30-05-2016A cantora angolana Aline Frazão defende trocar o termo Lusofonia por Galeguia‘‘Há muitos angolanos que não se consideram lusófonos (pelo passado colonial) mas talvez pudessem estar dispostos a pertencer à Galeguia, com a Galiza como entidade neutra e unificadora através da língua comum’’ sinala nun artigo no que afirma: ‘‘falamos galego de Angola’’. ===================================================== ETIQUETAS:
Aline Frazão (Luanda, 1988) é cantora e compositora angolana, licenciada en Ciencias de Comunicación, e colaboradora en diversos medios. Vén de publicar nun deles, redeangola.info, o artigo ‘Trocar a Lusofonía pela Galeguía’, unha opinión na que aposta por Galiza como “entidade neutra e unificadora” para os países e pobos que falan... portugués? Non, para os que falan galego. Aline recolle a idea do seu compatriota Pepetela, deitada durante un encontro literario na Galiza, de trocar a palabra lusofonía por galeguía. A compositora súmase a esa achega: “Galeguia, além de ter um som mais bonito, remete para a origem galaica da língua portuguesa e subtrai-lhe, elegantemente, o peso do passado colonial luso. Há muitos angolanos que não se consideram lusófonos mas talvez pudessem estar dispostos a pertencer à Galeguia, com a Galiza como entidade neutra e unificadora através da língua comum”. “Falamos a mesma língua. Mas este é ainda um vínculo escondido, um laço invisível, um namoro secreto que deve ser assumido oficialmente e bradado aos sete ventos”.
Aline está namorada da Galiza (viviu un ano en Compostela), como recoñece no artigo. Un sentimento que partillan, di, músicos brasileiros como Chico César ou Lenine; de Guiné, de Angola... “Não há terra como a Galiza, não há gente como a galega. Quem, dos que falamos português, já foi tocado pela generosidade desse canto do planeta, sabe do que estou a falar. Do Brasil, perguntem ao Chico César ou ao Lenine. Da Guiné, perguntem ao Manecas Costa. De Angola, perguntem ao Pepetela ou ao Ondjaki”. Cadeira no CPLP “O galego e o português são duas variantes da mesma língua e basta um encontro atento para confirmá-lo. Por tudo isso, a Galiza deveria ocupar a cadeira que lhe é merecida na CPLP, mesmo não sendo um Estado”. A angolana finaliza o artigo dicindo: “Vai ser que, afinal, não falamos a língua do colono: falamos galego de Angola, com o sabor bantu do Atlântico-Sul”. |