Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


08-08-2017

ELOGIO A NEYMAR Jorge Alberto Nabut


Jorge Alberto Nabut,colunista do Jornal da Manhã,Uberaba-MG,08.08.17

 

Os livros querem de Neymar a mesma elegância leve dada à bola.

A poesia corre atrás de Neymar pedindo prosa.

Seria Neymar um novo Rimbaud, no futebol? O que se comenta no PSG: Verlaines vestem cartolas.

A poesia não se envergonharia de chamar Neymar para uma pelada.

Neymar no PSG; fica ainda poesia a ser (d)escrita pelos poetas catalães no berço do Barça.

Depois de Neymar, a poesia é a mais nova contratada do PSG.

É fácil de vincular à poesia a destreza de Neymar; o inverso é o verso.

Não recusaria Neymar ser - já sendo – Rimbaud, como não o fez Di Caprio. Questão de ver.

Em séculos, França e Brasil jogaram belas partidas nos campos da cultura e do entendimento. Alguém entendeu melhor o Brasil que Debret? E o francês foi nossa segunda língua (pátria). Neymar recupera esta estima.

Naquele tempo eram os esnobes que conversavam em francês. Agora, Neymar começa a falar como Zinedine Zidane – e tudo muda de figura.

260 milhões de euros, muito bem aplicados, poderiam render para a Terra, uma cobertura de milho, soja, rosa, poesia e prosa.

Uma pergunta ao xeque-petrodólares:
- O que ele (Neymar) tem que eu não tenho? Alfinetes afáveis.

E mudo para ver Neymar versejar com a bola em campo.

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