02-10-2012De Pés E Alma Atados às Paredes da Realidade Manuel de Sousa“De Pés E Alma Atados Às Paredes Da Realidade” Manuel de Sousa Os pés e as mãos de meu coração estão atados Desejo liberdade de emoção para minha imaginação Deixem-me fugir daqui do presente para depois Levem-me a sério mesmo que me vejam a rir
Abro o peito ao mau tempo e à bonança porvir Permito que me entrem nos ouvidos estranhos zumbidos Lambo dôces memórias que não me saem fácil da cabeça Ando à roda de um relógio cuco que toca só à meia-noite
Penso não estar tão varrido de doido como sentiria estar Vou bem de saúde mental e com esperanças renovadas Tenho a fé mesmo a ferver à flôr da pele aquecida ao Sol Enterro a calma num buraco de fechadura sem chave
Amarro a consciência ao lado mais obscuro da Lua nova Vejo que estou sozinho no meio de tanta gente solitária Procuro sombra no seio de algumas sombras perdidas Olho sem crença para a floresta de olhares cegos
Persigo um ponto de vista apagado pela ambição Choro de encontro a uma parede que vibra insegura Lavo com as lágrimas o corpo vestido às pressas Molho de remorso a parte virada para o interior
...E assim fico à espera que me salvem do juízo final!...
Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 22 de Setembro de 2012, em Memória às Vítimas do 11 de Setembro, em Nova Iorque...e pela Liberdade de Expressão e Pensamento no seio da Humanidade Consciente...
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