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Antonio Borges Sampaio


26-04-2020

Manuel Alegre critica confinamento dos mais velhos: «É um atentado à liberdade»


Por Revista de Imprensa 09:42, 25 Abr 2020

 

   
 

Executive Digest

 

 

 

Manuel Alegre não aceita que os mais velhos sejam confinados até Novembro. Em entrevista ao Diário de Notícias, fala em «atentado à liberdade», lemrbando que já passou pela guerra, esteve preso e passou 10 anos exilado. Garante que foi muito duro e que nunca esperou viver algo como aquilo que enfrenta neste momento.

«Há uma grande preocupação em proteger os mais idosos, mas não aceito que essa protecção signifique prender-me em casa. Já não tenho tempo para isso, nem eu nem muitos outros. Interessa-me a vida enquanto puder vivê-la como ela é. Quero ver crescer os meus netos e sabemos tomar as precauções, até autoconfinar, mas o confinamento obrigatório além de certos limites equivale a uma prisão, é inconstitucional e um atentado à liberdade», afirma o antigo deputado e escritor português.

Manuel Alegre aproveita ainda para deixar claro que não concorda com a posição de Ramalho Eanes, que disse recentemente que cederia o seu ventilador a alguém mais novo em perigo. «Tenho admiração, amizade e respeito por Ramalho Eanes, com quem vivi alguns dos momentos duros e de perigo no pós-25 de Abril, mas não concordo com a frase que ele disse e que foi muito louvada por certa gente pseudomoralista», indica na mesma entrevista.

Segundo Manuel Alegre, todas as pessoas são iguais nas circunstâncias actuais e todas devem ser tratadas da mesma forma. Diz que não é uma questão de idade, mas sim de «fibra, das condições físicas e da capacidade de resisitência de cada um». Pede que não se inicie um «caminho de eutanásia noutro sentido ao retirar o ventilador aos mais velhos».

Manuel Alegre critica confinamento dos mais velhos: «É um atentado à liberdade»

 

   
 

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