Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


13-09-2019

Portugal na Europa do Antigo Regime


 

   
 

F2 portugal na europa do antigo regime

Portugal na Europa do Antigo Regime http://divulgacaohistoria.wordpress.com/

 

 

Portugal na Europa do antigo regime

  1. 1. Portugal na Europa do Antigo Regime Inline image
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  3. 2. Antigo Regime é nome dado ao período situado entre os séculos XVII e XVIII.. Caracteriza-se por: Economia: predominância da atividade agrícola, desenvolvimento das atividades comerciais; Sociedade: de ordens (nobreza, clero, povo); Político: Poder absoluto do rei. Portugal na Europa do Antigo Regime 2
  4. 3. O peso da agricultura na economia Portugal na Europa do Antigo Regime 3
  5. 4. A maior parte da população europeia (pelo menos 80%) vivia da agricultura; As melhores terras pertenciam à nobreza e ao clero. Os camponeses pagavam pesados impostos aos donos da terra. A agricultura era pouco produtiva, as fomes, as pestes eram frequentes, a mortalidade elevada; Algumas cidades europeias desenvolviam atividade comercial; Portugal na Europa do Antigo Regime 4
  6. 5. Sociedade dividida em ordens Portugal na Europa do Antigo Regime 5
  7. 6. A sociedade estava dividida em ordens ou estados: Nobreza e clero eram as ordens privilegiadas; Clero não paga impostos e recebe a dízima. Têm tribunais próprios; Nobreza não paga impostos, ocupavam os principais cargos nas cortes, do exército e da Igreja, Povo (Terceiro Estado) era constituído por diversos grupos: burguesia (comerciantes, letrados) artificies e camponeses. Pagavam impostos ao Rei e ao Clero e Nobreza. Portugal na Europa do Antigo Regime 6
  8. 7. Na sociedade do Antigo Regime a mobilidade era muito pequena; Era uma sociedade baseada no nascimento; Poucos conseguiam ascender na sociedade. Alguns burgueses letrados eram recompensados com um titulo nobiliárquico; Esta situação de grandes injustiças provocava tensões sociais que levavam, por vezes, a desencadearem-se motins e revoltas; Portugal na Europa do Antigo Regime 7
  9. 8. A monarquia absoluta Portugal na Europa do Antigo Regime 8
  10. 9. Os monarcas concentraram todo o poder; O que significa todo o poder? Os reis absolutos detêm os três poderes do Estado: Legislativo: elaborar leis Executivo: governar Judicial: julgar o cumprimento das leis. Portugal na Europa do Antigo Regime 9
  11. 10. O rei francês, Luís XIV, (1661-1715) foi o modelo de monarca absoluto; Os reis governavam por direito divino; O poder tinha-lhes sido entregue diretamente por Deus, por isso, só a Deus os monarcas tinham de prestar contas; Portugal na Europa do Antigo Regime 10
  12. 11. A ostentação do luxo fazia parte da encenação do poder dos monarcas; Luís XIV, mandou construir o palácio de Versalhes, onde a corte vivia rodeada de luxo. Portugal na Europa do Antigo Regime 11
  13. 12. Arte Barroca Muitos palcos, um espetáculo Portugal na Europa do Antigo Regime 12
  14. 13. O palácio de Versalhes passou de 700 habitantes (1644) para 10 000 em 1774; Portugal na Europa do Antigo Regime 13
  15. 14. Portugal na Europa do Antigo Regime 14
  16. 15. Portugal na Europa do Antigo Regime 15
  17. 16. Portugal na Europa do Antigo Regime 16
  18. 17. Versalhes Portugal na Europa do Antigo Regime 17
  19. 18. Versalhes é como um espetáculo num palco, onde tudo converge para a glória do rei: arquitetura, pintura, escultura, ornamentação, mobiliário, jardins, etc. Portugal na Europa do Antigo Regime 18
  20. 19. Portugal na Europa do Antigo Regime 19
  21. 20. Foi uma época de contradições; O Barroco traduziu um mundo abalado por conflitos sociais e religiosos, guerras, etc.; A arte tinha uma função dupla: fascinar pelos sentidos e transmitir uma forte mensagem ideológica; Nazoni, Bom Jesus de Matosinhos Portugal na Europa do Antigo Regime 20
  22. 21. Basílica de São Pedro (interior) Portugal na Europa do Antigo Regime 21
