11-07-2021A Herança Muçulmana e a assimilação islamo-judeu-cristão no al-AndaluzDo período em que os árabes estiveram na península retemos a assimilação islamo-judeu-cristão que no al-Andaluz faz nascer uma especulação intelectual, em todos os domínios, e um florescimento artístico que não tem equivalente na Europa de então. Destas três componentes podemos tomar como símbolo o muçulmano Averróis (Muhammad ibn Ruchd), o judeu Maimónides (Moshe ben Maimon), o italiano Gerardo de Cremona e o catalão Raimundo Lullo, que vinham beber às fontes da ciência árabe. A Espanha muçulmana teve um papel primordial na transmissão das obras de filosofia e de ciência greco-latina para a Europa em traduções melhoradas pelos progressos árabes e pelas bibliotecas (a do califa al-Hakam II em Córdova encerrava, em finais do século X, 400 000 volumes). A Europa, na época menos avançada em termos de produção cultural (exceto alguns mosteiros), foi buscar em diversas disciplinas (Medicina, Filosofia, Matemáticas) elementos que lhe serviram para a sua própria Renascença.Deste período retemos igualmente a força material e a eclosão em Espanha e no Magrebe de cidades nas quais a arquitetura, o urbanismo, a arte dos jardins, a vida da corte, as belas letras dão um brilho que ainda hoje podemos admirar em Córdova, mas também em Saragoça, Toledo, Valência, Sevilha e por fim Granada no lado de cá do estreito de Gibraltar; Fez, Rabat, Marrakech, Bougie, do outro. Como referenciar: Porto Editora – Herança Muçulmana na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2021-07-11 23:37:56]. Disponível em Herança Muçulmana - Infopédia |