28-09-2015Angolano Nástio Mosquito finalista do maior prêmio de artes britânicoA identidade de um povo está na sua cultura. A lusofonia carateriza-se pela multiculturalidade, uma riqueza reconhecida nos muitos espaços que destacam a criatividade e a arte de gente originária de países de língua portuguesa. Aqui temos um artista angolano reconhecido internacionalmente. Angolano Nástio Mosquito finalista do maior prêmio de artes britânico A exposição dos trabalhos dos finalistas selecionados para Artes Mundi, o maior prémio internacional de artes britânico, entre os quais está o angolano Nástio Mosquito, abre a 21 de Outubro do próximo ano em Cardiff, no País de Gales. A exposição vai prolongar-se durante quatro meses, até 26 de Fevereiro de 2017, e vai dividir-se por dois locais, o Museu Nacional de Cardiff e o centro de artes Chapter, na mesma cidade, indicou na segunda-feira à agência Lusa fonte da organização. Os sete finalistas para a edição de 2017 anunciados este mês são John Akomfrah, Neïl Beloufa, Amy Franceschini, Lamia Joreige, Hito Steyerl, Bedwyr Williams e Nástio Mosquito. O angolano, que apresentou trabalho na Ikon Gallery de Birmingham no início de 2015, já tinha sido considerado pelo diário The Guardian um dos “Dez Artistas Africanos a Seguir” no ano anterior. Nascido no Huambo em 1981, Nástio Mosquito viveu em Portugal, onde aprendeu jazz no Hot Clube em Lisboa, e no Reino Unido, onde estudou e trabalhou em televisão, antes de se estabelecer em Luanda e também em Gent, na Bélgica. Além de trabalhos em vídeo, faz escultura, poesia, música, representação e fotografia, tendo-se estreado no Reino Unido em Londres, no museu Tate Modern, no âmbito de um projeto colectivo para promover artistas africanos. Embora menos conhecido e prestigiado do que o Prémio Turner, que atribui 25.000 libras (34.000 euros) anualmente apenas a artistas britânicas, o prémio Artes Mundi está aberto a artistas plásticos internacionais e agracia os vencedores com 40.000 libras (54.400 euros). O vencedor da sétima edição só será anunciado a 25 de Janeiro de 2017. Realizado em paralelo com a exposição bienal, o maior prémio britânico para as artes foi criado em 2002 e é atribuído todos os dois anos, tendo no passado sido atribuído a Theaster Gates (2015), Teresa Margolles (2012), Yael Bartana (2010), N S Harsha (2008), Eija-Liisa Ahtila (2006) e Xu Bing (2004). O português Vasco Araújo foi finalista em 2008. Neste momento o artista e músico encontra-se em Portugal a gravar o novo álbum, o sucessor de Se Eu Fosse Angolano (2013), o disco que lhe deu visibilidade aqui, prevendo-se que o mesmo será lançado no início do próximo ano. |