Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


17-09-2015

LIVRO DO LANÇAMENTO DOS DIREITOS DOS ESCRAVOS VINDOS DO BRASIL PARA PORTUGAL


PesquisaNDO, na base de dados da Torre de Tombo, encontrei este documento a que não posso acrescentar qualquer comentário, a não ser que se comprova que os escravos iam para o brasil, mas muitos vinham para portugal, assim como iam de portugal para o brasil, o que também explica o quanto as culturas afro-brasil-tupi guarani, portuguesa sempre passaram pelo efeito da mestiçagem, onde o samba, a quizomba e o fado, andavam de mãos dadas. 

 

Arquivo Nacional Torre do Tombo

LIVRO DO LANÇAMENTO DOS DIREITOS DOS ESCRAVOS VINDOS DO BRASIL

CÓDIGO DE REFERÊNCIA

PT/TT/PJRFF/I-G/006/0271

DATAS DE PRODUÇÃO

1718-04-13 A data é certa a 1720-10-15 A data é certa

DIMENSÃO E SUPORTE

1 liv. (8 f. ms. num.; 14 f. num.); papel

ÂMBITO E CONTEÚDO

Também identificado na capa como "Escravos".

O termo de abertura e encerramento da responsabilidade de José de Sequeira: "Este livro há-de servir para nele se lançarem os direitos dos escravos que vêm do Brasil, e escreverá nele Francisco de Castro Berenguer, escrivão da Mesa, e por me achar ocupado em diligências do serviço de sua majestade dou comissão ao escrivão da fazenda António Rodrigues da Silva para o numerar e rubricar fazendo termo de encerramento. Funchal o primeiro de janeiro de 1718".

Começam os lançamentos com a data da entrada de determinada embarcação nesta alfândega, identificando a sua nacionalidade e evocação, o seu mestre ou capitão, proveniência, escalas, quantidade de escravos (escrava, moleque, molequinho, moleca, preta), a efectivação do despacho e o pagamento dos direitos.

Terminam os registos com o termo feito na Casa do Contos na cidade do Funchal, onde vivia o desembargador e ouvidor da fazenda, de nome José de Sequeira, mandando vir até si este livro onde se carregavam os direitos dos escravos, e que depois de apurados os totais e carregados ao almoxarife António de Freitas Henriques, era feito o termo, assinado pelos oficiais, e pelo escrivão da Mesa Grande, Francisco de Castro Berenguer.

Atendendo ao muito mau estado do livro original, foi feito um traslado, colocado neste livro (f. 17 a f. 19). Traslado feito pelo escrivão António Rodrigues da Silva, escrivão da Fazenda e Contos a 15 de março de 1731.

COTA ATUAL

Provedoria e Junta da Real Fazenda do Funchal, liv. 271

IDIOMA E ESCRITA

Português

EXISTÊNCIA E LOCALIZAÇÃO DE CÓPIAS

Portugal, Torre do Tombo, mf. 377

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