  23. 22. O Barroco destinava-se a persuadir e estimular emoções; Pelo movimento curvilíneo, real ou aparente; Pela assimetria; Pelos jogos de luz e sombra; Pela procura do infinito, teatral, do fantástico, do cenográfico; Dirigia-se ao grande público; Portugal na Europa do Antigo Regime 22
  24. 23. O Barroco é uma arte comandada pela emoção, afetividade e misticismo e não pela razão; Procura alcançar o público pelos sentidos; Talha dourada, Igreja de S. Francisco, Porto Portugal na Europa do Antigo Regime 23
  25. 24. Caravaggio, A morte da Virgem, 1605-06, óleo A luz, é a personagem central da pintura barroca; Luz rasante (focal), que chama atenção para determinadas zonas do quadro; Portugal na Europa do Antigo Regime 24
  26. 25. Caravaggio, A morte da Virgem, 1605-06, óleo Portugal na Europa do Antigo Regime 25
  27. 26. A pintura barroca nasceu em Itália e foi a aplicação dos princípios saídos do Concílio de Trento; Tentou captar a fé das multidões através dos sentidos; Tem como objetivos o deslumbramento, a surpresa, a encenação e a luz (claro/escuro); Portugal na Europa do Antigo Regime 26
  28. 27. Caravaggio, S. Jerónimo Portugal na Europa do Antigo Regime 27
  29. 28. O jogo da luz/sombra; Luz rasante (focal), que chama atenção para determinadas zonas do quadro; Cores puras e fortes, procura captar os espectadores através dos sentidos; Rembrandt, Descida da Cruz Portugal na Europa do Antigo Regime 28
  30. 29. Barroco Portugal
  31. 30. O barroco em Portugal durou cerca de dois séculos, (XVII e XVIII); Coincidiu com dificuldades políticas e económicas: domínio filipino, perda de colónias, guerra da Restauração, controlo da Inquisição; E tempos de esplendor, descoberta de ouro no Brasil: reinados de D. João V (1706-50) e D. José I (1750-77); Portugal na Europa do Antigo Regime 30
  32. 31. A Igreja de Santa Engrácia é uma das primeiras tipicamente barroca, da autoria de João Nunes Tinoco (m. 1690) e João Antunes (1643-1712); Igreja de Santa Engrácia Portugal na Europa do Antigo Regime 31
  33. 32. Paredes ondulantes, planta centrada e mármore policromado no interior; A planta centrada é muito utilizada em Portugal; Igreja do Senhor da Cruz, Barcelos; Igreja de S. Gonçalo de Amarante; Igreja do Senhor da Pedra, Óbidos; Igreja de Santa Engrácia Portugal na Europa do Antigo Regime 32
  34. 33. A partir dos finais do século XVII, sobretudo a partir do reinado de D. João V (ouro do Brasil), dá-se um incremento das artes no país; Vários artistas estrangeiros trabalharam em Portugal, nomeadamente em Mafra, destaca-se o alemão Ludovice (1670-1752), influenciaram toda a arquitetura do Centro e Sul ; Convento de Mafra Portugal na Europa do Antigo Regime 33
  35. 34. No Norte foi marcante a influência de Nicolau Nazoni (1691-1773); Conjugou o estilo italiano com o gosto português e a utilização do granito; Criou edifícios com expressividade e movimento explorando a luz difusa do Norte; Adaptação dos edifícios ao terreno; Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, Igreja dos Clérigos, loggia da Sé do Porto; Portugal na Europa do Antigo Regime 34
  36. 35. Nasoni, Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, Palácio do Freixo Portugal na Europa do Antigo Regime 35
  37. 36. Nasoni, Igreja dos Clérigos Portugal na Europa do Antigo Regime 36
  38. 37. Nasoni, Solar de Mateus, Vila Real, fachada e capela Portugal na Europa do Antigo Regime 37
  39. 38. Igreja de Santa Clara, Porto, Porto, Largo de 1º de Dezembro A talha foi a mais original das características do barroco português; Recobriu todos os espaços arquitetónicos interiores (altares, paredes, púlpitos, frisos, cornijas, etc.); Nasceu no século XVI, ligada aos retábulos de altares; É designada por “estilo nacional”; Portugal na Europa do Antigo Regime 38
  40. 39. Igreja de S. Francisco, Porto Portugal na Europa do Antigo Regime 39
  41. 40. Retábulos, Igreja de S. Francisco, Igreja de S. Bento da Vitória, Igreja da Pena Portugal na Europa do Antigo Regime 40
