09-08-2014Timor-Leste TEMPO PARADO PARA JOSÉ LUÍS PEIXOTOTimor-Leste TEMPO PARADO PARA JOSÉ LUÍS PEIXOTO – o passado é enorme o futuro é enorme e nós estamos aqui No dia 1 de agosto, no auditório do Arquivo & Museu da Resistência Timorense, decorreu um encontro com o escritor José Luís Peixoto. A terminar a sua estadia por Timor-Leste, que durou duas semanas, José Luís Peixoto fez várias intervenções nos mais diversos contextos e este encontro, organizado pelo PFICP(PROJETO DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA DE PROFESSORES em Dili- http://www.pficp-esg-estv.com/), procurou ser também um resumo das experiências vividas pelo escritor neste país. Nesta viagem pelo tempo, o passado destacou-se com o poema do 3.º livro do autor “Na hora de pôr a mesa, éramos cinco” e em que três jovens timorenses declamaram a reescrita deste poema à luz das suas vivências particulares, num cenário preparado para o efeito. Questões como a relação do escritor com os leitores, o horizonte de expectativas das leituras e as dimensões do ato da escrita foram também assuntos discutidos neste encontro, que terminou com a declamação de dois poemas do livro A casa, a escuridão: “A explicação da eternidade” e “A casa”. De Timor-Leste, José Luís Peixoto diz levar experiências inesquecíveis, marcadas pelo acolhimento e beleza deste país. “na hora de pôr a mesa, éramos cinco: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu. depois, a minha irmã mais velha casou-se. depois, a minha irmã mais nova casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco, menos a minha irmã mais velha que está na casa dela, menos a minha irmã mais nova que está na casa dela, menos o meu pai, menos a minha mãe viúva. cada um deles é um lugar vazio nesta mesa onde como sozinho. mas irão estar sempre aqui. na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco. enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco”JLP https://www.facebook.com/arquivomuseu.resistenciatimorense/media_set?set=a.631731710274469.1073741931.100003129384000&type=1 |