22-08-2004VI Encontro das Nações de todos os tons FlorianópolisCatumbi e quicumbi em Florianópolis
VI ENCONTRO DAS NAÇÕES – BRASIL DE TODOS OS TONS Fundação Cultural de Florianópolis – Franklin Cascaes Santa Catarina
Em alusão ao Dia Internacional do Folclore (22 de agosto), a Fundação Cultural de Florianópolis – Franklin Cascaes (FCFFC) realizará o VI Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons, no Largo da Alfândega, centro histórico da Capital catarinense. De 19 a 22 de agosto, grupos folclóricos de Santa Catarina, do Brasil, do Mercosul e também da Europa apresentarão ritmos, folguedos, artesanato e gastronomia que compõem o mosaico cultural brasileiro. Habitantes e turistas terão a oportunidade de conhecer, gratuitamente, a cultura étnica dos açorianos, afrodescendentes, alemães, árabes, argentinos, austríacos, espanhóis, gregos, holandeses, italianos, japoneses, madeirenses, palestinos, paraguaios, poloneses, portugueses, ucranianos, uruguaios, além dos indígenas, ciganos e do sertanejo brasileiro. Num grande palco coberto e nos pavilhões de gastronomia típica e de arte e artesanato de referência cultural, cerca de 850 folcloristas, divididos em 36 grupos, estarão mostrando culturas próprias e trocando conhecimento entre si. Quatro deles se apresentarão para as crianças internas do Hospital Infantil Joana de Gusmão e, no penúltimo dia do evento, o tradicional desfile pelas ruas centrais da cidade reunirá todos os participantes, que farão o percurso com seus trajes típicos, adereços e instrumentos musicais. O Largo da Alfândega, um dos principais representantes da cultura ilhoa, volta a ciceronear artistas populares que vão mostrar as diferentes peças que formam o quebra-cabeça étnico da cultura brasileira. Por quatro dias o folclore, a música, a dança e a gastronomia presentes no já tradicional Encontro das Nações “percorrerão” o Largo, juntamente com visitantes e nativos, mostrando partes de um passado que formaram nosso presente cultural. A arquitetura preservada do conjunto Largo e Mercado público voltarão a servir de moldura para esse mosaico de nacionalidades que se monta em Florianópolis. A cidade está preparada para receber as quase mil pessoas dos mais variados pontos do País que aqui estarão. Preparada e alegre. Mais do que um palco, a Capital de Santa Catarina e seu povo serão parte ativa desse encontro de etnias. Angela Regina Heinzen Amin Helou, Prefeita
A Fundação Cultural de Florianópolis – Franklin Cascaes (FCFFC) orgulha-se de realizar novamente um dos maiores encontros da cultura popular do Brasil e do Mercosul. Um evento que reúne representantes de etnias que formaram o mosaico cultural brasileiro, apresentando em espaço público espetáculos folclóricos de grande beleza, artesanato e gastronomia típica. Ainda que grandioso, é apenas uma amostra do que existe de mais puro no imaginário de um povo, as raízes dos saberes e fazeres deste imenso País. E, dando continuidade à proposta de difusão e socialização da cultura e, principalmente, o emprego da arte como instrumento de elevação da auto-estima em favor da recuperação dos internos, a FCFFC levará atrações às crianças tratadas no Hospital Infantil Joana de Gusmão, que comemora 25 anos de atividades. Todo este esforço voltado ao popular, ao comunitário, foi reconhecido nacionalmente em 2003, quando, para nossa satisfação, o evento Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons recebeu, em noite memorável, o Prêmio Caio de Ouro, como o melhor do gênero na região Sul do País – categoria Evento Social, pelo desenvolvimento de políticas públicas de inclusão social. Mário César Bittencourt, Superintendente da Fundação Cultural de Florianópolis – Franklin Cascaes
Florianópolis tem um legado importante na herança cultural de seus antepassados, retratado pelos seus folguedos, pelas suas danças e na sua música popular. E o Brasil não é diferente, repleto de vertentes étnicas responsáveis pela evolução e o desenvolvimento cultural. Uma das mais expressivas correntes de todo o litoral de Santa Catarina é a açoriana, mas temos outras importantes contribuições como a alemã, polonesa, italiana, holandesa, libanesa, japonesa, africana, indígena e outras que inseriram saberes e fazeres, responsáveis pelas novas tecnologias e conhecimentos. É com o intuito de resgatar, valorizar e difundir a cultura popular brasileira, que a Prefeitura de Florianópolis, através da Fundação Cultural de Florianópolis – Franklin Cascaes, rende homenagens ao Dia Internacional do Folclore, 22 de agosto, e realiza a sexta edição do Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons. Parabéns, fazedores da cultura popular brasileira. Carin Heloísa Hahn da Silva Machado, Coordenadora de Eventos e Assuntos Comunitários da FCFFC
O Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons, em sua sexta edição, mais uma vez, é uma expressão da cultura popular brasileira. Cremos que fortalecer a identidade cultural de um povo é possibilitar o reconhecimento da sua cidadania e, mais ainda, resgatar herança e ancestralidade, favorecendo a preservação e o repasse contínuo dessa cultura, tão nossa, tão especialmente brasileira. Somos globais! Estamos no mundo e para o mundo, mas sobretudo agimos pela mentalidade local, valorizando o folclore e o povo brasileiro. Resgatar a identidade cultural de um povo é valorizar a sua cidadania, sobreviver através da sua memória. O nosso maior patrimônio é a nossa identidade cultural. João Batista Costa, Coordenador-Técnico do VI Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons
GASTRONOMIADurante a realização do evento, sob uma grande lona, funcionarão 22 barracas de gastronomia típica. Uma praça de alimentação de 600m2, com capacidade para aproximadamente 700 pessoas sentadas, oferecerá um verdadeiro festival gastronômico. O horário de funcionamento será das 18h30 às 22h00, no dia da abertura; das 11h00 às 22h00, dias 20 e 21; e das 11h00 às 20h00, dia 22. O pavilhão gastronômico tem apoio da Coca-Cola/Vonpar Refrescos e comercializará a preços populares os seguintes pratos: strudel e salsichão com repolho roxo (Rancho Queimado/SC); arroz de cuxá, vatapá, guaraná-Jesus, mingau de milho, farinha e camarão seco (São Luís/MA); peixe (Jataí/GO); acarajé, baião de dois e carne de sol (Fortaleza/CE); moqueca (Vitória/ES); locro – carne ensopada com milho (Argentina); café, doces, tortas, biscoitos, folhados, sanduíches e pastéis (Uruguai). De Florianópolis: acarajé e doces (Delícias Africanas); quibe frito e cru, charutinho, tabule e esfiha (Restaurante Kaffa e Grupo Palestino); macarrão e pizza (Fratellanza Italiana); sushi e yakisoba (Associação Nipo Catarinense); peixe com pirão, pastel e fritada de camarão e de berbigão (Cantinho do Ênio); peixe frito com pirão, ostras gratinadas e ao bafo, pastel de camarão e de berbigão (Restaurante dos Açores); mocotó (Cantinho Brasileiro); empadinhas do Chiquinho; bacalhau, bolinho de bacalhau e outros pratos da cozinha portuguesa e doces da cozinha francesa (alunos do SENAC); cocada, abóbora com coco e outros doces caseiros.
ARTESANATO Num corredor, também coberto por 600m2 de lonas piramidais, 35 expositores comercializarão produtos artesanais e distribuirão material de divulgação de diversas etnias. O funcionamento será das 18h30 às 22h00, no dia da abertura; das 10h00 às 22h00, dias 20 e 21; e das 10h00 às 20h00, dia 22. São eles: paneleiras de quintal (fazendo a tradicional panela de barro) e peças de cerâmica decorativa, de Vitória (ES); louças, pesankas e bonecas de cerâmica ucraniana, de Curitiba (PR); Antônio Paulo Medeiros Franco, que virá especialmente dos Açores para mostrar como se faz o terço original dos romeiros da Ilha de São Miguel. De Santa Catarina: imagens em barro de santos e personagens do cotidiano, de São José; cestaria, animais esculpidos na madeira e adereços dos índios kaigang, xocleng e tupi-guarani do Morro dos Cavalos, Palhoça; artigos em crivo, de Governador Celso Ramos; esculturas em madeira, pintura e casinhas do tempo, de Treze Tílias; arcos de flores, bonecas e bordados, de Indaial; peças em crivo da Associação das Criveiras de Tijuquinhas e forno de beiju, de Biguaçu. Florianópolis participará com tear, bordado e rendeiras, da Lagoa da Conceição; cestaria em cipó e tipiti, do Rio Vermelho; máscaras e adereços afro-brasileiros, do Núcleo de Mulheres Negras; artigos dos Artesãos Associados de Florianópolis (Associação Florianopolitana de Voluntárias/AFLOV), da Feira de Arte e Artesanato (FEIRARTE), da Feira das Alfaias e da Feira da Lagoa; Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina; artesanato em técnica florentina, com palha de milho e conchas marinhas, velas, artesanato grego e japonês.
PALCOOs folguedos e os números de dança serão apresentados num palco coberto de 140m2, voltado para o pavilhão de gastronomia. Junto a ele, serão fixadas as bandeiras de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil e de países representados no evento. Antes de iniciar a programação artística da noite de abertura, às 18h15 do dia 19, será exibido em dois telões o vídeo documentário “Templos & Patrimônios Históricos – Grande Florianópolis”, sobre monumentos e casarios pintados pelo artista plástico Cipriano. Neles, ainda serão projetados vídeos com os hinos Nacional e do Estado. O “Rancho de Amor à Ilha”, Hino Oficial do Município, será interpretado pela Associação Coral de Florianópolis, que também apresentará mais duas músicas folclóricas. Dia 20, a programação começará com o grupo Gente da Terra, de Florianópolis, que se apresentará das 12h00 às 13h30. As demais atrações subirão ao palco das 16h00 às 22h00. Dia 21, as atividades reiniciarão às 12h00 e, no dia 22, às 11h30, com encerramento previsto para às 22h00
DESFILE Todos os grupos folclóricos participantes sairão em desfile pelas ruas centrais da cidade, às 10h00 de sábado, dia 21, tendo à frente a banda da Sociedade Recreativa e Cultural Amor à Arte. A concentração será às 9h00, no Largo da Alfândega, percorrendo o seguinte trajeto: Largo da Alfândega – Praça XV de Novembro – Rua Tenente Silveira – Rua Deodoro – Largo da Alfândega. A primeira ala será a dos representantes indígenas, seguida dos açorianos, madeirenses, portugueses, afrodescendentes, italianos e, continuando a ordem cronológica dos povoadores, encerra com os países do Mercosul e a Sociedade Musical Filarmônica Comercial.
HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO A exemplo do que foi realizado na XI Mostra de Dança de Florianópolis, promovida pela FCFFC, no último mês de junho, novamente, as crianças internas do Hospital Infantil Joana de Gusmão e a comunidade do bairro Agronômica poderão assistir apresentações no pátio interno desta instituição hospitalar que comemora 25 anos de atividades. Nos dias 20 e 21, às 16h00, dois grupos diferentes em cada tarde mostrarão um pouco de sua cultura.
HOMENAGEM Durante a solenidade de abertura, no dia 19, a FCFFC prestará uma homenagem ao pesquisador e professor Doralécio Soares, presidente da Comissão Catarinense de Folclore. Ele receberá uma placa de prata, em reconhecimento a todo o seu trabalho de preservação e difusão da cultura popular de Florianópolis.
PRÊMIO CAIO Em 2003, a FCFFC recebeu o Prêmio Caio como vencedora da categoria Evento Social. Esta, que é a maior distinção da área de eventos do Brasil, é uma iniciativa da “Revista dos Eventos”, apoiada por entidades representativas dos diversos segmentos do setor, como ABEOC, ABRACCEF, AMPRO, FBC&VB e UBRAFE. O troféu Jacaré de Ouro veio em reconhecimento ao desenvolvimento de políticas públicas de inclusão social que o evento Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons proporciona às pessoas que vivem da gastronomia, artesanato e das manifestações folclóricas.
PATROCÍNIO & APOIO CULTURAL O VI Encontro das Nações – Brasil de Todos os Tons está sendo realizado com recursos da Prefeitura Municipal de Florianópolis, com apoio do Governo do Estado de Santa Catarina (através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura/Fundação Catarinense de Cultura), Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Grupo de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros, Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Caixa Econômica Federal (CEF), CASAN, CELESC, Coca-Cola/Vonpar Refrescos, Yanes Extintores, GAPLAN, FLORAM, SETUR, IPUF, SUSP, COMCAP e demais secretarias municipais.
CRONOGRAMA DAS APRESENTAÇÕES
19/08 – quinta-feira
*18h15: exibição do vídeo documentário “Templos & Patrimônios Históricos – Grande Florianópolis” (Cipriano) e solenidade de abertura. *18h30: exibição dos vídeos do Hino Nacional (Eletronorte) e do Hino do Estado de Santa Catarina (Maxton Produções Ltda.), interpretação do Hino do Município de Florianópolis e de músicas folclóricas (Associação Coral de Florianópolis). *19h00: Cia. de Arte Flamenca Fario Gitano (Florianópolis/SC). *19h35: Cia. de Dança Geovana y Fabián (Florianópolis/SC). *19h55: Grupo Folclórico Cidade de Florianópolis (SC). *20h25: Grupo Folclórico Polonês Wisla (Curitiba/PR). *21h10: Banda de Congo Mestre Alcides – Barra do Jucú (Vila Velha/ES). *21h45: Grupo Folclórico Luar do Sertão (Fortaleza/CE).
20/08 – sexta-feira
*12h00: Grupo Gente da Terra (Florianópolis/SC). *16h00: Grupo Folclórico Boi-de-Mamão do Morro do Arranha Céu (Florianópolis/SC). *16h45: Bumba Meu Boi Mocidade de Rosário (São Luís/MA). *17h35: Tango San Telmo (Buenos Aires/Argentina). *18h10: Grupo de Dança Afro Negra Ô (Vila Velha/ES). *19h00: Grupo Folclórico da Terceira Idade da UFSC (Florianópolis/SC). *19h35: Grupo Amor Cigano (Florianópolis/SC). *20h10: Associação Okinawa de Campo Grande (MS). *21h00: Grupo Folclórico do Rochão (Camacha, Ilha da Madeira/Portugal). *21h45: Santiago Pacheco (Merlo/Argentina).
21/08 – sábado
*09h00: concentração dos grupos folclóricos no Largo da Alfândega. *10h00: desfile dos grupos folclóricos pelas ruas centrais da cidade, acompanhado pelas bandas Sociedade Recreativa e Cultural Amor à Arte e Sociedade Musical Filarmônica Comercial (Florianópolis/SC). *12h00: Grupo Folclórico Danças e Cantares Açorianos – Arcos (Biguaçu/SC). *12h50: Grupo de Danças Leakat Kadima (Porto Alegre/RS). *13h35: Grupo Folclórico Ítalo-Brasileiro (Criciúma/SC). *14h00: Grupo Folclórico de Danças Alemãs da FURB (Blumenau/SC). *14h30: Grupo Folclórico Holandês de Castrolanda (Castro/PR). *15h00: Associação Folclórica Boi-de-Mamão de Canasvieiras (Florianópolis/SC). *15h45: Os Regionais da Catira (Jataí/GO). *16h35: Grupo Folclórico do Rochão (Camacha, Ilha da Madeira/Portugal). *17h20: Banda de Congo Mestre Alcides – Barra do Jucú (Vila Velha/ES). *18h10: Grupo Folclórico Polonês Wisla (Curitiba/PR). *19h00: Bumba Meu Boi Mocidade de Rosário (São Luís/MA). *19h45: Cia. Liberdade de Teatro (Florianópolis/SC). *20h20: Grupo de Dança Quillihuasi (Merlo/Argentina). *20h55: Grupo de Danças Folclóricas Lindental Tanz Gruppe (Treze Tílias/SC). *21h45: Grupo Folclórico Ucraniano Poltava (Curitiba/PR). *22h10: Folclore Grego Neoléa do Paraná (Curitiba/PR).