  42. 41. A conjugação da pintura, talha e do azulejo foi uma das originalidades do barroco português; Portugal na Europa do Antigo Regime 41
  43. 42. Palácio dos Marqueses de Abrantes Igreja paroquial de Carcavelos Portugal na Europa do Antigo Regime 42
  44. 43. Jardim do Palácio dos Marqueses de Fronteira Portugal na Europa do Antigo Regime 43
  45. 44. Vieira Lusitano, S. Agostinho e Repouso e Fuga do Egipto Portugal na Europa do Antigo Regime 44
  46. 45. Domenico Duprá, Retrato de D. João V Portugal na Europa do Antigo Regime 45
  47. 46. O barroco desenvolveu-se no Brasil, sobretudo em algumas cidades costeiras como S. Salvador da Baía; A igreja do Senhor de Matosinhos de Congonhas do Campo, da autoria do arquiteto e escultor, Aleijadinho, transformou-se num símbolo da arte brasileira barroca; Portugal na Europa do Antigo Regime 46/51
  48. 47. Aleijadinho, Bom Jesus de Matosinhos Portugal na Europa do Antigo Regime 47
  49. 48. O Real Edifício de Mafra (1717-1737)
  50. 49. Convento de Mafra (fachada) Portugal na Europa do Antigo Regime 49
  51. 50. Convento de Mafra (planta) Convento Palácio, Igreja Portugal na Europa do Antigo Regime 50
  52. 51. Convento de Mafra (claustro) Portugal na Europa do Antigo Regime 51
  53. 52. Convento de Mafra (biblioteca) Portugal na Europa do Antigo Regime 52
  54. 53. Mandado construir por D. João V, o Real Convento de Mafra é o mais importante monumento do barroco português; Portugal na Europa do Antigo Regime 53
  55. 54. As obras iniciaram-se em 1717, ano do lançamento da primeira pedra, e a 22 de Outubro de 1730, dia do 41º aniversário do rei, procedeu-se à sagração da basílica; Portugal na Europa do Antigo Regime 54
  56. 55. O mercantilismo As rivalidades entre os países europeus levaram-nos a adotar politicas económicas mercantilistas; Esta política económica foi criada por Colbert, que foi ministro de Luís XIV; Portugal na Europa do Antigo Regime 55
  57. 56. Portugal na Europa do Antigo Regime 56
  58. 57. O reforço das economias nacionais: o mercantilismo Mercantilismo A riqueza do estado depende dos metais preciosos entesourados Aumento das exportações Redução das importações Balança comercial favorável Taxas alfandegárias e proibição de importações Criação e desenvolvimento de manufaturas Apoio do Estado Contratação de técnicos Portugal na Europa do Antigo Regime SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006, (adaptado) 57
  59. 58. Portugal na Europa do Antigo Regime 58
  60. 59. O mercantilismo é uma teoria económica que defende que a riqueza de um país reside na quantidade de metais preciosos que nele existissem; Defende as seguintes ideias: O país devia exportar o mais do que importava para ter uma balança comercial positiva; Desenvolver as manufaturas (produzir no país os produtos); Diminuir as importações aumentando os impostos pagos na fronteira (taxas alfandegárias) ou criando leis que proibissem a importação de terminados produtos; Portugal na Europa do Antigo Regime 59
  61. 60. Em Portugal vive-se numa sociedade típica do Antigo Regime; A agricultura é a principal atividade económica, a maior parte das terras pertencem ao clero e à nobreza; As técnica rudimentares e os impostos que recaem sobre os camponeses determinam uma produtividade fraca; Esquema em http://aprenderhistoria8.blogspot.pt/20 08/04/economia-do-antigoregime.html Portugal na Europa do Antigo Regime 60
  62. 61. A economia portuguesa dependia do comércio colonial; Os portugueses traziam das colónias especiarias, açúcar, tabaco e outros produtos; Os países europeus, entre os quais Portugal, obrigavam as suas colónias ao exclusivo colonial; Exclusivo colonial – obrigação das colónias comerciarem unicamente com a metrópole; Portugal na Europa do Antigo Regime 61
