11-12-2011Estudo mostra fragilidades da chamada classe média brasileira - Eduarda FagundesEstudo mostra fragilidades da chamada "nova classe média" brasileira Comentário de Eduarda Fagundes no grupo [Dialogos_Lusofonos] É muito pertinente esse texto sobre a tão festejada "nova classe média" brasileira»»»» http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=12769685&canal=407 Corroborando esse parecer, acrescento ainda que os prestadores de serviços, mesmo os com menos instrução, estão ganhando mais, pois as exigências da sociedade atual têm afastado homens e mulheres dos trabalhos domésticos e braçais, abrindo espaço para aqueles menos qualificados.Vale a pena dizer que esse ganho não é porque estejam mais capacitados, mas por falta de quem faça essas atividades menos especializadas. Lembrando ainda que foram principalmente as ajudas governamentais ( "bolsas") que tiraram artificialmente a população da miséria. E m termos gerais houve uma elevação da classe mais pobre e um achatamento da classe média, logo nivelou-se A NOVA CLASSE MÉDIA por baixo. No aspecto educacional, apesar do número de escolas ter aumentado ( principalmente as de nível superior), tivemos uma grande perda na qualidade do ensino. Hoje, para se ter um profissional é necessário despender muito mais tempo nos bancos escolares e freqüentar cursos especializados, complementares, uma vez que a escola, por si só, não dá suficiente respaldo para formar um indivíduo qualificado, competitivo para o mercado de trabalho. A desvalorização foi tanta que, em áreas pontuais, pode ser exemplificada da seguinte maneira: Um medico para se formar consome em média 23 anos de estudo ( 8 no primário, 3 no secundário, 6 no superior, 2 a 4 na especialidade, e outros tantos na subespecialidade), gastos com material didático( um livro de matéria básica não custa mesmo que 300 reais), desgaste físico-psíquico( dependendo da área, estresse, cansaço, noites sem dormir, ambiente de trabalho insalubre, vida particular posta de lado, etc, etc,,,). Com a medicina socializada, o estado ou os convênios pagam por procedimentos médicos valores depreciativos, desestimuladores ao aparecimento de novos profissionais, principalmente nos setores fundamentais ( Emergências, UTI, Pronto Atendimento, Obstetrícia, Cirurgia Geral, Pediatria, Clinica Geral). Sem menosprezar outras atividades, basta dizer que a consulta de um eletricista ( que despende muito menos tempo, dinheiro e estudo para se qualificar) é mais cara que uma consulta médica conveniada ou paga pelo serviço público. Oferecer estudo, estimular a pesquisa , investir em tecnologia, é necessário para que todos tenham oportunidade de ganhar e viver melhor. E para que isso aconteça o Estado deve garantir instrução básica e profissionalizante de qualidade para a população, o mercado de trabalho faz o resto. Só assim teremos um ganho social positivo, real, duradouro, vindo de baixo para cima, onde as diferenças sociais, econômico-culturais sejam pequenas, porém, desafiadoras, para que haja também, salutarmente, motivação para se fazer e crescer na vida. Maria Eduarda Fagundes Uberaba, 11/12/11 |