15-06-2015 Conferências de Primavera em História da Cartografia 2015
21 maio / 19 jun. | 18h00 | Auditório BNP | Entrada livre
19 jun. | 18h00 - Jean-Marc Besse
Early modern atlases: graphic forms and cognitive practices
O objectivo desta apresentação será mostrar que os atlas são objectos científicos cuja especificidade e eficiência merecem maior atenção. O atlas constitui um dos principais veículos onde o conceito moderno de mundo geográfico foi materializado. Mas é também um dos principais meios onde o conceito moderno de objectividade científica foi conseguido.
A conferência será dividida em quatro partes: a primeira será focalizada no atlas como forma específica de conhecimento e procurará responder à pergunta: o que é um atlas? Na segunda, será fornecida alguma informação sobre o contexto histórico no qual os atlas foram construídos; na terceira, serão descritos alguns dos princípios gráficos e editoriais do primeiro atlas, o Theatrum orbis terrarum, publicado em 1570 por Abraham Ortelius; finalmente serão explicadas as funções desempenhadas pelos atlas construídos no período pré-moderno.
21 maio | 18h00 - Sandra Sáenz-López Pérez
Subiecta formula picturarum demonstrat: La imagen del mundo en los manuscritos de los Beatos
No final do século VIII, Beato de Liébana redigiu o Comentario al Apocalipsis, no mosteiro de San Martín de Turieno (Cantábria, Espanha).
Embora o manuscrito original não tenha sobrevivido, esta obra é bem conhecida graças às numerosas cópias que dela se fizeram nos séculos seguintes, actualmente conhecidas como os “Beatos”. Este corpo de manuscritos, que foram considerados pela UNESCO como Património da Humanidade, tem sido especialmente apreciado pelas suas ilustrações expressivas.
De entre elas, destaca-se um mapa-mundo concebido originalmente para ilustrar a evangelização dos apóstolos através do mundo. Esta imagem, já presente no manuscrito original, foi sujeita a uma evolução interessante à medida que o Comentario del Apocalipsis foi sendo copiado e editado entre os séculos X a XIII. Conservam-se hoje catorze mapas-mundo, a que se podem juntar outras obras cartográficas derivadas ou relacionadas com eles.
Estes mapas, que serão analisados nesta conferência, permitem conhecer como o mundo era apercebido pelo Homem na Idade Média, e que parâmetros científicos, históricos, simbólicos e religiosos foram adoptados na sua representação.
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