Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


04-09-2014

A importância da concepção universalista e tolerante dos povos lusófonos


Vítor Ramalho03/09/2014 21:23As referências noticiosas sobre o que se passa nalguns países ou regiões (...) dá-nos o retrato deste mundo global que, ao endeusar os mercados e ao favorecer a desregulamentação, se tornou inseguro e pouco receptivo aos direitos humanos.


As referências noticiosas sobre o que se passa nalguns países ou regiões como o Iraque, a Líbia, a Síria, a Ucrânia, a Nigéria, o Médio Oriente, que estão a ser palco de conflitos muito violentos, de par com a galopante degradação do meio ambiente e a divulgação de graves doenças endémicas e transmissíveis como o Ébola, dá-nos o retrato deste mundo global que, ao endeusar os mercados e ao favorecer a desregulamentação, se tornou inseguro e pouco receptivo aos direitos humanos.

A primavera árabe, que tanta esperança suscitou no mundo não chegou ao verão e o encontro que o Papa Francisco propiciou entre o chefe do Hamas e o Presidente de Israel foi seguido de bombardeamentos israelitas à região de Gaza e ao lançamento de roquetes por parte do Hamas sobre Israel.

O pano de fundo em que tudo se desenvolve é muito perigoso, com o exacerbamento de rivalidades étnicas, religiosas e ambições territoriais, que se sabe como começam mas não como acabam.

Neste quadro, os povos e países da CPLP têm dado provas em procurarem construir o futuro com o reforço da tolerância, aprofundando a democracia.As recentes eleições na Guiné-Bissau e o reconhecimento por parte da comunidade internacional que o país está a trilhar novas vias de tolerância, ocorreu paredes meias com o aliviar da tensão em Moçambique, entre o Governo e a Renamo, perspectivando-se que as eleições previstas nesse país para outubro, consolidem o anseio do povo moçambicano à paz.

Estes factos são muito encorajadores para a recriação da esperança, tanto mais que as eleições que se irão realizar, brevemente, no Brasil, reforçarão este país lusófono como uma importante potência emergente e democrática à escala planetária.É útil e muito proveitoso que assim seja para todo o mundo pela concepção universalista e tolerante dos povos lusófonos, forjada em encontros seculares de cultura e com uma palavra muito importante na defesa dos meios humanos neste novo e complexo mundo.

* Vítor Ramalho é o secretário-geral da UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e assina quinzenalmente no Portugal Digital e no África 21 Digital a coluna "Observador Lusófono".
http://www.africa21digital.com/colunistas/ver/20039623-a-importancia-da-concepcao-universalista-e-tolerante-dos-povos-lusofonos?utm_source=e-goi&utm_medium=email&utm_term=Newsletter+Africa+21+Digital&utm_campaign=%EF%BF%BDfrica+21+Digital