor contemporâneo de língua portuguesa a aparecer numa recente publicação em português de contos goeses (Onde o moruoni canta, Goa, Fundação Oriente/Third Millenium, 2003) com um texto inédito (os outros autores escrevem originalmente em concanim, marata ou inglês), o que reflete bem o estado em que se encontra a literatura indo-portuguesa.

Já com relação ao romance (gênero minoritário), a palma fica com Agostinho Fernandes (1932) e Orlando da Costa (1929-2006), ambos tendo deixado Goa para ir viver em Portugal. De Agostinho Fernandes apareceu em 1962 o sensível Bodki (nome dado às viúvas que se recusam a se jogar na pira funerária do marido), que conta a história de um jovem médico da capital tentando lutar contra as superstições da população de uma cidadezinha do interior. Não faz muito, Agostinho Fernandes me confiou que uma segunda edição do livro está por sair, além de sua tradução em inglês.

Com Orlando da Costa, tive a alegria de dividir uma mesa-redonda em Portugal há quatro anos, na qual estava também presente o filho de Adeodato Barreto, Kalidás, ex-dirigente sindical e deputado do grupo de Mário Soares. Orlando, amigo de Nazim Hikmet e Jorge Amado, é hoje infelizmente recordado apenas como pai do ministro português António Costa. Autor de vasta obra (que inclui poesia), ele centrou em Goa a ação de dois romances e uma peça de teatro: “O Signo da Ira” (1961), premiado pela Academia de Ciências de Lisboa e censurado pelo regime de Salazar, notável e pungente romance neo-realista sobre a vida dos curumbins (casta cristã de trabalhadores rurais) e o entorno militar português; “Sem flores nem coroas” (1971), dramaturgia, que trata da perda do Estado Português da Índia; e “O último olhar de Manú Miranda” (2000), que dá testemunho dos últimos anos do período colonial português em Goa e foi objeto no Brasil da tese de doutorado de Regina Célia Fortuna do Vale na Universidade de São Paulo (o Brasil, aliás, começa a descobrir esta literatura, destacando-se o trabalho do professor Hélder Garmes da mesma USP, que, para além de publicar artigos sobre o tema, orientou dois trabalhos de iniciação científica sobre obras indo-portuguesas, um sobre Jacob e Dulce e o outro sobre Os brahamanes).

Haveria ainda muito o que dizer de tal literatura – por exemplo, sobre os raros hindus a terem escrito em português (os poetas R. V. Pandit e Laxmanrao Sardessai), sobre as divertidas peças radiofônicas de Ananta Rau Sar Dessai, ou ainda sobre a figura de um Moniz Barreto, que contribuiu para o avanço da crítica literária em Portugal -, mas isto ficará para uma outra vez.

Também publicado no site Cronópios   

http://opatifundio.com/site/?p=2996