Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


27-08-2008

95ª Semana Euclidiana de São José do Rio Pardo Olívia G Arruda


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95ª SEMANA EUCLIDIANA DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO – agosto 2007

 

ÁREA   I

 

PLANOS DE UMA CRUZADA – CAMINHOS PARA O BRASIL?

 

Maria Olívia Garcia Ribeiro de Arruda (Brasil)

 

 

Quando o século XIX estava por terminar e o século XX apenas começava,  ocorreu uma aceleração no progresso das civilizações: novas invenções surgiam por todos os lados, começaram a planejar um espaço urbano mais adequado à vida agitada das grandes cidades. No Brasil houve um intenso processo de imitação da civilização francesa, o Rio vivia voltado para Paris, nossos homens de letras e políticos tinham como sonho maior uma temporada na capital francesa, onde a cultura fervilhava. Mas naquela época teve início, também, o grande impulso norte-americano, que levou os Estados Unidos a se tornarem esse império que é hoje.

Acontece que tudo isso foi ocorrendo sem respeitar o ritmo de mudanças suportável ao ser humano, sem lhe causar danos psicológicos. A ilusão de muitos que apoiaram o progresso era que esses tempos novos trariam paz e prosperidade para os povos. Euclides mesmo se diz afeito às novidades tecnológicas, em uma carta que chega a mencionar uma viagem (que nunca aconteceu) à Europa, com o pai.

A civilização  é uma luz, e a luz faz-se sempre mais intensa. A civilização é uma, e consiste num processo de desenvolvimento que sempre tende na direção de um mesmo fim: o melhoramento da humanidade, conforme Guizot. A questão é a seguinte: será que a “civilização” é mesmo uma? Será que uma cultura diferente é mais atrasada? Será que essa industrialização e o desenvolvimento acelerado das diversas tecnologias trouxeram o melhoramento de toda humanidade?  Então por que Euclides fala, em Temores vãos, que a civilização que nos ameaça é a brasileira?

Quanto à última interrogação, ele mesmo a responde: fomos colonizados por uma religião, que ensinou o povo a esperar sempre de um Pai supremo todas as providências, as soluções de todos os problemas, mesmo que para isso fosse necessário um “milagre”. Expressões como “o milagre brasileiro” já estão fortemente enraizadas no imaginário popular.

E é o próprio escritor que explica: não mudamos, veio a República  e continuamos a esperar tudo do “pai provedor”, mas acontece que esse pai já fora substituído por conchavos políticos mentirosos, oportunistas e improdutivos. Esse “pai” virou a máquina emperrada do governo, que até hoje se arrasta, baseando-se em leis que foram cópias mal feitas – e de última hora – das constituições de outros países. Como essas leis não respeitaram o ritmo natural do brasileiro evoluir, acabaram causando um rompimento na solidariedade nacional. Fez-se um fosso entre os que governam e mantêm o poder e os governados. Estes, cada vez mais explorados por impostos absurdos que garantem a manutenção daqueles que estão no poder, não reagem, permanecem deitados em berço nada esplêndido, aguardando o aparecimento de um “salvador da pátria” que nunca virá.

Para piorar, nosso povo não guarda as tradições, aliás, ainda não formamos, além do futebol e do samba – que também já foram comercializados – uma tradição brasileira. E o povo brasileiro ama novidades, aderindo a elas rapidamente, sem discutir primeiro o valor do que está adotando e que irá alterar seus costumes.

Para Euclides, isso causa um afrouxamento da fiscalização moral de uma opinião pública, ou seja, quanto mais ignorante e esquecido for o povo, mais conveniente se torna para os que o exploram, pois será sempre um povo incapaz de formar uma opinião pública com força capaz de intervir nos rumos da nação,  impotente para punir ou corrigir os que a afrontam, os que abusam do poder, os que levam o povo à miséria e à saturação.

