Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


16-11-2017

O sombrio legado de Temer


Em meio a uma realidade pautada pelo reacionarismo militante e a ultraflexibilização dos direitos trabalhistas, o pior legado ainda é o do fome

 

Luiz Ruffato

Um ano e meio após tomar posse de um cargo conseguido por meio de um golpe perpetrado pelo Congresso Nacional, com aval de parte da população brasileira, já podemos começar a examinar o que o governo ilegítimo de Michel Temer deixará como legado no ano que vem, quando entregar a faixa presidencial a seu sucessor. Certamente, seremos um país mais conservador, mais injusto socialmente, mais desigual do ponto de vista econômico, mais violento, mais apático e, pior, ainda mais desarticulado em termos políticos. Não é necessário ser vidente para prever esse cenário desastroso: basta confrontar os fatos.
A primeira coisa que chama a atenção é o recrudescimento do viés autoritário e hipócrita da sociedade. O neoconservadorismo brasileiro baseia-se numa estranha aliança de moralistas capitaneados por um ator de filmes pornográficos, evangélicos e católicos fundamentalistas, jovens direitistas de classe média encantados por um filósofo que mora nos Estados Unidos, uma elite preocupada em manter seus privilégios, saudosistas da ditadura militar liderados por um ex-capitão do Exército e uma maioria silenciosa. 

Silenciosa, mas, seja dito, conivente com os discursos obscurantistas que florescem entre os desprovidos de tudo, inclusive de esperança.

 

Coluna | O sombrio legado de Temer

 

   
 

Coluna | O sombrio legado de Temer

Luiz Ruffato

Em meio a uma realidade pautada pelo reacionarismo militante e a ultraflexibilização dos direitos trabalhistas, ...

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