17-12-2004Diálogos José Estrela Rego"Somos missionários de ideal e de amor. Somos "FREE LANCER". A ninguém devemos contas. Só as damos à nossa consciência, e ajuizamos o que fazemos, mais pela vontade que usamos, pela decisão que nos anima, pelo progresso para as metas que criamos e que vamos sempre colocando mais longe, exigindo mais de nós. Não se olha ao caminho percorrido, às dificuldades ultrapassadas, e simplesmente ao que falta percorrer. Não se pode olhar para traz, porque isso traz-nos o cansaço. Assim, é no futuro, e no que nos é pedido pela nossa consciência que devemos fixar o nosso olhar. Os ideais é que fazem a criação do Mundo que queremos deixar melhor sempre com ajudas, mas não contemos com elas.” (José Estrela Rego, açoriano de São Miguel, Portugal, 2000, Novembro, 06)
As palavras do saudoso amigo José E Rego são sementes que se multiplicam em frutos. Este espaço tem compromisso com a língua portuguesa.
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Títulos nesta edição : Violência e controle da violência no Brasil, na África e em Goa; Galiza: quer recepção livre das Televisões e Rádios portuguesas; Trajectórias luso-brasileiras; Língua portuguesa em debate na Gulbenkian; Da Galiza veio o apelo; Um desafio do presente para preparar o futuro; Português é a sétima língua mundial e a terceira na Europa; Português é a sétima língua mundial e a terceira na Europa; Jorge Sampaio quer partidos políticos a defender língua portuguesa; Português - Língua Crioula. com; Língua e Património;
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"Violences et Contrôle de la violence au Brésil, en Afrique et à Goa" Dossier coordenado por Camille Goirand Edições Karthala, de Paris, Págs. 576 Os moçambicanos Mia Couto e João Paulo Borges Coelho são alguns dos investigadores políticos internacionais que contribuíram para o monumental volume sobre a violência que a revista "Lusotopie", do Centro Nacional de Pesquisa Científica, de Bordéus, há pouco lançou, sob o alto patrocínio de Michel Cahen, que muito se tem dedicado à história e à colonização portuguesas. A pobreza no Recife, a economia e política de São Tomé e Príncipe, em tempos de passagem da monocultura do cacau para a exploração do petróleo, a guerra e a identidade de Angola, a ocupação da Amazónia...De tudo isto se fala, com muito saber, nesta super-publicação especializada na análise política de todos os espaços contemporâneos saídos da expansão portuguesa iniciada no século XV. Os diferentes artigos, que abrangem a violência no Rio de Janeiro e a sua relativa ausência em Goa, são apresentados indistintamente em francês, em inglês e em português, conforme os autores os desejaram escrever. http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/.
Galiza: quer recepção livre das Televisões e Rádios portuguesas Uma das medidas urgentes a realizar para conseguir inverter a tendência dos galegos para a castelhanização está em dispormos de meios de comunicação em galego-português, é conseguirmos a recepção livre, na Galiza, das Televisões e Rádios portuguesas. Se estás interessado(a) em colaborar ou participar no projecto só precisas inscrever-te nela. Televisões e Rádios Portuguesas na Galiza já! Fonte: br.groups.yahoo.com/group/tvsptnagaliza/?yguid=106153321
TRAJECTÓRIAS LUSO-BRASILEIRAS Francisco de Brito Freire (n. Coruche-1625?; m. Lisboa-1692) Filho de António Fróis de Andrade e de D. Catarina Freire, seguiu ainda jovem a tradição militar da família, participando na batalha do Montijo, durante as guerras da Restauração. Pelos serviços prestados à Coroa, foi Capitão de Cavalaria na Beira e Comendador da Ordem de Cristo. Duas vezes nomeado Almirante da frota da Companhia de Comércio do Brasil, fez parte da acção militar que terminaria com a resistência holandesa em Pernambuco (1654). Seria ainda Governador da praça de Juromenha no Alentejo (1658), de Pernambuco (1661-1664) e de Beja (1665). Em 1669, seria preso na Torre de Belém pela recusa de conduzir D. Afonso VI ao exílio na ilha Terceira. Só mais tarde, em 1682, embarcaria na armada que se destina a trazer o Duque de Sabóia, noivo da Infanta D. Isabel, filha de D. Pedro II. Homem rico, amigo pessoal do Padre António Vieira, casou com D. Maria de Menezes, de quem teve vários filhos, entre eles Gaspar de Brito Freire, mandado vir preso da Bahia em 1690, por ordem de seu pai. Deixou-nos, como testemunho escrito da sua experiência no Brasil, a " Relação da Viagem que fez ao Brasil a Armada da Companhia, anno de 1655" (1657) e " Nova Lusitânia, História da Guerra Brasílica" (1675). Fonte: Jornal O Público
