14-10-2011Feudos Abandonadosgte mso 9]> Feudos Abandonados
Há tempos que algo em mim morreu e não renasce, um feudo improdutivo, uma parte deserta em algum lugar do ser todo coberto Por brumas enegrecidas... Ah! queria que o sol não apagasse A luz dos olhos castanhos que meus olhos admiraram Enquanto morria, apenas observaram... Terça parte em mim não mais floresce, Não mais cria, não mais chora. No peito O poeta sente árduo efeito de fumar os próprias mágoas que a vida tece. E o tresloucado poeta pensa: “é tudo passageiro, Como as nuvens do céu verdadeiro!'' Oh! Algo faça esse campo germinar e florir, Ter colibris sorridentes, As abelhas, os cachorros, em fim, todos os animais contentes, Para que seu eterno dono, também volte a sorrir!... Se para conduzir o amor necessitasse um instrumento Deveras que eu tocasse sem algum talento perceptível. A fumaça que me inebria É a mãe que me acalenta E do frio me esquenta, Minha outra metade é totalmente fria e vazia... Roberto Lamim é poeta em Itajaí
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