Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


27-01-2010

O Terremoto de Lisboa - 1755


gte mso 9]> Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 gte mso 9]> !mso]> gte mso 10]>

http://farm5.static.flickr.com/4013/4285969809_7ace6607d2_o.jpg
                   
   Em 1 de novembro de 1755, (Dia de Todos os Santos) Lisboa foi destruída por um terremoto grau 9 na escala Richter, seguido de um tsunami com ondas de 20 metros de altura. Dos 275 mil habitantes de Lisboa, pelo menos 100 mil morreram.  85% das construções de Lisboa foram destruídas. Não faltaram os saqueadores.  
 
O terramoto de Lisboa abalou muito mais que a cidade e os seus edifícios. Lisboa era a capital  de um país
católico, com grande tradição de edificação de conventos e igrejas e empenhado na evangelização das suas colônias. O fato de o terramoto ocorrer num dia santo e destruir várias igrejas importantes levantou muitas questões religiosas por toda a Europa. Para a mentalidade religiosa do século XVIII, foi uma manifestação da ira divina de difícil explicação.

                    
   Sebastião Melo, depois Marquês de Pombal, primeiro-ministro do Rei de Portugal D. José I, assumiu o comando total da situação com a frase que ficou famosa: "Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos". Abrigou a população sobrevivente em tendas, assistiu-a e convocou os que podiam para os trabalhos.
                    
  Realizou imediatamente um trabalho de levantamento detalhado da situação em cada bairro, incluindo as observações sobre o fenômeno...  Reprimiu com pena de morte os saqueadores. Priorizou a saúde pública e com isso não houve nenhum surto de doenças em função do terremoto.
                  
  Convocou o arquiteto Eugenio dos Santos e os engenheiros Manuel da Maia e Carlos Manuel, para fazer o plano e executar a reconstrução de Lisboa. Lisboa era uma cidade moura, cheia de vielas, como hoje se pode ver em Alfama. Foi reconstruída a partir da Praça do Comércio com eixos ortogonais, num desenho de quadras no estilo espanhol.
                  
   Estabeleceu a polêmica com a Igreja, culminando com a pena de morte para o Padre jesuíta Gabriel Malagrida, que em 1756 publicou o livro "Juízo da verdadeira causa do terremoto", onde pregava ter sido o terremoto um castigo divino e que não se devia proteger os desabrigados, pois o infortúnio desses se consolava com procissões e orações.
                  
   A polêmica levou o filósofo Imanuel Kant ("O Terremoto de Lisboa de 1755") a se debruçar no assunto, levantando terremotos anteriores de forma a provar que se tratava de um fenômeno geológico, explicado cientificamente e não através de crenças. Os levantamentos detalhados feitos por Pombal e o questionamento de Kant abriram o estudo da sismologia.
                       

 Saiba mais sobre o Terremoto de Lisboa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terramoto_de_Lisboa_de_1755 
  
Dimensões e réplicas intemporais do Terramoto de 1755:
http://www.ordemengenheiros.pt/oe/ingenium/historia/ing89-historia.pdf
 
 LISBOA, 1755, UM TERRAMOTO ENTRE DOIS MUNDOS:

http://www.viriatosoromenho-marques.com/Imagens/PDFs/Visao%20O%20Terramoto%20de%201755%20250%20Anos.pdf