08-08-2017ELOGIO A NEYMAR Jorge Alberto NabutJorge Alberto Nabut,colunista do Jornal da Manhã,Uberaba-MG,08.08.17
Os livros querem de Neymar a mesma elegância leve dada à bola. A poesia corre atrás de Neymar pedindo prosa. Seria Neymar um novo Rimbaud, no futebol? O que se comenta no PSG: Verlaines vestem cartolas. A poesia não se envergonharia de chamar Neymar para uma pelada. Neymar no PSG; fica ainda poesia a ser (d)escrita pelos poetas catalães no berço do Barça. Depois de Neymar, a poesia é a mais nova contratada do PSG. É fácil de vincular à poesia a destreza de Neymar; o inverso é o verso. Não recusaria Neymar ser - já sendo – Rimbaud, como não o fez Di Caprio. Questão de ver. Em séculos, França e Brasil jogaram belas partidas nos campos da cultura e do entendimento. Alguém entendeu melhor o Brasil que Debret? E o francês foi nossa segunda língua (pátria). Neymar recupera esta estima. Naquele tempo eram os esnobes que conversavam em francês. Agora, Neymar começa a falar como Zinedine Zidane – e tudo muda de figura. 260 milhões de euros, muito bem aplicados, poderiam render para a Terra, uma cobertura de milho, soja, rosa, poesia e prosa. Uma pergunta ao xeque-petrodólares: E mudo para ver Neymar versejar com a bola em campo.
http://jmonline.com.br/novo/?colunas,15,JORGE+ALBERTO,08/08/2017
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