Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


04-02-2015

As senhoras do Almanaque Luso-Brasileiro-Lançamento BNP, 6 fev 2015, 18h00


LANÇAMENTO | 6 fev. | 18h00 | Sala Multimédia | Entrada livre

 

As obras As senhoras do Almanaque. Catálogo da Produção de Autoria Feminina: Almanaque de Lembranças, Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro, Novo Almanaque de Lembranças (BNP/Clepul, Lisboa, 2015) e O Rio Grande do Sul no Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro(Gradiva Editorial, Porto Alegre, 2014) serão apresentadas por Ernesto Rodrigues com a presença de Vania Pinheiro Chaves, coordenadora de ambas as edições.

 

«Os almanaques atingiram o seu apogeu no século XIX e, em Portugal, a maior prova desse sucesso é o Almanaque de lembranças, que Alexandre Magno de Castilho fundou em 1850, numa altura em que os intelectuais portugueses já reconheciam os dois principais benefícios desse produto editorial: a possibilidade de atingir um público mais vasto e, com isso, contribuir para o desenvolvimento cultural da nação. Resultado da complexa e morosa tarefa de levantamento e classificação de toda a produção feminina do Almanaque de lembranças | Almanaque de lembranças luso-brasileiro | Novo almanaque de lembranças luso-brasileiro (1851-1932) e editado, em parceria, pelo CLEPUL e pela Biblioteca Nacional de Portugal, este catálogo inaugura a coleção «Senhoras do Almanaque», com que o referido projeto visa dar a conhecer os escritos de algumas colaboradoras daquele memorável anuário, acompanhados por estudos críticos e biobibliográficos das mesmas.

 

Referindo-se às colaboradoras do Almanaque como «damas ilustres», Castilho, além de manifestar respeito e consideração, aponta para um grupo social e culturalmente mais favorecido, dado que eram então elevadíssimas as taxas de analfabetismo no segmento feminino da sociedade luso-brasileira.

É de notar ainda que a participação feminina no Almanaque de lembranças sucede de perto à masculina: eles ingressam no volume para o ano de 1852 e elas no volume para 1854, ano a partir do qual comparecem em todos os anuários.»

Vania Pinheiro Chaves

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