Euclides também não se conforma com a situação econômica deste país, que está sempre precária, sempre “no vermelho”, o que não condiz com a realidade de uma terra com tantas riquezas naturais e com tamanha extensão. Critica também a pouca disposição para o trabalho sério e a perseverança, características que garantem o crescimento saudável de um país.

E nesse processo de civilização, o escritor aponta os erros mais graves que não só prejudicariam o futuro da terra, como também o do povo brasileiro. Neste estudo quero ressaltar as partes I e II de um artigo de Contrastes e confrontos: Plano de uma cruzada, em que ele fala das secas do norte, reveladoras da nossa imprevidência, embora sejam o único fato de toda a nossa vida nacional ao qual se possa aplicar o princípio da previsão. E é nesse ponto que desejo me fixar: a imprevidência dos governos que não se preocupavam em montar uma equipe de eficientes pesquisadores que trabalhassem anos a fio in loco, analisando as causas e as ocorrências das secas, para conhecê-las bem antes de elaborar um plano contínuo e realmente eficaz para o combate ao problema de forma real, não utópica ou temporária.  

Embora as secas pudessem ser previstas, os homens nada faziam, pois se habituaram às catástrofes periódicas que, desde a lancinante aventura de Pero Coelho, no alvorar do século XVII, até o presente, têm constituído um capítulo à margem da nossa história, de desastres inerentes aos flagelos  que dizimaram o nordeste, até o seu ponto extremo, que é o Cabo de São Roque.

Euclides seleciona uma data significativa dessas grandes calamidades em cada século: 1692,  1793 e 1903, como desfecho de cada série de secas que assolaram aquela região. A primeira de que se tem notícia, ocorrida no início do século XVII, época de Pero Coelho, quando 5000 índios desceram o sertão da Bahia para Pernambuco, para pedir socorro aos brancos.

Em 1692, houve uma terrível estiagem, que durou até 1693, no sertão do São Francisco, além da peste assolar Pernambuco. Foi quando os indígenas começaram a avançar nas fazendas das ribeiras, destruindo tudo.  Em 1790-93, a seca transforma homens, mulheres e crianças em pedintes. Foi criada a Pia Sociedade Agrícola, para dar assistência aos flagelados.

No século XIX, muitas foram as secas que desolaram o sertão nordestino: em 1808/1809, com 500 mortos, por falta de comida; em 1824/1825, que, aliada à varíola, alastrou a penúria e levou a fome até aos engenhos de cana-de-açúcar; em 1831, a Regência Trina mandou abrir fontes artesianas profundas, para sanar o problema da água; em 1833/1835, atingiu Pernambuco apenas; em 1844/1846, matou o gado e espalhou fome em todo o nordeste. Um saco de mandioca era trocado por ouro ou prata. !supportFootnotes]-->[1]

Ainda no mesmo século, em 1877/1879, ocorreu uma seca das mais graves de todo o nordeste. Da população de 800 mil pessoas, que havia no Ceará, 120 mil emigraram para a Amazônia e 68 mil para outros estados. A de 1888/1889 atingiu Paraíba e Pernambuco, deixando destruição e lavouras abandonadas. Depois vieram as de 1898/1900; 1903/1904, quando milhares de nordestinos deixam novamente a região flagelada pela seca e passa a constar da Lei de Orçamento da República uma parcela destinada às obras contra as secas, além de se criarem três comissões para analisar o problema das secas nordestinas.

Novamente em 1908/1909 a seca atinge principalmente a região do sertão  de Pernambuco; em 1909 é criada a Inspetoria de Obras Contra as Secas. Em 1910 são instaladas 124 estações pluviométricas no semi-árido nordestino, haviam sido construídos 2311 açudes na Paraíba e 1086 no Rio Grande do Norte. Sobre estas últimas estiagens, Euclides não teve tempo de falar, pois Contrastes e confrontos foi um livro publicado em 1907 e em 1909 o escritor faleceu.

