25-07-2014O Mais Antigo Vestígio Judaico na Península IbéricaGraça Cravinho(Bolseira de Doutoramento em Arqueologia e História da Antiguidade,na Universidade de Santiago de Compostela) São bastante antigas as referências literárias à riqueza da Península Ibérica (em especial às da Andaluzia) que a ela atraíam povos longínquos. Dos seus metais preciosos nos falam crónicas de viajantes orientais. Às naves de Tarschisch se refere a Bíblia.Mas, quando situar exactamente a vinda dos Judeus? Se eliminarmos a lenda que a faz remontar à época de Nabucodonosor, rei dos Caldeus (Séc. VI a.C.), teremos que, forçosamente, cingir-nos aos documentos escritos e aos vestígios materiais. De facto, já Lucien Febvre afimava: “A História faz-se com documentos escritos, sem dúvida. Quando os há. Mas pode fazer-se, deve-se a todo o custo tentar fazê-la sem documentos escritos, caso eles não existam. Com tudo o que o engenho dohistoriador pode permitir-lhe utilizar (...). Com palavras, sinais, paisagens e telhas (...). Numa palavra, com tudo o que sendo do Homem, serve o Homem, significa a presença, a actividade, as preferências e as maneiras de ser do Homem”.Ora, entre esses vestígios materiais que nos atestam a remota presença judaica no actual território português, há uma pequenina peça glíptica, encontrada nas ruínas da cidade romana de Ammaia (em pleno Alto-Alentejo, não longe de Marvão), datável do Séc. II d.C. Neste caso, o que nos permite “fazer História” é o seu estudo iconográfico e a técnica de gravação. leia a conferência na íntegra em http://www.catedra-alberto-benveniste.org/_fich/15/artigo_Graca_Cravinho.pdf |