19-10-2014Abreu Paxe: poeta angolano,Figura na Revista Internacional de Poesia “Dimensão", editada em Uberaba, por Guido Bilharinho
ABREU PAXE
Abreu Castelo Vieira dos Paxe, nasceu em 1969, no Colonato do Vale do Loge, Província do Uíge, filho de operário e de mãe doméstica. Venceu o concurso Um Poema para África em 2000, e foi animador do Cacimbo do Poeta na sua 3ª. edição, atividade organizada pela Alliance Francisco por ocasião da dia da África. Figura na Revista Internacional de Poesia “Dimensão n. 30 de 2000, na antologia dedicada à poesia contemporânea de Angola, editada em Uberaba, Brasil. De
de certo modo os destroços palavras de igual modo as partículas invariáveis traços lábias sempre há uma mulher no mal por isso trepo meu olhar pelas paredes e pelo tecto o último cruzar de pernas zona prestigiada o eixo compreendia o acento de intensidade junto todos os sentidos no modo algum tempo exacto sem esquecer na via erudita expressão o étimo uma mesa com o portal aberto outro reino de certeza a comunicação oficial adoptou o berço língua lençol tanto tempo sonorizado estava inscrito nas fronteiras este período das alíneas funções sintácticas diferenças dos pares vocabulares nascem outras partículas variáveis destroços
o limão fruto do mês no tópico a penumbra limita o céu a deus a mesma paragem passa em liberdade suave textura a mulher tarde horizontal de estrutura espessa o género substantiva camada passa a boca espalhada pelo corpo guarda todos os traços femininos empurram o limão permanecem no caminho de frias letras decifrada a edição é toda ampla pluma os determinadores pernas no planeta as sedas deixam de lado os factos contextuais as luzes estendem-se até a nudez a existência tão longa produção constrói estrelas outro corpo as trevas janelas inquilinos selando juros
amargos dormem tempos opostos nas paisagens do espaço afundava-se volumoso coração no interior do quarto ilimitada natureza a sólida alma próxima zona virgem a viagem das enguias lugares de pequenas colinas ou seja: sentem ondeadas brasas acesas noites também permanecem transparentes em forma de pêndulos as fragatas esperam machucadas pêlos seus remos as algas refúgio: atravessam os olhos cidades astrais com janelas descem - velha sombra o basalto - lentas frestas melhorando muito longe a idade do sol estas casas dos corpos adoptando formas vermelhas os pomares voltavam ardendo à teia todo tempo oposto
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