Voltando ao Plano de uma Cruzada, Euclides menciona nele a ação devastadora dos tapuias famintos, vitimados pela seca. E essa migração pela sobrevivência acabou se tornando, conforme o escritor,

 

incursões dos jagunços destemerosos – almas varonis, que a desventura maligna, derrancando-as nas aventuras brutais dos quadrilheiros; e sobre umas e outras, em todas as quadras, o epílogo forçado das epidemias devastadoras rematando as espantosas tragédias que mal se denunciam no apagado de imperfeitas notícias ou inexpressivas memórias. !supportFootnotes]-->[2]

 

 

Euclides mostra, então, o papel da literatura no registro dessas grandes catástrofes que nem sempre ficam gravadas na história oficial e, quando ficam, geralmente se publica a versão de acordo com o ponto de vista de quem detém o poder naquele momento.

Há uma estética para as grandes desgraças coletivas, diz Euclides. Na Europa, a peste negra produziu o renascimento artístico, cujo poeta do verso triunfal foi Petrarca e nas artes plásticas Albrecht Dürer e Rembrandt. A Dança Macabra foi inspirada em um surto de dança-de-são-guido, que atacou as populações ribeirinhas do Reno. Essa dança é uma alegoria do final do período medieval sobre a universalidade da morte: não importa o estatuto de uma pessoa em vida, a dança da morte une a todos. La Danse Macabre consiste na representação de uma Morte personificada, conduzindo um fileira de figuras de todos os estratos sociais, dançando em direção aos seus túmulos— tipicamente com um imperador, rei, papa, monge, adolescente e bela mulher, todos numa forma esqueletal.

A morte trágica fez grandes artistas se tornarem imortais na Europa, mas no Brasil esses transes tão profundamente dramáticos não deixam traços duradouros. Aparecem, devastam e torturam. Extinguem-se e ficam deslembrados. Mas por serem cíclicos, ou seja, porque se repetem em nossos destinos e as soluções dadas a eles são sempre paliativas quanto à ordem administrativa e na área da pesquisa científica provocam apenas o conflito estéril de algumas teorias desfalecidas – ou seja, a utilização dessas desgraças em nosso país é apenas e tão somente política –; por isso mesmo é que deviam ser percebidos como o mais imperioso desafio às forças do nosso espírito e do nosso sentimento.

Em nosso país, um fenômeno como a seca, que atinge tão prejudicialmente a um quinto do território, só nos impressiona quando aparece; é uma eterna e monótona novidade; estudamo-la sempre nas aperturas e nos sobressaltos dos períodos certos em que ele se desencadeia. Nesses momentos, a alma nacional, de chofre comovida, mostra aquele seu velho sentimentalismo romântico, que se manifesta em poemas, em manifestos cheios de retórica, e em telegramas alarmantes; os poderes públicos compram sacos de farinha e organizam comissões e os cientistas, com toda a pressa, imaginam hipóteses (esses adoráveis sábios à la minute, segundo Euclides).

A verdade, para o escritor, é que em todos os estudos realizados no Brasil só há um generalizar espetaculoso com o sacrifício da especialização tenaz, mais modesta, mais obscura e mais útil. E diz mais: diante da enorme fatalidade cosmológica, temos uma atitude de amadores; e fazemos física para moças.

Um dos males é que só acompanhamos esses fenômenos quando ocorrem, ou seja, escravizados à sua cadência rítmica, não procuramos intervir com esforços contínuos para evitá-los. Estas ações serão, portanto, sempre inúteis, com o objetivo ilusório de as debelar, quando uma intervenção realmente eficaz só pode consistir no prevenir as secas, inevitáveis, do futuro.

Euclides defende a idéia de que é preciso uma espécie de “guerra dos cem anos” para combater a seca que está firmando o regime de deserto em mais de um milhão de quilômetros quadrados do território brasileiro e torturando cerca de três milhões de povoadores. E não há que dar trégua nos períodos intermitentes, em que não ocorre a seca, pois é justamente neles que se encontram elementos mais positivos para a reação.