22/08 – domingo
*11h30: Grupo Tradicional Indígena da Aldeia do Morro dos Cavalos (Palhoça/SC). *12h00: Orquestra Municipal de Violeiros de Jataí (GO). *12h35: Catumbi do Itapocu (Araquari/SC). *13h10: Grupo Folclórico Ítalo-Brasileiro (Criciúma/SC). *13h45: Grupo Folclórico Boi-de-Mamão de Vargem Grande (Florianópolis/SC). *14h30: Santiago Pacheco (Merlo/Argentina). *15h00: Tango San Telmo (Buenos Aires/Argentina). *15h35: Grupo de Danças Folclóricas Lindental Tanz Gruppe (Treze Tílias/SC). *16h10: Os Regionais da Catira (Jataí/GO). *16h45: DCG Província do Quero-Quero – Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul. *17h20: Bumba Meu Boi Mocidade de Rosário (São Luís/MA). *18h10: Grupo Folclórico Luar do Sertão (Fortaleza/CE).
VI ENCONTRO DAS NAÇÕES – BRASIL DE TODOS OS TONS
PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS
Angela Regina Heinzen Amin Helou Prefeita
Murillo Ronald CapellaVice-Prefeito
FUNDAÇÃO CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS – FRANKLIN CASCAES
Mário César Bittencourt Superintendente
Valci Brasil Jr. Coordenador Geral
Carin Heloísa Hahn da Silva Machado Coordenadora de Eventos e Assuntos Comunitários
João Batista CostaCoordenador-Técnico do VI Encontro das Nações
Marcos Reichardt Cardoso Assessor de Comunicação Social (SC 00461 JP)
Fundação Cultural de Florianópolis – Franklin CascaesRua Antônio Luz, nº 260Forte de Santa Bárbara – CentroFlorianópolis – SC – 88010-410Fone: (48) 3241415Fax: (48) 3240148E-mail: ffcascaes@pmf.sc.gov.brHttp: www.pmf.sc.gov.br/franklincascaes
ARAQUARI (SC) Catumbi do Itapocu Surgiu na comunidade de Itapocu, localidade de mata virgem e densa floresta, formado por descendentes legítimos de escravos fugidos de São Francisco do Sul (SC). Sua dança tem traços marcadamente africanos ou senegaleses, reverenciando a memória dos antepassados e mantendo viva a ligação com a terra-mãe. O grupo é reconhecido oficialmente como um dos únicos núcleos brasileiros de descendentes de escravos, com traços culturais africanos. Seu dia festivo é 25 de dezembro, quando acontece a Festa da Padroeira, Nossa Senhora do Rosário, estendendo-se até dois dias, com novenas, coroação do rei e da rainha, cantorias e baile. Existente há 150 anos e único no Estado, seus 40 integrantes, entre homens e mulheres, jovens e adultos, quase sempre têm laços de parentesco. Os trajes são compostos por calças brancas, camisas azuis, sapatos, saiotes em tom claro sobre a calça, coroas de flores coloridas e fitas na cabeça, espadas nas mãos. Tambores de couro e madeira dão o tom para a marcação dos passos. Para esticar o couro dos instrumentos, se faz uma cerimônia especial secreta, conhecida somente por um de seus componentes. À frente da procissão, carregadas por mulheres, duas bandeiras homenageiam a padroeira e as coreografias lembram a luta dos negros contra a escravidão. Cacumbi e catumbi, assim como quicumbi e ticumbi, são nomes dados a “diferentes folguedos afro-brasileiros que têm como núcleo os Reis Congos e o louvor a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário; são, portanto, variantes das congadas”, escreveu Luiz Ekke Moukarzel no folheto elaborado pelo Serviço Social do Comércio (SESC), por ocasião da turnê realizada pelo grupo dentro do Circuito SESC de Música, em 2003.
ARGENTINA Tango San TelmoO Tango San Telmo, que há onze anos se apresenta todos os domingos na Praça Central do bairro San Telmo, em Buenos Aires, coração do tango argentino, estará representado pelos dançarinos Leonardo Ariel Oviedo e Uliana – filha de ucranianos, que mora no país há três anos, comprovando a capacidade do tango em cativar e deslumbrar pessoas pelo mundo todo. O casal já se apresentou no Teatro Colón, Museu da Cidade de Buenos Aires, Teatro Roma, Teatro Presidente Avelar, Teatro Don Quijote, Café Tortoni, Centro Cultural San Martin, além de trabalhos para a RAI, a TV italiana, e MTV espanhola. BIGUAÇU (SC) Grupo Folclórico Danças e Cantares AçorianosFundado em 16 de maio de 1990, pelo Grupo Arcos, seu objetivo é estudar, analisar e divulgar a cultura açoriana presente no litoral catarinense, principalmente, através do bailado e da música. É membro do Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras instituições que divulgam a cultura açoriana no Estado. Tem 47 integrantes e já realizou apresentações em Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de participar de festivais na Ilha de São Miguel, Arquipélago dos Açores, em 2001. Seus trajes são originais, possui tocata e apresenta cantorias, roda, brincadeiras infantis, artesanato, sendo as expressões mais conhecidas o Pau-de-Fita e a Dança da Ratoeira.
