Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


11-05-2015

Circulação de repertório no espaço luso-brasileiro


CONFERÊNCIAS | 12 maio | 18h00 | Auditório da BNP | Entrada livre


moca_tontaTradição das óperas de António José da Silva em Pirenópolis, por Andréa Luísa Teixeira

As relações Portugal-Brasil sempre existiram, principalmente na parte cultural. Durante a primeira metade do século XVIII, António José da Silva, luso-brasileiro,  escreve o que há de novo nas terras do Império Colonial Português: as primeiras óperas cómicas escritas nesse idioma, também considerado o autor que renovou o teatro após Gil Vicente. Um século depois, durante os séculos XIX e XX, na pequena cidade de Pirenópolis, interior de Goiás, no Brasil, vimos surgir a circulação desse mesmo repertório de António José. Nesse caso, faremos uma análise da Ária Moça Tonta existente no acervo de  Vila Viçosa, original do século XVIII,  e a existente em Pirenópolis, com originais do século XIX.

 

Os periódicos musicais guardados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro: relações internacionais, por Alberto Pacheco

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Em Lisboa, no início da década de 1790, foi lançado o «Jornal de Modinhas» e, após isto, outros periódicos musicais surgiram em Portugal e também no Brasil. Em ambos os lados do Atlântico, estes periódicos estão entre os veículos mais importantes na disseminação ou divulgação de música urbana, em especial a de câmara ou doméstica (modinhas, lundus, recitativos de salão, valsas, polcas etc), mas também gêneros dramáticos (aberturas, árias, duetos e outros conjuntos operáticos). A presença de periódicos musicais portugueses na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, bem como a divulgação da atividade musical portuguesa nos congêneres contemporâneos brasileiros, são fatos que revelam um intercâmbio cultural bastante expressivo até início do século XX entre os dois países.

 

 

Andréa Luísa Teixeira é doutoranda em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa;  pianista da EMAC - Universidade Federal de Goiás e investigadora do ITS -  PUC-Go. Colaboradora do CESEM-UNL. Como pianista, recebeu vários prêmios internacionais. Coordenadora do Projeto Sons do Cerrado, com 14 volumes de CD´s editados. Com Alberto Pacheco, fundou a Academia dos Renascidos, que desde 2010, promovem a divulgação da música luso-brasileira

 

Alberto José Vieira Pacheco é Professor Adjunto da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo Doutor e Mestre em Canto pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas). É autor de dois livros: “O Canto Antigo Italiano” e “Castrati e outros virtuoses”, ambos publicados pela editora Annablume. Entre 2007 e 2013, realizou seu pós-doutoramento na Universidade Nova de Lisboa, CESEM, como bolsista da FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal). No CESEM, ele é um dos membros fundadores do Caravelas, Núcleo de Estudos da História da Música Luso-Brasileira, de cujo Newsletter é editor. Além dos livros já citados, Pacheco é autor de vários artigos já publicados, ou em vias de publicação, em revistas científicas, livros e coleções de ensaios. Para além disso, várias edições críticas do repertório vocal Luso-Brasileiro, preparadas por ele, estão em fase final de revisão e publicação. Pacheco também é coordenador/editor do Dicionário Biográfico Caravelas. É membro fundador da Academia dos Renascidos, grupo musical que tem por objetivo executar o repertório vocal luso-brasileiro. Em 2012, Pacheco foi convidado a colaborar com a gravação do CD 18th century Portuguese Love Songs do grupo inglês L'Avventura London, pelo selo Hyperion, atuando como um especialista em pronúncia e prosódia do Português Cantado. No início de 2013, foi o responsável pelo curso de Canto do Atelier du Séminaire 'Rythmes Brésiliens', realizado pelo GRMB-OMF, da universidade Paris-Sorbonne. Atualmente também atua como Pesquisador Residente (PNAP-R) da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

 

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