Essas secas são de interesse de vários estados: Ceará, Piauí, Maranhão, Goiás, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,  Bahia, Sergipe e Minas. Propõe, então, o engenheiro, que independentemente da situação econômica do país, essas medidas não sejam interrompidas, pois se trata de uma longa tarefa, à qual ele inclui mapas topográficos e hipsométricos, dados sobre a natureza do solo, observações meteorológicas sistemáticas e conhecimentos relativos à resistência e desenvolvimento da flora – estas medidas seriam, para ele, imprescindíveis para delinear o plano estratégico desta campanha formidável contra o deserto.

Propõe, assim, os seguintes recursos:

 

a açudada largamente disseminada, já pelo abareirar dos vales apropriados, já pela reconstrução dos lanços de montanhas que a erosão secular das torrentes escancelou em boqueirões, o que vale por uma restauração parcial da terra; a arborização em vasta escala com os tipos vegetais que, a exemplo do juazeiro, mais se afeiçoem à rudeza climática das paragens; as estradas de ferro 

 

 

de traçados favoráveis à locomoção dos flagelados; poços artesianos, mas apenas onde a estrutura do solo for favorável; e até mesmo uma provável derivação das águas do S. Francisco, para os tributários superiores do Jaguaribe e do Piauí, para que levassem para sempre à natureza torturada do Norte os alentos e a vida da natureza maravilhosa do Sul...

O que diria Euclides se tivesse previsto que nesse “maravilhoso” Sul hoje também está  se construindo um clima de deserto, com as mesmas queimadas de cana-de-açúcar realizadas no Nordeste na época da colonização?

Salvar a terra da seca é preciso, a qualquer custo, se não quisermos condenar todo um país à fome e à escassez de água. É, por certo, um programa estonteador; mas único, imrprorrogável, urgente.

Barbosa Rodrigues, em um artigo que Euclides considera “notável”, mostrou o contínuo empobrecimento das nossas fontes, rios e até mesmo das “poderosas artérias” fluviais da Amazônia”, mas não foi valorizado pelo meio científico, nem suas advertências foram levadas a sério. Conforme Euclides, vibrou, inutilmente, como o grito de alarma de uma atalaia longínqua, avantajada demais. !supportFootnotes]-->[3]

E o escritor afirma que é possível concluir que o regímen das secas dos sertões do Norte deveria agravar a situação de empobrecimento de nossas fontes. O deserto invoca o deserto. Cada aparecimento de uma seca parece atrair outra maior e menos remorada !supportFootnotes]-->[4], deixando a terra mais receptiva ao flagelo, uma vez que o intervalo entre as secas está diminuindo, e a ocorrência delas passa a ser, então, em “espiral invertida’,  conforme o autor.

. O escritor chama as altas temperaturas da região da seca nordestina de “sezão”, revelando uma das tendências cientificistas da época: a de comparar um estado ou uma região a um organismo humano. A canícula seria a febre intermitente daquele corpo, consumindo-o pela desidratação.

Euclides afirma ainda que nós, habitantes de região “relativamente opulenta”, temos uma dívida antiga a saldar com a região da seca, pois de certa forma ela acaba nos favorecendo. Dá, então, a explicação ao fato: os ventos alísios que vêm do Atlântico cheios de umidade, sofrem um superaquecimento ao passar pela região árida do nordeste, conservando as chuvas que conduzem e que são repelidas pelo calor das chapadas desnudas, indo fecundar, então, nas vertentes dos afluentes do Amazonas e do Prata, as terras banhadas por eles.

Por outro lado, os sertanejos têm empreendido o heroísmo de uma atividade incomparável: fugindo da seca, povoaram a Amazônia e outras regiões, como a faix que vai do Paraguai ao Acre, mostraram de forma brilhante a sua robustez e a sua esplêndida coragem de rija sub-raça já constituída. E a nossa dívida com eles já tem mais de quatrocentos anos, segundo o raciocínio de Euclides.

