22-04-2015Libertando A Esperança Do Sufoco - Manuel de Sousa“Libertando A Esperança Do Sufoco”
Escuso-me a gritar de dor ou em pânico Não quero assustar-me ou a outros Se tiver que me queixar será em silêncio Usarei o ar alegre para transmitir aos restantes Passarei uma mensagem de esperança renovada Darei a minha mão às mãos de quem necessitar Estarei pronto para acudir a quem sufoca
Olharei ao espelho e virarei as costas Irei para longe da vaidade ilusória Desviarei minha passada trocada de tal destino Explorarei o caminho mental para a liberdade plena Escreverei no solo poeirento com um graveto Enterrarei todos os aspectos pessimistas Abrirei trilhos para desbravar outras oportunidades
Apanharei o primeiro avião para fora de mim Sairei cá para fora como um caracol livre da casca Aprenderei a olhar directo para qualquer estrela Ficarei atento a todos os sons e movimentos Crescerei com a evolução do brilho resultante Exaltarei o nome feito de sonhos e critério Contarei as sílabas a cada palavra sagrada dita…
Escrito em Luanda, Angola, a 22 de Abril de 2015, por Manuel de Sousa, em Alusão à primeira palavra proferida pelos Homens e Mulheres nossos Antepassados e que terão estado na origem de tão vasto conhecimento hoje em nossa posse, mesmo que, embora seja tao somente ainda um gotinha de água num tão vasto Oceano Cósmico…
2.
“Transposição Milagrosa De Experiencias”
Retirem debaixo dos meus pés a terra Transfiram-me para qualquer outro planeta Transformem-me em pretendente a ser outra coisa Quero beber na fonte inesgotável de inumeráveis experiencia Pretendo ter reforçado o conceito de ter ate ao final das contas
Façam com que acredite em milagres sem questionar seja o que for Levem-me a todas as pias sacras para que seja de novo baptizado Lavem o interior com infindáveis marcas de sabão ou sabonete Purifiquem-me a alma a ter dizer que já é hora de parar Retirem-me da lista de pecadores e a esta da frente
Benzam-me com dizeres que façam de mim um santo Elevem-me ao altar do saber que seja o mais eterno possível Coloquem-me num pedestal que nem o altíssimo me veja bem Disfarcem-me de planta camuflada no seio de uma imensa floresta Tropicalizem-me as cordas vocais para que só fale o verbo aos soluços
Peguem em mim e torçam-me a vontade até que fique sem tutano ósseo Confundam-me a realidade absoluta com o neo-realismo clássico Ensinem-me a beber vinho sem álcool e a pintar sem pincel Ficarei apto a corrigir as linhas verticais e não o horizonte Entornarei as tintas todas das cores do dia-a-dia…
…De maneira insensata e numa forma consciente também…
Escrito por Manuel de Sousa, em Luanda, Angola, a 22 de Abril de 2015, em Dedicação a todos aqueles que, conscientemente, conseguiram libertar-se de hábitos negativos e prejudiciais à saúde e ao bom ambiente social e ao sensato equilíbrio moral e das boas práticas e princípios…
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