26-05-2016Por que ianomâmis fizeram ritual por saída de JucáImage copyrightAG. SENADO Image captionSenador foi presidente da Funai nos anos 1980 e, segundo índios, não deixou saudade Quando o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi nomeado ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer, xamãs e lideranças do povo ianomâmi recorreram a "espíritos da natureza para pressionar a alma" do político e tentar fazê-lo desistir do posto, conta à BBC Brasil o jovem líder Dário Kopenawa Yanomami. Coordenador da associação Hutukara, sediada em Boa Vista, Roraima, Yanomami diz que o grupo temia o avanço de propostas do ministro - para ele, "o maior inimigo dos povos indígenas do Brasil". "Deu certo", ele comemora, citando o afastamento do político nesta segunda, após vir à tona uma gravação em que propunha um pacto para derrubar a presidente Dilma Rousseff e frear a Operação Lava Jato. A relação problemática de Jucá - presidente nacional do PMDB - com os ianomâmis foi citada no relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2015. Image copyrightMARCOS WESLEY/ISA Image captionIanomâmi considera Jucá o "maior inimigo dos povos indígenas do Brasil" Em capítulo sobre violações de direitos humanos de povos indígenas, o relatório diz que a gestão do político como presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), entre 1986 e 1988, resultou no "caso mais flagrante de apoio do poder público à invasão garimpeira". A entrada dos garimpeiros no território de Roraima ganhou impulso em 1986, quando o governo federal ampliou uma pista de pouso na área, na fronteira do Brasil com a Venezuela. Por que ianomâmis fizeram ritual por saída de Jucá - BBC Brasil
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