BLUMENAU (SC) Grupo de Folclórico de Danças Alemãs da Universidade Regional de Blumenau (FURB) Criado em março de 1994, inicialmente, atendia aos interesses de alunos e funcionários simpatizantes com a área de Danças Folclóricas, como forma de lazer. Com uma nova estrutura coreográfica e aquisição dos primeiros trajes, o Grupo passou a receber convites para apresentações em público. A partir daí, houve uma modificação singular, deixando seu estado latente de danças originais alemãs e iniciando um processo de criação própria, com base na pesquisa e estudo dos movimentos da dança germânica, sendo enriquecido com coreografias dinâmicas e adaptadas a Blumenau. Premiado em diversos festivais de dança pelo Brasil, apresentará “A Saga da Colonização Alemã”.
CAMPO GRANDE (MS) Associação Okinawa de Campo Grande (MS) Serão 50 componentes no palco, sob responsabilidade do presidente Tetsu Arashiro. Filiada à Associação Okinawa Kenjin do Brasil, foi fundada há mais de 50 anos por imigrantes japoneses da província de Okinawa, para promover atividades sócio-culturais, o ensino da língua de origem, a arte do origami, danças folclóricas e clássicas e terapia ocupacional para pessoas da terceira idade. O segmento jovem apresentará o Taikô, conjunto de tambores e tamborins executados com toque e coreografias ao ritmo de coros vocais e músicas populares modernas de Okinawa, no extremo Sul do arquipélago do Japão. O Taikô é comum nas festas Matsuri, que ocorrem no mês de julho, para agradecer e reverenciar os antepassados e orar pela paz e prosperidade dos povos. As danças, através dos passos, alegorias harmoniosas e múltiplos adereços, traduzem as lendas milenares das lutas dos samurais, das guerras, a partida dos maridos em busca de longínquo trabalho e, principalmente, o amor.
CASTRO (PR) Grupo Folclórico Holandês de Castrolanda Logo depois da chegada das primeiras famílias holandesas no município de Castro, em 1953, surgindo então a Colônia Castrolanda, a professora de educação física Thillij Kleinsmidt fundou o Grupo. A intenção era manter a prática de danças folclóricas e, com o tempo, passou a dedicar-se aos estudos das tradições e crenças populares holandesas, expressando-as nas canções, danças e costumes próprios da época ou de determinada região. A Holanda é dividida em doze províncias, com tradições, dialetos e indumentárias próprias. Nos trajes da cidade marítima de Volendam, característicos pelos sapatos amarelos de madeira, o Grupo apresenta na simplicidade de suas danças a forma mais pura do folclore holandês. O presidente é Guilherme Sleutjes e as coreógrafas Johanna de Jager e Jenny Petter, que trarão as danças Kruispolka, Driekusman, Ijspolka, Hoaksenbargen, Volendam, Horlepiep, Zeuwse Schots, Pot met bonen, Hopsa, Baonopstekker, Boerenplof, Hakke Toone, De Vleegerd, Zevensprong, Ijswals, Donder in het hooi e Twee Emmertjes Water Halen.
CURITIBA (PR) Folclore Grego Neoléa do Paraná Neoléa significa juventude. O grupo, que surgiu em 1990, é formado por 40 descendentes de gregos e jovens que, mesmo sem ascendência, dedicam-se à cultura e do folclore deste povo. O assunto é constantemente pesquisado para que sempre se renove o repertório e os trajes apresentados por todo o Brasil. Já foram mais de 200 participações em festivais por Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Grupo Folclórico Polonês Wisla Fundado em 1928 pelo professor Tadeusz Morozowicz, como Grupo Folclórico Polonês do Paraná, teve continuidade até a época da nacionalização getulista, que coibiu as manifestações estrangeiras no início da Segunda Guerra Mundial. Reorganizado, em 1953, nos festejos do centenário do Paraná, participou do cinqüentenário de Irati, representando pela primeira vez o casamento polonês. Em de 3 de janeiro de 1960, foi oficializado com o nome atual, tornando-se referência da cultura polonesa e considerado pelo governo da Polônia um dos mais autênticos conjuntos folclóricos além de suas fronteiras, o que lhe valeu a comenda Oscar Kolberg, considerado o pai do folclore daquele país. Entre suas apresentações, agraciou o papa João Paulo II em sua visita a Curitiba, participou do 10º Festival Internacional de Folclore Polonês, em Rzeszów, e do Festival Internacional de Corais, em Koszalin, ambos na Polônia, conquistou por duas vezes o 3º lugar do Festival de Dança de Joinville. Dançarão as coreografias Wilanów (tradicional mazurka regional, homens elegantes esforçam-se para alcançar o lenço lançado pela mais bela jovem), Krakowiak (de caráter nacional, originou-se na região e Kraków, a mais antiga das danças de movimentos rápidos, firmes e decididos), Sieradz (vilarejo da região da Mazóvia, comemorava a produção de lã e o canto lembra o som da máquina de fiar) e Kaszuby (comemoração da pesca bem sucedida, onde os homens aproveitavam para fazer pedidos de casamento).
