Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


24-09-2015

ÁRABES E MUÇULMANOS. I - A Lei e as Hostes de Mafoma Eduardo Dias


 

ÁRABES E MUÇULMANOS

 

 

ÁRABES E MUÇULMANOS

 

DIAS (Eduardo).— ÁRABES E MUÇULMANOS. I - A Lei e as Hostes de Mafoma. Livraria Clássica Editora. Lisboa. 1940.                                                                                     12,5x19 cm. B.

“(...) Pelas razões dadas, o primitivo e modesto escôrço transformou-se em plano vasto — e surgiu o que esta obra efectivamente representa: o primeiro ensaio em língua portuguesa — tentativa ainda incompleta, mas quanto foi possível exacta, — sôbre várias das complexas e arriscadas matérias concernentes ao problema do Islão. (...)”

Primeiro dos três volumes que constituem a obra dividida em 3 partes: A Lei e as Hostes de Mafoma - (dá a conhecer a vida de Mafoma, as origens do Islamismo, a substância do Alcorão e a história das conquistas dos árabes no Oriente e no Magrebe”);  A Invasão da Hispânia e o Aspecto Cultural do Islamismo - (”é de grande interesse para todos os que pretendam conhecer a situação da Península na quadra em que se constituiu Portugal”)  e Greis sarracenas e o Islão contemporâneo - (”destina-se não só aos estudiosos, mas ao público desejoso de conhecer os hábitos estranhos e bizarros das tribos muçulmanas. Aqui desfilam os Beduins, os Drusos, os Alauitas, os Felás do Egipto e êsses extraordinários Mozabitas, que constituem o mais enigmático e prodigioso agrupamento humano do mundo. O volume revela ainda os kistérios dos haréns e a vida íntima das mulheres sarracenas, as cerimónias do casamento e a origem dos ritos e seitas do Islão.)

Ilustrado.

Eduardo Dias (Lisboa, 29 de Junho de 1888- Lisboa, Outubro de 1949) foi um escritor português da primeira metade do século XX que viveu muitos anos no Rio de Janeiro. Foi secretário, desde 1918, data da sua fundação, do Banco Português do Brasil e, desde 1924, seu director. Foi igualmente director da Associação Comercial. Na mesma cidade fundou e dirigiu a Obra de Assistência aos Portugueses Desamparados. Por designação da Embaixada Portuguesa e do Conselho Superior da Colônia Portuguesa  foi-lhe atribuída, no Rio de Janeiro, a função de orador oficial nas recepções dos aviadores Gago Coutinho, Sacadura Cabral,Ramon Franco, bem como da recepção no Gabinete Português de Leitura do Presidente da República Portuguesa António José de Almeida.

Obra de Eduardo Dias[editar | editar código-fonte]

  • Cores do Mundo (1936).
  • Árabes e Muçulmanos: As Leis e as Hostes de Mafoma (Vol. 1), (1940).
  • Árabes e Muçulmanos: A Invasão da Hispânia e os aspecto cultural do Islamismo (Vol. 2), (1940).
  • Árabes e Muçulmanos: Greis Sarracenas e o Islão Contemporâneo (Vol. 3), (1940).
  • Antar o Cavaleiro-Mor: Romance Epopeia da velha Arábia (1941).
  • O Coelho Matreiro: Fábulas Orientais (1941).
  • Vingança do Colibri (1941).
  • Um Violino Fala (prefácio e adaptação das Memórias do violinista Jacques Thibaud), (1941).
  • Harém: Contos e Ditos Muçulmanos (1942).
  • A Rainha das Abelhas e outros contos (1942).
  • O Islão na Índia (1942).
  • O Anel Mágico e outros contos (1943).
  • As Mil e Uma Noites (col.), (1943-1944), 6 volumes, [várias edições].
  • Argonautas da Mancha: História de Grandes Exploradores e Corsários Britânicos (1944).
  • Memórias de Forasteiros: Aquém e Além-Mar: Portugal, África e Índia séculos XII-XVI (1945), (Vol. 1), (em co-autoria com o escritor Rodrigues Cavalheiro).
  • Memórias de Forasteiros: Aquém e Além-Mar: Brasil séculos XVI-XVIII (1945), (Vol. 2).
  • Memórias de Forasteiros: Aquém e Além-Mar: Brasil século XIX (1946), (Vol. 3).
  • Um Problema: O Islamismo e a sua Penetração na África Negra (1947), (separata do Rumo, n.º 6, pp. 222-243).
  • No Princípio do Mundo (1948).
  • A Terra de Vera Cruz na Era de Quinhentos (1949).

Referências na Imprensa

  • Diário da Noite (1941).
  • Rio (1941; 1945).
  • A Noite Ilustrada (1941-1942).
  • Carioca (Rio de Janeiro, 1942-1944).
  • Vamos Ler! (1942).
  • Diário da Noite (Rio de Janeiro, 1942-1943).
  • A Manhã (Rio de Janeiro, 1943).
  • Fon-Fon (Rio de Janeiro, 1944).
  • O Monumento (1944).
  • O Globo (Rio de Janeiro, 1945).
  • Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro, 1945).
  • Brasil-Portugal (Rio de Janeiro, 1945).
  • A Noite (1945).
  • Voz de Portugal (1946).

Referências

  1. Portugal (1924), Revista quinzenal ilustrada, 15 de Fevereiro, Ano I, n.º 13, página XLIII, Rio de Janeiro, director literário: Ruy Chianca, director gerente: Oliveira Guimarães.
  2.  Marinho, Maria José e Júlia Ordorica (ed.), (1998), Espólio Virgínia Vitorino: Inventário, Lisboa, Biblioteca Nacional (ver documento com assinatura autógrafa de Maria Eduarda Dias, 1944, Rio de Janeiro).
  3. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (1936-1960), "Dias, Eduardo", Volume 8, página 933.

 

 

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