Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


10-04-2015

Fundador da República do Brasil oriundo de Moncorvo por parte do pai


 

Sabia que Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836-1891),militar, político, ensaísta, o pai da República do Brasil, autor da divisa “Ordem e Progresso” da bandeira brasileira (1890), é oriundo da vila de Torre de Moncorvo, por parte de seu pai, Leopoldo Henriques Botelho de Magalhães?
Este Leopoldo Henriques era seguramente descendente de um sargento-mor de Torre de Moncorvo que viveu no séc. XVIII e que tinha o mesmo nome (houve vários homónimos nesta família de morgados). Esse primeiro Leopoldo Henriques (talvez nascido nos finais do séc. XVII) casou com uma senhora espanhola (mais precisamente catalã), e foi quem iniciou a construção de um casarão situado na actual Rua Tomás Ribeiro, nesta vila, o qual pretendia ser um vasto solar mas que nunca seria acabado, apesar dos descendentes terem chegado a celebrar um contrato com um mestre de obras para a sua conclusão no ano de 1800. Depois de um longo processo de ruína na segunda metade do séc. XX e tendo corrido o risco de uma demolição integral, o que restou desse casarão em boa hora foi recuperado e alberga hoje a agência de um Banco e um jardim-escola.
Longe estávamos de saber, no entanto, que desta casa sairia um dos grandes vultos da história do Brasil. A informação chegou-nos através de um alerta do Google, em que se dizia:
“Benjamin Constant veio ao mundo no porto do Meyer, freguesia de S. Lourenço do Município de Niterói, no dia em que a Igreja Positivista comemora Duclos, o moralista adjunto do grande pensador que resume o glorioso movimento espiritual no século XVIII - Diderot (18 de Outubro de 1836). Seu pai, Leopoldo Henrique de Magalhães Botelho [sic-apelido trocado], natural da Torre de Moncorvo, assentara praça voluntariamente, com vinte anos de idade, no regimento provisório de Portugal em 21 de novembro de 1821. (...) 
Português por seu pai, Benjamin Constant já era brasileiro por sua mãe, D. Bernardina Joaquina da Silva Guimarães, natural do Rio Grande do Sul. Em 1836 quando nasceu o futuro Fundador da República na raça portuguesa, dirigia seu pai [Leopoldo Henriques] uma escola particular, onde ensinava primeiras letras, gramática portuguesa e latim. Escassos sendo os recursos que daí auferia, porque a maior parte dos discípulos era pobre, viu-se obrigado a procurar outra profissão, apesar da verdadeira satisfação com que seguia o magistério. A proteção da família da Viscondessa de Macaé proporcionou ao 1° tenente Botelho de Magalhães a tentativa de um estabelecimento na cidade desta denominação (Macaé), onde ainda entregou-se ao professorado. Aí foi batizado o seu primogênito em 26 de março de 1837, dando-lhe o pai por patrono subjetivo Benjamin Constant, o célebre publicista do constitucionalismo de quem era entusiasta. (...)”
Recentemente foram descobertos, num espólio familiar, uma série de apontamentos de autoria de Bernardina Botelho de Magalhães, filha de Benjamin Constant, onde a jovem então com 16 anos (por volta de 1889) anotou as reuniões e relações de seu pai com outros conspiradores que ajudaram ao derrube da monarquia imperial. No seguimento da instauração da República, viria a ser Ministro da Guerra e posteriormente Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos no governo provisório. Tendo sido amigo da família imperial brasileira, fez questão de que nada lhes acontecesse após a instauração do novo regime.
As disposições transitórias da Constituição de 1891 consagraram-no postumamente como Fundador da República do Brasil. Morreu em 22 de janeiro de 1891.

Para saber mais, consulte os seguintes links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Constant_Botelho_de_Magalh%C3%A3es
http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=31040
http://www.brasilescola.com/biografia/benjamin-constant-botelho.htm
http://www.correaneto.com.br/noticias/07/24_7_09benjamin.htm

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http://torredemoncorvoinblog.blogspot.pt/2009/07/fundador-da-republica-do-brasil-era.html