O escritor volta a insistir na importância da realização contínua de um estudo prolongado do local, por uma equipe de especialistas competentes, pois essa exploração científica da terra – tão comum em outros países – era uma preliminar obrigatória de nosso progresso, mas que o Brasil havia abandonado. Fala da importância dos que haviam iniciado esse tipo de estudo no final da monarquia, mas que estavam relegados ao esquecimento: Ricardo Franco de Almeida Serra, Silva Pontes e Lacerda e Almeida.

No entanto, com a República, toda a civilização se deslocou para os pontos agitados do litoral, esquecendo-se do interior, apagando o nativismo nascente, dando preferência aos intelectuais estrangeiros, como Koster, Mawe, Langsdorf, Saint-Hilaire. E acrescenta o que lhe deve ter acarretado mais inimizades ainda: quaisquer que sejam os inestimáveis serviços deste grupo imortal de abnegados, são desanimadores. Saber do Brasil através do olhar de estrangeiros seria “alhearmo-os desta terra”, criando, conforme Euclides, a extravagância de um exílio subjetivo, que dela nos afasta, enquanto vagueamos como sonâmbulos pelo seu seio desconhecido.

E disso resulta grande parte da fraqueza de nossa atividade e do nosso espírito, pois o verdadeiro Brasil nos aterra; trocamo-lo de bom grado pela civilização mirrada que nos acotovela na Rua do Ouvidor;  sabemos dos sertões pouco mais além da sua etimologia rebarbativa, desertus; e, a exemplo dos cartógrafos medievos, ao idealizarem a África portentosa, podíamos escrever em alguns trechos dos nossos mapas a nossa ignorância e o nosso espanto: hic habent leones...

Euclides denuncia a arte e as iniciativas falsamente brasileiras, sempre voltada para o estrangeiro, assim como a nossa história natural e a nossa geografia física, cujo livro ainda era “inédito”, ou seja, ainda não havia sido lançado. A importância do estudo da terra já se justifica pela questão de que os fatos naturais se entrelaçam, formando uma cadeia de reações, uma aliança indestrutível em que os incidentes mais díspares se acolchetam, e os vários aspectos naturais se desenrolam numa seqüência  impecável, lembrando um enredo firme de onde ressaltam as grandes vicissitudes e, diríamos melhor, o drama comovedor da existência indefinida da terra.

A falta de planejamento eficaz e de continuidade no plano de ação para combater os problemas deste país é crônica e persiste até hoje. Não fosse ela, os desastres aéreos a que assistimos em estado de quase impassibilidade e impotência não teriam ocorrido. Com a globalização, a tendência é que as grandes e até mesmo as pequenas mazelas dos países de 3º mundo aflorem cada vez mais, pois não aceitam medidas paliativas. O trágico não é somente o fato de ficarmos à margem da história econômica e social da humanidade, mas sim as tantas vidas de inocentes que acabam sendo vítimas desse descuido. É preciso mudar, e muito rapidamente, porém a mudança deve ser radical, deve demolir esse sistema falido  e construir outro mais moderno, alicerçado nos conceitos de justiça e, no mínimo, que seja de menor desigualdade entre as classes sociais e as nações.

É preciso, sim, estabelecer não somente para a região da seca, mas para todo o Brasil o “plano de uma cruzada”, que dure cem, duzentos ou trezentos anos, mas que faça deste país uma nação digna, assim como respeitável e honrada é a maior parte de sua população!

 

 

 

 

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!supportFootnotes]-->[1]  Essas informações sobre a seca estão em documento em meio digital, em http://www.pe-az.com.br/fenomenos_naturais/seca.htm

!supportFootnotes]-->[2] !supportFootnotes]-->[2] CUNHA, Euclides da. In Plano de uma Cruzada. Apud Contrastes e confrontos. São Paulo: Cultrix; Brasília, INL, 1975,  p. 61.

 

!supportFootnotes]-->[3] Idem. Ib., p. 64.

!supportFootnotes]-->[4] Remorada = adiada, retardada.