02-12-2017Universidade de Coimbra assinalou 25 anos do massacre de Santa Cruz, em TimorCoimbra, 07 dez (Lusa) - A Universidade de Coimbra assinalou os 25 anos do massacre de Santa Cruz com a exibição de documentários, exposição, debates e sessão evocativa com a presença de Ximenes Belo, Ramos-Horta e o jornalista inglês Max Stahl. A instituição recordou, entre sexta-feira e dia 16, os 25 anos do massacre de Santa Cruz e os 20 anos do Nobel da Paz atribuído a Ximenes Belo e José Ramos-Horta, com a iniciativa "Timor: Imagens e palavras que mudaram o mundo", anunciou hoje a Universidade de Coimbra. Por Coimbra, passaram Max Stahl,o jornalista inglês que filmou e divulgou o massacre de Santa Cruz, em 1991, além de Ximenes Belo e José Ramos-Horta, que participam numa sessão evocativa das duas efemérides, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), na terça-feira, pelas 17:00. Após a sessão, foi exibido o documentário "A Língua, a Luta, a Nação", de Max Stahl, sobre "o papel da língua portuguesa no processo de construção da nação timorense", referiu o vice-reitor, Joaquim Ramos de Carvalho, sublinhando que este é um assunto caro à instituição, por se querer assumir como entidade "de referência" na divulgação e promoção da língua. A cerimónia começou na sexta-feira, na Casa das Caldeiras, com o colóquio "Timor: mil palavras, mil imagens", em que participam investigadores que abordam a relação entre os 'media' e o processo de independência de Timor-Leste e jornalistas que acompanharam esse mesmo processo. O evento terminou com uma conferência de Max Stahl, intitulada "CAMSTL [Centro Audiovisual Max Stahl Timor-Leste]: Timor, o nascimento de uma nação". O caso de Timor é "um caso concreto em que, de facto, a cobertura jornalística foi importante para mudar o curso dos acontecimentos" no país, sublinhou o docente Carlos Camponez, da organização do evento que foi hoje apresentado na Casa das Caldeiras.De acordo com o professor do curso de jornalismo da UC, o colóquio pretende "refletir e trazer à memória o contexto" do processo de independência de Timor, com a participação de jornalistas que "vão relatar como viveram [o processo] e como viram esse tempo". Na segunda-feira, foi promovido um debate com antigos estudantes da Universidade de Coimbra que estiveram presentes no massacre de Santa Cruz e, entre esse dia e 16, foram exibidos documentários sobre Timor. |