  63. 62. Os produtos coloniais eram depois reexportados para outros países europeus conjuntamente com o sal, azeite e vinho; Portugal importava trigo, têxteis e produtos manufaturados; No último quartel do século XVII, surge uma crise comercial, o preço do açúcar baixou nos mercados, fruto da concorrência do açúcar produzido noutras regiões (Antilhas); Portugal na Europa do Antigo Regime 62
  64. 63. O défice da balança comercial portuguesa aumenta e muitos portugueses, como Duarte Ribeiro de Macedo preconizam a adoção de medidas mercantilistas; Em 1675, o regente D. Pedro (futuro D. Pedro II) nomeou como Vedor da Fazenda (ministro da Economia e Finanças), o conde da Ericeira, defensor das ideias mercantilistas; Portugal na Europa do Antigo Regime 63
  65. 64. Medidas tomadas pelo Conde de Ericeira: Desenvolve a industrialização (fomenta a criação de manufaturas têxteis na Covilhã, Fundão e Portalegre); Mandou vir técnicos do estrangeiro; Concedeu à manufatura da Covilhã o monopólio do fabrico de tecidos de uso corrente; Impulsionou a criação de outras manufaturas; Publicou as Leis Pragmáticas que proibiam o uso de tecidos de lã e outros artigos de origem estrangeira; Portugal na Europa do Antigo Regime 64
  66. 65. Os ingleses que eram os grandes exportadores de têxteis, passaram a importar menos vinhos a Portugal; Os grandes produtores vinhateiros portugueses, como o Marquês do Cadaval, protestam; Em 1703, Portugal assina com a Inglaterra o Tratado de Methuen: Os têxteis ingleses deixam de pagar taxas alfandegárias ao passarem nas fronteiras portuguesas; A Inglaterra reduz as taxas pagas pelos vinhos portugueses ao entrarem no seu país. Este tratado vai prejudicar a indústria portuguesa e lava ao desenvolvimento da produção de vinho. Surge na região do Douro, o vinho do Porto; Portugal na Europa do Antigo Regime 65
  67. 66. No finais do século XVII, chegam a Lisboa as primeiras remessas de ouro, provenientes do Brasil (Minas Gerais); Os bandeirantes tinham, finalmente descoberto ouro; Pouco depois descobrem-se minas de diamantes; Portugal na Europa do Antigo Regime 66
  68. 67. A produção de ouro brasileiro aumentou até meados do século XVIII; Com abundância de ouro as leis que impediam as importações foram abandonadas, nomeadamente durante o reinado de D. João V; As políticas mercantilistas iniciadas pelo conde de Ericeira foram abandonadas; Portugal aumentou a sua dependência da produção industrial inglesa; Portugal na Europa do Antigo Regime 67
  69. 68. D. João V, que cobrava um quinto de toda a produção de ouro pode rodear-se de um luxo magnificente, nomeadamente mandou construir o palácio-convento de Mafra; Portugal na Europa do Antigo Regime 68
  70. 69. A influência das ordens privilegiadas Em Portugal, como nos restantes países europeus, as ordens privilegiadas (clero e nobreza) detinham um grande poder económico; O Clero possuía cerca de um terço das terras e recebia a dízima; Portugal na Europa do Antigo Regime 69
  71. 70. A nobreza detinha numerosas propriedades agrícolas, recebia impostos e ocupava cargos importantes na Corte e no exército; A nobreza dividia-se em vários escalões: Nobreza de corte – a elite que vivia na corte (duques, marqueses, condes), ocupavam os principais cargos; Nobreza de província – pequena nobreza que vivia nos seus solares na província; Nobreza de serviços ou nobreza de toga – burgueses que tinham sido nobilitados pelo rei por serviços prestados, Portugal na Europa do Antigo Regime 70
  72. 71. Desde o século XVII, foi-se afirmando uma camada da burguesia portuguesa (magistrados, juízes, etc.; Estavam abaixo da nobreza mas acima dos outros membros do Terceiro Estado, por isso, muitas vezes eram chamados de “estado do meio”, algumas vezes eram “promovidos” à nobreza; A possibilidade de ascensão social estava bloqueada para a burguesia mercantil (comerciantes); Portugal na Europa do Antigo Regime 71
