26-06-2013Ascêncio de Freitas:escritor moçambicano na diásporaAscêncio de Freitas Escritor Moçambicano na Diáspora :
"Com um pleno domínio da linguagem e comum grande sentido estrutural, as narrativas de Ascêncio de Freitas evocam, com um realismo arrebatador,as terras e o quotidiano africanos."
Nota Biográfica Ascêncio de Freitas nasceu a 3 de Agosto de 1926 no lugar do Forte da Barra, Gafanha de Nazaré, Aveiro. É licenciado em Ciências Sociais e Políticas e escreve desde muito novo. Emigrou aos 22 anos de idade para Moçambique, onde, por razões políticas, teve uma vida aventurosa e atribulada, com três prisões às ordens da Pide e uma durante o período de transição para a independência. Militante da Frelimo desde a primeira hora, durante a erradamente chamada guerra civil veio "destacado" para Portugal a pedido do Presidente Samora Machel, como responsável pela contra-inteligência militar. Depois do assassinato de Samora Machel, dado o impasse em que caiu a situação militar e a terrível seca de 1984 a 1988, havendo já mais de um milhão de mortos, aproveitando a mudança do presidente da África do Sul (não militar) decidiu agir por conta própria e iniciar um conjunto de acções que pudessem conduzir à paz, o que acabou por conseguir com a assinatura do Acordo de Paz de Roma, assinado em 1992. Em 1994, no mês anterior às primeiras eleições, visitou Moçambique pela última vez, afastando-se definitivamente da política, com a certeza de que, ainda que erradicada a orientação marxista-leninista, com a democracia a Frelimo ganharia as eleições. Por vontade própria, começou a
viver unicamente da escrita e de um modesto subsídio do Ministério
da Cultura por mérito literário relevante.
Explanation
of Nothingness, 2008, editado nos USA
Recebeu o Prémio Vergílio Ferreira,1999, pela sua obra A Reconquista de Olivença (1999). O Prémio PEN Club Português, 2000, pelo Canto da Sangardata(2000), no qual apresenta crítica ao tempo colonial e pós-independente da história de Moçambique, o Prémio Literário Ferreira de Castro da Câmara Municipal de Sintra, em 2002, com a obra A Noite dos Caranguejos (2003).
Fontes: http://encontrodosescritores.blogspot.pt/2011/06/ascencio-de-freitas.html |