Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


06-10-2017

Raciocínio polêmico mas devemos refletir sobre ele! - Elsa Araújo Rodrigues


Eurodeputado fundamenta que os problemas deixaram de ter fronteiras. E não esquece o autodenominado Estado Islâmico, numa referência que envolveu Fátima.

Palavra de Paulo Rangel: "Vai haver um dia em que não vai haver portugueses". Assim mesmo, com dois "haver" para evidenciar o que deixará de existir. O eurodeputado social-democrata desenvolveu a tese numa conferência organizada pelo "Jornal de Notícias" na Casa da Música, no Porto.

A propósito do que enunciou sobre o dia em que os portugueses deixarão de o ser, Rangel observa que o papel dos Estados-nação tem de se transformar - porquê? Porque "os governos, os parlamentos, já não têm capacidade de resposta para os problemas, que agora têm uma dimensão transterritorial". Para o eurodeputado do PSD, "os votos valem hoje menos do que valiam no passado". "As fórmulas políticas também morrem e há de chegar um dia em que não vai haver Portugal. Isto pode parecer dramático, mas é real." E foi então que aconteceu a frase que arrancou a notícia: "Vai haver um dia em que não vai haver portugueses".

Durante a conferência, na qual o "Jornal de Notícias" assinalou os seus 127 anos de história, Rangel elaborou a sua intervenção em torno do novo contexto que estamos a viver, onde os problemas deixaram de ter fronteiras. Foi a este propósito que mencionou o autodenominado Estado Islâmico e os perigos de novos ataques: "Devíamos estar atentos ao Estado Islâmico, pois o grande objetivo dos terroristas é atingir o Vaticano e nós temos uma praça simbólica chamada Fátima. Este é outro ponto que temos de enfrentar".

Rangel diz que será assim: "Há de chegar um dia em que não vai haver Portugal"

 

   
 

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