Língua portuguesa em debate na Gulbenkian
Da Galiza veio o apelo A Língua Portuguesa: Presente e Futuro", na Fundação Calouste Gulbenkian
Um desafio do presente para preparar o futuro Português é a sétima língua mundial e a terceira na Europa Foi também avançada a ideia da criação de um Observatório da Língua
Jorge Sampaio quer partidos políticos a defender língua portuguesa Lisboa, 07 Dez (Lusa) - O Presidente da República, Jorge Sampaio, sugeriu que as conclusões da conferência internacional "A língua portuguesa: presente e futuro"sejam entregues aos partidos políticos e aos grupos parlamentares. Face à proximidade de eleições legislativas antecipadas, Jorge Sampaio defendeu que os partidos políticos e os grupos parlamentares devem ser confrontados com o que se tem feito ou não em defesa da língua portuguesa. "O português é uma básica questão política", realçou o Presidente da República, adiantando que, depois de acompanhar os dois dias da conferência internacional, verificou, congratulando-se, que "há causas e disponibilidade para causas, uma das quais é a defesa da língua portuguesa". Jorge Sampaio defendeu que, na orgânica do Governo, este ou outro, "o português deve estar ligado ao primeiro-ministro", considerando que é uma causa que deve envolver todo o executivo e não estar sob a tutela de um ou dois ministérios. O Chefe de Estado defendeu, igualmente, "uma diplomacia cultural", para promover no estrangeiro "os produtos culturais portugueses". Muito aplaudido, Jorge Sampaio apelou ao combate ao insucesso escolar, que considerou " um desiderato nacional", assim como às desigualdades, que afectam muitas crianças e jovens, prejudicando as suas possibilidades de êxito académico. " Isto põe todos em causa: famílias, professores e políticos", realçou o Chefe de Estado, para depois criticar a sucessão de currículos escolares, defendendo a necessidade de " estabilidade, coordenação e capacidade de avaliação" no Ensino em Portugal. " Quando me apresentam um currículo escolar novo para promulgação, eu questiono se foi feita uma avaliação aos resultados do currículo anterior. Não há avaliação alguma", lamentou o Presidente da República. A defesa da língua portuguesa e da escola deve envolver, na opinião de Jorge Sampaio, não só o Governo, mas também as autarquias, os sindicatos e as empresas, no quadro de " um sistema aberto, moderno e capaz". Por exemplo, "as autarquias devem mostrar menos obra e dar mais apoio às escolas, nomeadamente em termos de aquecimento, autocarros, visitas de estudo e cantinas", frisou o Chefe de Estado, que falava na sessão final da conferência internacional. Jorge Sampaio disse, também, que os leitorados não podem acabar, antes devem ser estimulados, e as bibliotecas, que também devem aumentar, nomeadamente em localidades afastadas dos grandes centros, devem estar sempre actualizadas. A conferência internacional de dois dias sobre o presente e futuro da língua portuguesa foi organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, por sugestão e com o apoio da Presidência da República. O encontro reuniu cerca de 600 participantes, que reflectiram sobre os problemas da língua portuguesa, o seu ensino em Portugal, no espaço lusófono e no mundo. TQ. Lusa/ Fim Português - Língua Crioula. com Desde que as línguas vernáculas definitivamente acantonaram o latim no seu definitivo lugar de língua morta e se transformaram em línguas de cultura, isto é, desde os tempos modernos, que puristas emergiram tentando prender a língua a uma norma imutável. Acontece, porém, que a língua é, por natureza, subversora de normas, exactamente porque, como ser vivo que é, é movente. Vem isto a respeito de um recorrente discurso sobre uma eventual patologia grave que atingiria a língua portuguesa: o português está doente, ninguém fala com correcção a língua portuguesa; toda a gente desrespeita esse bem patrimonial que é a língua... Veja-se o tom trágico-patriótico do início do editorial do PÚBLICO de 6 do corrente: "Se a nossa pátria é a nossa língua (...), então cada vez temos menos pátria", já que a língua estaria a " definhar, acometida de vulgaridades, doente de vícios, trôpega de verbo"... Este dramatismo decorre de duas razões: do facto de estarmos a falar, por um lado, de património e, portanto, de alguma coisa que toca a identidade colectiva/ nacional e, por outro, de um valor social