Grupo Folclórico Ucraniano Poltava Depois de 70 anos de domínio comunista, a Ucrânia tornou-se independente em 24 de agosto de 1991. Há mais de 100 anos, os ucranianos contribuem na formação da população brasileira e, agora, com grande orgulho, o 13º aniversário da tão sonhada conquista da liberdade. O Grupo, com 150 integrantes, é formado por simpatizantes da cultura e pelos descendentes desse bravo povo que abandonou sua terra natal e soube trabalhar com perseverança na construção de um futuro melhor para seus filhos. O Poltava completou 23 anos de atividades ininterruptas, no dia 13 de junho deste ano. Neste período, trabalhou na preservação e divulgação da cultura ucraniana, manifestada através de seu grupo de dança infantil e adulto, do coral adulto e juvenil, da capela de banduristas e da orquestra. Seus componentes têm como lema “A Pátria nos faz Guerreiros, o Sangue nos faz Irmãos”.
FLORIANÓPOLIS (SC) Associação Folclórica Boi-de-Mamão de CanasvieirasBoi-de-Mamão Esperança Grupo Folclórico Boi-de-Mamão do Morro do Arranha CéuGrupo Folclórico Boi-de-Mamão de Vargem GrandeO Boi-de-Mamão é um folguedo que envolve dança e cantoria em torno do tema épico da morte e ressurreição de um boi. A brincadeira é encontrada em quase todo litoral catarinense, sendo uma de suas mais importantes manifestações culturais. Segundo alguns folcloristas, antigamente, era chamado de Boi-de-Pano, por causa do material empregado para confeccionar o bicho. Certa vez, na pressa de fazê-lo, foi usado um mamão verde para servir de cabeça, então, batizando a brincadeira. Outros alegam o fato de o brincante “mamar”, beber cachaça, antes de vestir a fantasia do boi. Hoje em dia, as cabeças são feitas até com crânios verdadeiros, menos de mamão. Além do boi, compõem a narrativa a bernunça (segundo alguns pesquisadores, figura que teria sido inspirada no dragão celeste chinês, engole crianças e dá a luz bernuncinhas), a Maricota (mulher altíssima, vaidosa e desengonçada que esbarra seus enormes braços quando dança), o cavalinho, a cabra (é o boi das crianças, menor e dança mais ligeiro), o mestre Mateus, o urso, o vaqueiro, o doutor, o macaco, o urubu e a benzedeira.
Cia. de Arte Flamenca Fario Gitano Criada em setembro de 1998, por Danny de Souza, a Fario Gitano – que na linguagem cigana caló significa sorte/sina cigana – tem por objetivo mostrar as raízes flamencas. A primeira apresentação aconteceu naquele ano, no Festival de Dança do Mercosul, em Bento Gonçalves (RS), onde ficou com o primeiro lugar. Em 1999 e 2000, em Madri e em Sevilha, o diretor foi aluno dos mestres Maria Magdalena, Manolo Marín, Adela Campallo, entre outros. Apresenta os mais típicos bailados espanhóis e o forte sapateado flamenco. A dança flamenca é o resultado de muitas culturas que atravessaram a região da Andaluzia durante os séculos, entre elas árabe, moura, judaica, hindu-pasquitanesa, bizantina, ciganas e outras. A etimologia da palavra flamenco tem várias versões. Uma delas deriva da má pronunciação do árabe felagmenu, que significa campesino fugitivo. Outra diz que é palavra de origem alemã, flamancia, flama, chama. Supõe-se que seu desenvolvimento é datado do início da perseguição empreendida pela Coroa de Castella, que pretendia “limpar” o país de grupos minoritários. Os ciganos que chegaram à Espanha, depois de serem expulsos da Índia, no ano de 1400, exerceram papel fundamental na sua propagação. Para os espanhóis, o flamenco é considerado uma raiz, uma cultura musical clássica.
Cia. de Dança Geovana y Fabián Há quatro anos, Fabiano Silveira motivou-se a aprender dança de salão. Passou a freqüentar aulas e, entre vários ritmos, sentiu-se desafiado pelo tango, talvez por ser o mais complicado para se dançar a dois. Pelos bailes da cidade, conheceu Geovana Oliveira e, desde então, vêm praticando juntos toda a força e a sensualidade que o tango exige. No ano passado, a dupla Geovana y Fabián notabilizou-se pela produção e direção do espetáculo “Florianópolis – Menina de Ouro e Luz”, baseado num tango dedicado à Capital catarinense. Agora, além de seu estúdio de dança, eles dedicam-se à montagem de um novo espetáculo, que tem estréia planejada para 2005.
Grupo Amor CiganoLigado à Associação Catarinense de Pesquisa e Desenvolvimento da Cultura Cigana, seu objetivo principal é resgatar e valorizar a saga de um povo que, sofrendo perseguições e preconceitos, influenciou todos os países por onde passou, através da música, da dança, das artes, do artesanato, da literatura, da cartomancia, da quirologia e da fabricação de jóias. A Associação, fundada em março de 2002, tem o apoio da União Cigana do Brasil, presidida por Mio Vacite. Seus dez componentes apresentarão danças como as do Leque, a do Punhal, Sedução Cigana e Árabe-Cigana.
Grupo de Danças Folclóricas da Terceira Idade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Apresentará as danças da Farinhada e da Ratoeira e o Pau de Fitas, sob coordenação de Marise Amorim Lopes, que leciona no curso de Educação Física da UFSC e é especializada em Educação Física e Gerontologia. Pesquisadora e inovadora da dança foclórica, desenvolve trabalho com o folclore luso-brasileiro desde 1985. É autora dos livros “Danças Folclóricas da Ilha de Santa Catarina” (1990) e realiza estudos sobre brincadeiras cantadas e faladas do ilhéu florianopolitano.
