“Pátria é pois o sol que deu o ser/ Drama, poema, tempo e o espaço/ Das gerações, que passam, forte laço/ e as verdades que estamos a viver…” (Xanana Gusmão, Timor-Leste) ARTE RUPESTRE. A arqueologia brasileira, ao participar em fóruns internacionais, tem a oportunidade de mostrar aos colegas de outros países a riqueza das culturas e sociedades indígenas e também o processo de colonização que originou a nação brasileira. O Brasil tem investido na cultura e na arqueologia não apenas de forma tradicional, mas no quadro das políticas de desenvolvimento, desafiando o interesse da ciência. Assim, a notícia de encontros internacionais, a realizar no Brasil, justificam nossa atenção. Destacamos duas grandes realizações. A Federação Internacional das Organizações de Arte Rupestre (Ifrao) anunciou, durante a última plenária em Lisboa, em setembro de 2006, que o próximo Congresso Internacional será realizado na sede da Fundação Museu do Homem Americano (FMHA) em São Raimundo Nonato e no Parque Nacional Serra da Capivara. Como a Ifrao agrupa 43 instituições que trabalham com Arte Rupestre no mundo, o Congresso contará com a presença de mais de 1 mil de estudiosos, de 29 de junho a 3 de julho de 2009 (www.globalrockart2009.ab-arterupestre.org.br/index.html). A Arte Rupestre na Amazônia será debatida, o que alavancará a investigação . Importa esta reação, uma vez que são poucas as pesquisas arqueológicas que têm como foco esta manifestação cultural, deixada pelos antigos habitantes da região. Tanto mais que o desinteresse por estes estudos é recente, já que diversos trabalhos foram concretizados no final do século XIX e início do século XX. PRÉ-HISTÓRICAS. Também em Florianópolis realiza-se, em 2011, XVI Congresso da União Internacional das Ciências Pré-históricas e Proto-históricas (Uispp), onde se dá maior espaço aos estudos que visem ao Brasil, Portugal e à África Lusófona (www.uispp.ipt.pt/pt/ptmain.html). O alcance desta decisão pode ser medido, tendo em conta a dimensão da Uispp: mais de 40 mil membros em mais de 100 países em todo o mundo. CIVILIZAÇÕES SULAMERICANAS. Além de terem desenvolvido a agricultura irrigada, a astronomia e a construção de pirâmides, segundo recentes estudos, as primeiras civilizações sulamericanas (1400 a.C) também inventaram algo menos glorioso: a poluição por metais pesados. Margarida Silva e Castro é engenheira agrônoma
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