cuja competência é potenciadora de sucesso escolar, profissional, pessoal e de prática de uma cidadania consciente e crítica. Na verdade, a sociedade portuguesa e as suas elites culturais estão a lidar mal com as consequências que a lógica da globalização e as novas linguagens da sociedade da informação inelutavelmente acarretam para o futuro do português e das línguas em geral. Estão a lidar mal com o facto de Portugal, ao ter deixado de ser definitivamente uma potência imperial, ter deixado de " mandar" na língua e, portanto, ter passado a ser apenas seu co-proprietário, um entre oito e ainda com o facto de se ter bruscamente transformado num país de imigração e definitivamente numa sociedade multicultural. E não estarão a lidar mal também com o facto de assistirem à assunção da palavra por muitos que há apenas uma geração atrás eram silenciados ou não ousavam fazer uso desse poder que o direito à palavra comporta? Acarreta tudo isto uma nostalgia da " norma". Era tão mais fácil lidar com uma língua que se movia mais paulatinamente, embora sempre se movendo (lembre-se as dificuldades de um Eça de Queirós em fazer aceitar a presença nos seus romances de palavras hoje tão pacíficas como champanhe ou hotel)! Mas, de facto, numa sociedade da informação generalizada processada a alta velocidade, também a língua muda com rapidez e tem mesmo de mudar, sob pena de perdermos com isso um mar de oportunidades que as novas navegações trilham. E tem pouca importância que a comunicação via SMS ou via Internet (e nem os puristas dizem algo como "no interior da rede") se faça com soluções não canónicas relativamente à norma. Importa, isso sim, é não criar uma nova forma de exclusão - a infoexclusão. E, claro, importa também defender a norma sem saudosismos serôdios e desatentos ao efectivo processo de crioulização que a língua portuguesa está a viver neste momento tão especialmente rico da sua já longa vida. A língua portuguesa -- importa lembrá-lo -- nasceu ela própria de um processo de crioulização relativamente ao latim. Defender a norma passa por uma aposta no ensino " inovador" da língua materna. Inovador quer dizer novo e não recuperador de métodos descritivos tradicionais do tempo em que os que aprendiam a ler e a escrever, para além do básico ler, escrever e contar que em breve tornava alfabetizados em analfabetos funcionais, era uma minoria privilegiada. Defender a norma passa por apostar na educação pré-escolar e básica no seguimento do reconhecimento de quanto a língua é um capital simbólico muito desigualmente distribuído, havendo uma correlação estreita entre a literacia ou a iliteracia funcional e a origem sócio-cultural do cidadão. Defender a norma passa por apostar com urgência de modo " inovador" na formação dos professores de língua materna a montante e a jusante, quer no que se refere ao seu melhor apetrechamento no domínio das pedagogias da leitura e dos discursos, quer na sua formação contínua, particularmente no que ao incentivo à sua própria leitura recreativa diz respeito. E não vale a pena ignorar que vivemos numa sociedade ruidosa, desmobilizadora relativamente às exigências elevadas da leitura, particularmente da literária e que muitos professores de língua materna não escapam a essa desmobilização, tanto mais grave quanto importa, ainda na defesa da norma, mas não só com esse objectivo, batermo-nos pela inseparabilidade entre ensino da língua e da literatura. Aceitar a crioulização do português como um enriquecimento não é incompatível com a defesa da norma e essa dialéctica é conjugável com sociedade da informação. Viva o português língua crioula.com! Deputada do PS e professora da UP Língua e Património A língua pode ser um instrumento de poder e isso tem sido provado inúmeras vezes ao longo dos séculos. Mas pode ser também um veículo vivo de transmissão de cultura e, nesse sentido, permanecendo um património essencial dos povos, será tanto mais rica quanto souber rejuvenescer-se em múltiplas mestiçagens. A conferência "A Língua Portuguesa: Presente e Futuro", que esta semana decorreu na Fundação Gulbenkian, teve o mérito de sublinhar esta evidência, contornando a lógica de um certo "missionarismo" linguístico que leva a considerar o português " puro" como receita obrigatória para outros povos. Talvez por isso a simples menção dessa coisa chamada "lusofonia" provoque tantas irritações entre angolanos ou brasileiros, para citar apenas dois exemplos dos mais divulgados. O predomínio da