Grupo Folclórico Cidade de FlorianópolisCriado na localidade de Ribeirão da Ilha, no Sul da Ilha de Santa Catarina, apresentarão as danças açorianas “Pezinho da Vila”, “Pezinho Antigo” e “Baile Povoação”, originárias da Ilha de São Miguel. Seu trabalho teve inspiração no Grupo da Relva, dos Açores, que esteve em Florianópolis em 2002. De lá, também vieram seus trajes típicos.
Grupo Gente da Terra Formado há mais de quinze anos, o Grupo Gente da Terra canta o cotidiano da Ilha de Santa Catarina em suas composições. O trabalho de resgate da memória poética dos povoadores açorianos está sendo levado aos bairros de Florianópolis e cidades do interior do Estado, através do projeto Aqui tem Gente da Terra. Com um show que mistura ritmos brasileiros – baião, samba, xote e bossa-nova – à batida do Boi-de-Mamão, homenageia o modo de ser e de viver dos “manezinhos”. Depois de participar de diversos encontros regionais, festivais de música e outras atividades culturais, o que era apenas uma diversão musical de uma turma de amigos e parentes se transformou numa missão: manter vivas as raízes culturais, por intermédio da música. Para tanto, o grupo reorganizou sua estrutura, trouxe novos componentes, incorporou novas composições ao repertório e estudou novos arranjos para melodias já conhecidas. Após alguns meses de pesquisas e ensaios, o resultado foi a montagem de um show que fala sobre os costumes, paisagens, agruras e alegrias dos habitantes da Ilha.
FORTALEZA (CE) Grupo Folclórico Luar do Sertão Congrega 37 jovens estudantes e professores que se dedicam ao estudo, pesquisa e divulgação do folclore do Ceará, do Nordeste e do Brasil. Fundado em 27 de setembro de 1973, com quinze alunos orientados pela professora Célia Cortez e Núbia Brasileira, posteriormente pela professora Socorro Araújo. Hoje, tem coordenação coreográfica do professor Antonio Marcos Lima e direção geral da professora Maristela Ataíde Holanda, pertencendo à Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza. Vem apresentando uma variedade de danças de algumas regiões brasileiras, por Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, além da França, Guiana Francesa, Paraguai e Uruguai. Mostrará um show de danças folclóricas, como São Gonçalo, Cana-Verde, baião, xote, do Côco, das Rendeiras e Pau de Fitas, ao som de sanfona, triângulo, zabumba, agogô, ganzá, timba, atabaque e conjunto vocal.
JATAÍ (GO) Orquestra Municipal de Violeiros de Jataí Os Regionais da Catira A cidade do interior do Centro-Oeste brasileiro estará representada por dois grupos: a Orquestra Municipal de Violeiros de Jataí e Os Regionais da Catira. O primeiro surgiu, em maio do ano passado, a partir da idéia de se juntar cantores amadores, que participaram e participam de programas populares de uma rádio da cidade. Desde então, a Orquestra, composta por 32 membros, e administrada pela Secretaria Municipal de Educação, vem fazendo apresentações em eventos diversos, cantando músicas na maioria sertanejas, principalmente, as que marcaram época e fizeram e ainda fazem sucesso. O segundo, formado em outubro do mesmo ano, segue a proposta de valorizar a cultura local através da música tocada em viola.
PORTO ALEGRE (RS) Grupo de Danças Leakat Kadima O Grupo da Fundação Israelita Brasileira de Arte e Cultura Kadima foi criado no fim de 1979 para, através da dança, fortalecer a continuidade e a valorização da cultura judaica. Os diferentes estilos de dança transmitem parte da história do povo judeu, bem como seus costumes e tradições milenares. Lachem, por exemplo, é dançada com os pés descalços e seus passos são rápidos, ágeis e contagiam o público. Simbolizando o contato com a terra, é considerada a típica dança folclórica israeli. Ainda em seu repertório, as coreografias Chalom, Gruzini, Êxodos, Charif, Gozalim, Hineni, Riduk e Hatsalá (Dança da Salvação). Em 24 anos de existência, apresentou-se em Santa Catarina, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Argentina, Israel e Uruguai.
PORTUGAL Grupo de Folclore do Rochão Vindo da localidade de Camacha, na Ilha da Madeira, participará pela primeira vez, com 35 componentes. Fundado em 17 de dezembro de 1986, trabalha para o resgate e divulgação da cultura madeirense, apresentando seus cantares e bailares em festivais nacionais e internacionais, dentro e fora da Europa. O povo desta região vivia seu cotidiano de forma “regateira”, brincando o Bailinho d’Oito ou a Viuvinha, ou o Baile de Cócoras, e salutarmente superava a árdua vida serrana. Os trajes típicos da região de pastoreio eram compostos por seriguilha e camisa de estopa e, quando frio, camisola e barrete de lã de ovelha. Completavam a vestimenta a vara ou bordão, as cordas, os chocalhos e as botas de lã. As mulheres, para ir à missa ou à cidade, vestiam saia de lã tingida ou de baeta azul ou preta. A blusa era de linho fino ou chita e, na cabeça, lenço ou mantilha. Um instrumento musical, que não é original dos madeirenses, mas muito popular entre eles, é a gaita de beiços, executada principalmente na Noite de Reis, no Natal, bailaricos de recreio e romarias.
