Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


13-12-2011

Estudo mostra fragilidades da chamada classe média brasileira comentário de Isac Nunes


 

Comentário de Isac Nunes no grupo [Dialogos_Lusofonos]  

É muito pertinente esse texto http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=12769685&canal=407  sobre a tão festejada "nova classe média" brasileira.

 É certo que se não houver iniciativa governamental no sentido de fomentar o acesso desse segmento a uma formação acadêmica e profissional, esses privilégios alcançados por essa significativa parcela da população brasileira tendem a desaparecer, o que ocasionaria o retorno dessas pessoas à sua condição anterior, já que, devido à enorme concorrência, são cada vez maiores as exigências de qualificação, para permanência num emprego, por primário que seja.

Aliás, esse conceito de mobilidade, a meu ver, é um pouco perigoso. É inegável que muitíssimos brasileiros puderam adquirir um automóvel nos últimos anos, o que se deu também graças a uma maior estabilidade da economia, que permite o acesso a crédito com juros menores. Depois do automóvel, veio a viagem de avião: diz-se que nunca os brasileiros viajaram tanto como agora, principalmente para o estrangeiro. Vale ressaltar: pessoas que nunca haviam podido viajar nesse meio de transporte, que era um sonho inalcançável até há poucos anos e tornou-se agora realidade. Isso é excelente, mas é preciso ir um pouco além, para garantir a continuidade dessa situação de melhoria de condição social, para que a mobilidade seja um fato, não um estado.

A única solução a esse dilema está no estudo, uma formação que permitiria a esse contingente a segurança de permanecer mais tempo em sua nova condição de cidadãos com acesso a uma condição digna de bem-estar.

 Saudações,  Isac Nunes