Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


15-06-2006

IILP: Ligada no mundo da Língua Portuguesa


(22/06/2006) - Chama-se Margarida Castro, é agrónoma de formação. Entretanto, não é por sua relação com as plantas que esta portuguesa de nascimento, com décadas de vida no Brasil, é motivo de destaque. É que, paralelamente à sua profissão, Margarida Castro cultivou, sempre, uma outra paixão: a língua portuguesa. E hoje, graças à Internet, ela vai multiplicando, como pode, o seu investimento pessoal nessa que é a sua paixão.

Entretanto, apesar do que tem feito pela língua portuguesa nas últimas décadas, ela diz que todo o seu trabalho não nasceu de uma paixão. Foi, sim, “a necessidade que eu senti, quando vivia em Minas Gerais, no Brasil, de levar às pessoas outras culturas de povos” que têm o português como língua oficial.
Na altura, vivendo numa cidade o interior de Minas Gerais, de certa forma chocava a Margarida Castro o desconhecimento que as pessoas de Uberaba tinham de outros povos com aos quais tinham ligações culturais. “Essas informações não eram transmitidas nem nas escolas”.


Para alterar a situação, Castro contou com a sua determinação, o apoio de familiares em Angola e depois instituições como a RDP-Internacional “que mandava para mim programas gravados sobre os países de língua portuguesa”. Apoio que catapultou Margarida Castro para as antenas da principal rádio local, onde, como “multiplicadora de informação”, conseguiu, até, mobilizar a população local para participar nos concursos de língua portuguesa da RDP.


A partir daí ficou conhecida ao ponto de ser convidada para fazer palestras nas escolas, sobre países dos quais as crianças e adolescentes “nunca tinham ouvido falar, como é o caso de Timor-Leste. Mas também falou de Angola, Moçambique e dos outros países, tão distantes do Brasil mas ligados por uma cultura comum.
Margarida Castro, mantém-se, sem abrir mão do seu papel de promotora, entre os Oito, das respectivas culturas. Graças à Internet ela continua a promover a cultura dos povos de língua portuguesa. “Porque acredito na rede, que não tem fronteira, continuo a actuar.


Entretanto, e apesar de acreditar na força da cultura que une os países da CPLP, Margarida Castro deixa entender que “a unidade dos países da CPLP tem que ser fundamentada por interesses económicos.”
Fonte: Instituto Internacional de Língua Portuguesa http://www.iilp-cplp.cv/