26-12-2016Depois da China, António Costa aposta na ÍndiaAntónio Costa é o primeiro alto governante ocidental de ascendência indiana. Quebrando o gelo de cinco décadas, foi convidado pelo Estado da Índia para uma visita em que a economia é o tema dominante, mas em que a língua também tem peso. Tentar captar investimento em Portugal e mercado para as exportações portuguesas é o objectivo principal da viagem de Estado à Índia que o primeiro-ministro, António Costa, realiza entre 7 e 12 de Janeiro. A aposta nesta visita é grande por parte do Governo português que quer iniciar um diálogo institucional bilateral que potencie as relações económicas com um Estado que, ao lado da China, é um país em grande desenvolvimento, sendo já uma potência económica a nível mundial. Além da vertente económica, a viagem de Estado do primeiro-ministro terá uma vertente cultural, relacionada com a importância do português no mundo, bem como uma vertente científica. No âmbito da ciência, António Costa visitará três importantes centros de pesquisa a nível mundial: o Instituto Tecnológico de Bangalor, a Organização Indiana de Pesquisa Espacial, que é a agência espacial indiana, também em Bangalor, e o Instituto Hidrográfico de Goa. A viagem surge a convite das autoridades indianas e vem na sequência do interesse demonstrado pelos governantes da Índia pelo facto de António Costa ser o primeiro chefe do um Governo na Europa e no mundo ocidental que tem origens familiares indianas. Portugal restabeleceu em 1975 relações diplomáticas com a Índia, que estavam cortadas desde a anexação de Goa, Damão e Diu pela República da Índia em 1961. Apesar do restabelecimento de relações, estas nunca foram intensas entre os dois países e é a primeira vez que entre ambos é organizada uma visita de Estado.
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