Antônio Paulo Medeiros Franco O artesão virá especialmente do arquipélago açoriano para ministrar uma oficina de fabricação de terço original dos romeiros da Ilha de São Miguel. O material empregado são as lágrimas de Nossa Senhora, planta abundante em Santa Catarina, que se assemelham a pérolas e servem de contas para a peça. A romaria da Ilha de São Miguel é a principal dos Açores e os fiéis percorrem todo o seu entorno de 700 quilômetros. Sua vinda tem apoio da Direção Regional das Comunidades do Governo Regional do Açores, Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina (CAISC) e FCFFC.
SÃO LUÍS (MA) Bumba-Meu-Boi Mocidade de Rosário Bumba-meu-Boi é um auto popular dramatizado, com uma temática baseada na história da Catirina, que em sua gravidez, tem o desejo incontrolável de comer a língua do boi mais bonita da fazenda onde trabalha seu companheiro, Francisco. Ela o convence a furtar o animal e a trama se desenrola através de cenas e cantorias. Suas personagens são o boi, o amo (comandante da festa, personifica o dono da fazenda), o cantador, a burrinha, vaqueiros e rapazes (compõem o cordão, as fileiras de brincadeiras e diferenciam-se pelos trajes de acordo com sua importância), Pai Francisco, Nêgo Chico ou Preto Velho (cômico, pobre agregado da fazenda), Mãe Catirina ou Catirina (pivô da questão é sempre interpretada por um homem), doutor (médico, curandeiro ou pajé de inventivas receitas), índias (são a polícia na captura de Francisco), caboclos de penas ou caboclos reais (cobertos com penas de ema, ostentam grandes coroas de um metro e meio de diâmetro, revestidas de veludo e bordadas com capricho, antecedem o boi quando se desloca no terreiro), mutucas ou torcedoras (antigamente as mulheres eram proibidas de participar, sendo apenas acompanhantes de contra-regras) e os bichos (em alguns bois, aparecem esculpidos em madeira, conduzidos no alto de uma vara: carneiro, bode, águia, como também uma boneca gigante, a Caipora, Panducha ou Dona Maria). O folguedo é classificado conforme seu sotaque (estilo) ou instrumentos: de zabumba, de matraca e de orquestra ou música. Neste ano, os maranhenses apresentarão o Boi de Orquestra, que identifica-se como de origem branca. É o sotaque típico da região do rio Munim e adjacências. Os mais famosos são o de Axixá, o de Morros, o de Rosário e o de Presidente Juscelino. O estilo é diferente, no conjunto de instrumentos, dos demais, pois tem uma orquestra evidenciando a parte do sopro e cordas (saxofones, banjos, pistons e clarinetes) e mais um bombo, um tambor-onça e maracás. O saxofone é indispensável. O ritmo é sacudido, alegre, brincalhão, contagiante e com grande poder de comunicação.
TREZE TÍLIAS (SC) Grupo de Danças Folclóricas Lindental Tanz Gruppe O Grupo foi criado em 25 de março de 1995, por Valter Felder, em Treze Tílias – cidade fundada por imigrantes austríacos, em 1933. Felder, que morou seis anos na Áustria, participou de um grupo de danças tirolesas e aprendeu a tocar gaita. Com essa experiência, ele ensaia o Lindental que já chegou a realizar 245 apresentações no País e no exterior em um só ano. Entre as 36 de seu repertório, as danças mais tradicionais são a Zillertalerhochzeits Marsch (da região de Zillertal, no Tirol, comum nos casamentos), Miesbache Tanz (jeito alegre e divertido com o qual os rapazes balançam as moças), Warschen Tanz (dança dos tapas, representando o que acontece quando um rapaz mexe com a moça do outro), Holzacher Baum (dança dos lenhadores), Bank Tanz (dança dos bancos), Bergknappen Tanz (dança dos mineiros, apresentada com lampiões), Stern Marsch (marcha da estrela), Im Weissen Rössl (dança dos sinos), Schwinger Tanz (dança de voar) e Alpen Platter (o sapateado dos Alpes). As roupas dos 35 integrantes seguem os modelos do país de origem e os vestidos tiroleses são bordados com três flores austríacas: edelweiss, alpenrose e enzian. Os homens usam calças de couro e chapéus vindos da Áustria.
VILA VELHA (ES) Banda de Congo Mestre Alcides Vinda da Barra do Jucú, utiliza instrumentos musicais peculiares de origem afro-indígena, como o tambor feito de barrica de madeira, as casacas, as cuícas e os chocalhos usados na Dança do Congo. Originária da África, a manifestação é caracterizada por roupas vermelhas ou de cores vivas, que encenam o combate entre dois potentados africanos: o rei Coriongo e a rainha Ginga, que interpreta a luta entre cristãos e mouros. Com coreografias próprias, cantam e dançam em evoluções.
Grupo de Dança Afro Negra Ô Apresentará o espetáculo de dança contemporânea “Furdúncio”, recriando as mais significativas manifestações da dança folclórica e folguedos do território capixaba – entre eles, Ticumbi, Bate-Flecha, Jongo, Alardo, Mineiro Pau e dos festejos do boi, entremeados com brincadeiras infantis e canções de seu folclore. Esta grande festa é uma homenagem ao mestre Hermógenes Lima da Fonseca. |