Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


23-05-2021

REFLEXÃO PENTECOSTAL + A PANDEMIA QUE O SOL ENCOBRE! + O RITMO DE TRABALHO E O ATAQUE CARDÍACO


REFLEXÃO PENTECOSTAL

Pentecostes – O Espírito da Compreensão

António Justo

Pentecostes é a festa do nascimento da Igreja! A palavra Pentecostes vem do grego antigo e significa o quinquagésimo dia (depois da Páscoa).

Nesse dia, os seguidores de Jesus reunidos sentiram o Espírito Santo vir sobre si sob a forma de vento e de fogo, como refere Lucas no seu evangelho.

O vento é a vida que se expressa no ar que respiramos e o fogo traz a luz e o calor que nos sustenta.

Através de sinais e rituais, a consciência humana vai-se mantendo e desenvolvendo na História humana, não nos deixando desintegrar e desaparecer como meros indivíduos (meros elementos) porque não só somos indivíduos, mas também pessoas.

O amor que tudo une (Espírito Santo) é tão perfeito que surge da relação entre Pai e Filho como pessoa!  Tudo é relação a florir na pessoa. A relação, o amor, o Paráclito, é a relação que tudo une e conjuga no homem novo e tudo sustenta.

A fórmula da realidade expressa-se na Trindade e especialmente em Jesus Cristo que une Espírito e matéria, a divindade à natureza humana, em cada ser. 

Para os cristãos a Trindade, Jesus, Maria são os protótipos da vida plena! Independentemente do seu caracter religioso (mistério da Trindade), o princípio trinitário   poderia tornar-se na fórmula da vida de cada pessoa independentemente do seu caracter religioso ou secular.

Pentecostes implica em si o milagre da compreensão. O espírito que sopra é criador de comunidade e permite uma atitude unificadora mesmo entre posições diferentes; ele proporciona uma atitude de ouvir uns aos outros e de tentar compreender. O Espírito divino liga as pessoas umas às outras e estas a Deus; apesar de todas as divisões o Amor mantém o mundo unido na consciência de que cada é um ser em relação.

O Pentecostes testemunha que o milagre da compreensão é possível apesar de existirem diferentes pontos de vista, diferentes focos, diferentes tradições e diferentes obediências religiosas e políticas.

Ontem como hoje o mesmo Espírito pode possibilitar que cada pessoa de boa vontade oiça e inclua os outros (os estranhos) como irmãos discípulos a falar a sua língua materna.

Se olhamos o mundo, a nós mesmos e os outros, notaremos muitas fendas e divisões, mas em todos repousa o mesmo espírito.

Um só espírito nos une a todos.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo , https://antonio-justo.eu/?p=6511

 

 

 

A PANDEMIA QUE O SOL ENCOBRE!

Às vezes vem-me vontade de gritar de desgosto e de desespero; magoa-me a solidão mascarada a caminhar pelas nossas ruas tornadas anónimas.

Hoje, ao fazer a minha caminhada na floresta que envolve a cidade, vi muita gente que caminhava sozinha, vi crianças tristes, adolescentes desiludidos, pais exaustos, pessoas deprimidas; vi tudo a acenar a sua angústia nas tenras folhas das árvores que se inclinavam para o chão em mim.

No meio de tanta vida penalizada que jazia no chão, descortinei um raio de sol numa criança que, nos seus quatro anitos, abraçava, o tronco de uma árvore já caída!

No meio de tanta desolação, queria gritar para as árvores, para o mundo, mas não estava lá ninguém; no meio da floresta só vislumbrei um que ouvia o meu gritar; esse alguém era Deus (1).

Depois de gritar a minha raiva, o meu desespero e a minha tristeza com Deus, notei que no horizonte o sol sorria para todos e a todos (mascarados e desmascarados) como que a dizer: Tu estás procurando o outro (a contraparte, o semelhante) em Deus e Deus está procurando o outro (a contraparte, o semelhante) em ti!

António da Cunha Duarte Justo

Nota em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6504

 

O RITMO DE TRABALHO E O ATAQUE CARDÍACO

Perigo a partir de 55 horas semanais

De acordo com um estudo da organização mundial de saúde, demasiado trabalho é perigoso para a vida.

A partir de 55 horas de trabalho por semana, existe uma relação causal com ataques cardíacos e AVC. O excesso de trabalho revela-se como o principal factor de risco de doenças profissionais.

 

LIMITE DE VELOCIDADE PARA 30 KM/H

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apela para que se estabeleça um limite de velocidade de 30 km/h para cidades e aldeias.

Argumenta que a velocidade de 30 km/h. garante um elevado nível de segurança para todos os utentes da estrada, bem como um melhor ar.

Esta medida pretenderia  ainda servir de protecção contra o ruído.

 

António CD Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6508