  73. 72. Os reis portugueses entendiam o poder absoluto de uma forma paternalista; Com D. João V (1689-1750) o rei, imitando Luís XIV, passou a dirigir pessoalmente o governo; Desenvolve a uma política de ostentação do luxo; No entanto o seu poder foi sempre influenciada pelo privilegiados (Clero e Nobreza). Portugal na Europa do Antigo Regime 72
  74. 73. O Marquês de Pombal O rei D. José I (1714-1777, rei desde 1750), nomeou ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782) que mais tarde será nomeado Marquês de Pombal; Portugal na Europa do Antigo Regime 73
  75. 74. Em 1755, Lisboa foi quase completamente destruída por um terramoto, nessa altura destacou-se a personalidade do Marquês de Pombal que tomou medidas para socorrer as vítimas e iniciar a reconstrução da cidade; Depois desse episódio, o rei deu-lhe plenos poderes; Portugal na Europa do Antigo Regime 74
  76. 75. O Marquês de Pombal era um defensor do despotismo iluminado; O despotismo iluminado era uma teoria política que afirmava que o monarca poderia exercer o poder absoluto mas orientado (esclarecido) pela razão e tendo em conta o bem e os interesses do povo; Baixa pombalina Portugal na Europa do Antigo Regime 75
  77. 76. Os principais objetivos do Marquês eram a modernização do país e o fortalecimento dos poderes do Estado; Esta política teve a oposição da Alta Nobreza e de alguns setores de Igreja, nomeadamente a Companhia de Jesus; Em 1758, após um atentado contra D. José I, o Marquês de Pombal perseguiu várias famílias nobres, nomeadamente os Távoras, que foram executados; A Companhia de Jesus foi expulsa de Portugal; Portugal na Europa do Antigo Regime 76
  78. 77. O Marquês procurou garantir a subordinação de todos os súbditos ao poder do rei; Protegeu a burguesia e a nobreza que permaneceu fiel ao rei; Criou organismos para auxiliarem a governação do país: Erário Régio (finanças públicas), Junta do Comércio (atividades económicas), Real Mesa Censória (censurar as publicações); Fundou o Colégio dos Nobres (formar os jovens da nobreza para servir o Estado); Limitou o poder da Inquisição; Portugal na Europa do Antigo Regime 77
  79. 78. No plano económico, o Marquês, aplicou medidas mercantilistas; Criou grandes companhias monopolistas: Para o comércio com o Brasil: (Companhia do Grão Pará e Maranhão e Companhia de Pernambuco e Paraíba); Para controlar o comércio do vinho do Porto: Companhia das Vinhas do Alto Douro; Portugal na Europa do Antigo Regime 78
  80. 79. A quebra da produção do ouro, após 1763, levou o Marquês a iniciar um programa de industrialização do país; Concedeu monopólios, privilégios (isenção de impostos) e subsídios; Foram criadas várias indústrias: Real Fábrica das Sedas, Real Fábrica de Vidros, na Marinha Grande, favoreceu a criação de manufaturas de têxteis, porcelana, papel, etc.; Portugal na Europa do Antigo Regime 79
  81. 80. Esta política económica conduziu à promoção social e económica da burguesia; Limitou o poder da Inquisição; Acabou com a perseguição aos cristãos-novos; Fomentou o desenvolvimento de uma classe burguesa ativa e próspera; Cristão-novo ou converso era a designação dada aos judeus e muçulmanos convertidos ao catolicismo, em contraposição aos cristãos-velhos. Portugal na Europa do Antigo Regime 80
  82. 81. A cidade de Lisboa foi reedificada segundo um projeto arquitetónico moderno, criando aquilo que hoje se chama a baixa pombalina; Portugal na Europa do Antigo Regime 81
  83. 82. Foram criadas ruas largas e retilíneas, uma praça monumental, Praça do Comércio; Portugal na Europa do Antigo Regime 82
  84. 83. Os blocos de prédios eram idênticos, de linhas simples e de construção robusta; Esta construção urbanística é uma afirmação do despotismo iluminado. Portugal na Europa do Antigo Regime 83
  85. 84. Portugal na Europa do Antigo Regime 84
  86. 85. Bibliografia: Apresentação construída com base no livro Diniz, Maria Emília, Tavares, Adérito, Caldeira, Arlindo M., História 8, Raiz Editora, 2012 Portugal na Europa do Antigo Regime 85

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