matriz lusa, nesta matéria, foi há muito relativizado pela própria evolução da língua nos países onde o português se tornou também reflexo de outras culturas, abrigando novas palavras e novos sons. Talvez por isso as normas a que poderão estar compulsivamente agarrados alguns puristas, sejam cada vez mais difíceis de estabelecer, ultrapassadas pela vida. O quanto isso tem sido benéfico torna-se evidente nas culturas não só do Brasil, onde a língua portuguesa se ampliou num considerável enriquecimento, como nos países africanos que a partilham com línguas ou dialectos próprios, do crioulo a expressões nativas de tradição secular. Não é aqui, de modo nenhum, que residem perigos para o futuro da língua portuguesa, pelo contrário: aqui reside a sua principal riqueza, a de crescer num cenário florescente de diversidade. Tão pouco as novas tecnologias, por mais avançadas, constituem ameaça ao desenvolvimento da língua. Se alguma ameaça existe, ela reside na ignorância, no definhar da cultura, no empobrecimento das expressões verbais ou escritas, na sua primarização rasteira. Não é isto que se passa quando o português se transmuta em vários, por influência de migrações e por acção dos povos em múltiplas geografias. "A língua portuguesa pertence de igual modo a todos os que a falam. São todos co-proprietários", disse Vítor Aguiar e Silva na palestra inaugural da conferência da Gulbenkian. E é por causa desta partilha de propriedade mas também do domínio do português que se torna penoso ver a diferença entre a forma extraordinária como falam ou escrevem muitos brasileiros ou africanos e a penúria criativa com que se exprimem muitos dos nossos estudantes, licenciados e até, já agora, alguns professores ou mesmo jornalistas. Repete-se: não é a diversidade que mata o português, é a ignorância. E ela manifesta-se mais por cá, dentro de portas, do que nos países que alguns pretendem adjacentes da chamada "lusofonia". Se o agora sugerido Observatório da Língua Portuguesa se limitar a olhar para lá das nossas fronteiras, errará o alvo. É em Portugal que a língua sofre maiores martírios. Não pela diversidade ou pela mestiçagem, natural e desejável; mas pelo desprezo a que é votada como matéria viva
Estudo sobre antepassados da imprensa na Galiza e Norte de Portugal apresentado no Porto Porto - Um projecto de catalogação e digitalização de um dos primeiros antepassados da imprensa escrita na Galiza e Norte de Portugal, as « Relações de Sucesso», é apresentado, esta sexta-feira, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto Antecessoras das gazetas, as « Relações de Sucessos» eram textos de circulação popular, publicados entre os séculos XV e XVIII por toda a Europa, que narravam um acontecimento, real ou inventado, com a finalidade de informar ou entreter. Difundidos em folhas manuscritas ou impressas, em verso ou em prosa, foram um dos primeiros meios escritos de difusão popular de notícias. Fundado em Dezembro de 2002, o CEER congrega seis universidades dos dois lados da fronteira - Porto, Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Vigo, Corunha e Santiago de Compostela - com o objectivo de incrementar a competitividade do Noroeste Peninsular. Fonte: jornaldigital.com/noticias.php?noticia=2082 Livros para Timor Mirian Giannella" < casadocipreste@u...> Qui Dez 2, 2004 4:02 pm Recebi uma mensagem com pedido de livros infantis em português para o Timor leste, onde estão muito carentes de tudo. Conseguimos saber como enviar e segue abaixo as orientações para os interessados. Lembrando que nosso encontro será no próximo sábado no Lua Nova, (Virgílio com Artur) se quiserem também podem entregar lá para mim. Espero vocês! Mirian Giannella Assunto: Remessa de materiais pedagógicos. Rua da Independencia, 632 Cambuci - São Paulo. Entregar na Companhia de Guarda. Ministério do Exército- fone: (11) 3888-5200. Relações Públicas. Para MAC - Crianças Unidas: HQ Sector Central - Contingente Brasileiro A/C Caci Sassi Vidas Lusófonas informa Navegando por Dezembro de 2004, informamos: sim, é verdade, já recebemos 3,5 milhões de visitas e verificámos ser possível conviver com os grandes vultos do nosso passado comum. No www.vidaslusofonas.pt é só clicar em cada um dos nomes dos 85 vultos e eles irão sentar-se à vossa mesa para festejar o Natal e o Novo Ano que vem aí... Excelente 2005 para todos vós! - são os votos da equipa de VIDAS LUSÓFONAS Quem vos leva o nosso abraço é o coordenador do site : Fernando Correia da Silva |