21-03-2018ENCONTRAR PORTUGAL EM GOA: UMA CASA, UM BAIRRO, IGREJAS E ESPECIARIASUm dia em Goa é pouco mas já dá para visitar muita coisa: passei por uma casa portuguesa, uma quinta de especiarias, pelas igrejas portuguesas e pelo famoso Bairro das Fontainhas, onde ainda se ouve falar português. Um dia em Goa não chega para nada. Eu já sabia disso, por isso, ainda não a tinha conhecido e já estava a pensar quando voltaria de novo e o que iria visitar. Depois de vários dias a visitar, de comboio, a região de Maharashtra, na Índia, chegamos ao estado de Goa. A primeira imagem que nos surge é dos campos verdes e das palmeiras. A primeira paragem foi numa “casa portuguesa”. Digamos que não da forma tradicional, porque foi adaptada à arquitetura local, mas com objetos que nos fazem recuar a uma moradia que foi habitada por um arcebispo de Braga. O Palácio do Deão, datado de finais do século XVIII, tem um altar na entrada e, nas traseiras, um alpendre grande, rodeado pelo jardim, onde nos sentamos para um pequeno lanche. Depois da visita à casa, a viagem continua para visitarmos dois símbolos do legado português: a Basílica do Bom Jesus, onde estão as relíquias de S. Francisco Xavier, e a Sé Catedral de Goa. O almoço foi servido na Sahakari Spice Farm, onde aprendemos mais sobre as especiarias, esse “ouro” que levou os portugueses a passarem por “mares nunca antes navegados”. O almoço é tipicamente goês, com peixes e muitos camarões e onde não falta a prova da Feni, a aguardente de caju... que queima! De seguida, vamos para Pangim, a capital do estado de Goa, antigamente chamada de Nova Goa. Além do famoso bairro das Fontainhas, cheio de lembranças lusas, paramos na frente da Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e numa confeitaria - assim mesmo “confeitaria” - com nome português, a Confeitaria 31 de Janeiro. Há azulejos com os nomes das famílias nas casas e os negócios são do “Nunes” e do “Dias”. Mas, a melhor parte do dia foi quando me vieram chamar, a dizer que tinham encontrado gente que falava português. Foram poucos os minutos à conversa com o senhor Francisco e o senhor Couto, descendentes de portugueses e que mantêm viva a língua de Camões. Queria ter ficado mais tempo a conversar e a absorver este pedacinho português na Índia. Ficou a promessa de um dia lá voltar com mais tempo. Saiba mais sobre a visita a Goa no Viaje Comigo e siga o Viaje Comigo também no YouTube. Encontrar Portugal em Goa: uma casa, um bairro, igrejas e especiarias - SAPO Viagens
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