Por proposta do senador Marco Maciel (DEM-PE), a primeira parte da sessão deliberativa de hoje, no Senado do Brasil , foi dedicada à evocação do Padre António Vieira, assinalando assim os 400 anos do seu nascimento.
O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, numa decisão excepcional do Senado brasileiro, que não permite a intervenção de não Senadores em sessões deliberativas, foi convidado a tomar a palavra na sessão.
Eis o texto completo da sua intervenção:
Gostava de começar por manifestar a minha grande honra e satisfação por ter sido convidado a estar presente nesta cerimónia, no momento em que esta instituição do Estado brasileiro presta homenagem a umas das figuras que talvez melhor representem, no seu todo, a ligação íntima e permanente entre Portugal o Brasil.
E quero agradecer, muito em particular, a possibilidade excepcional que foi dada para intervir num sessão deliberativa ordinária do Senado Federal, gentileza que levo à conta de um gesto de simpatia pelo país que aqui represento.
Desejo começar por destacar o empenhamento do meu querido amigo Senador Marco Maciel, figura maior da vida política brasileira e intelectual de elevado mérito, que houve por bem suscitar este momento celebratório sobre António Vieira, tema sobre o qual acabou, há pouco, de nos fazer uma soberba apresentação.
Este ano de 2008 tem sido fértil em eventos sobre António Vieira, sobre a sua vida e sobre a sua obra. Logo no início do ano, e por sugestão desse grande cultor de Vieira também aqui presente, o padre José Carlos Brandi Aleixo, tomei a iniciativa de organizar, na Embaixada de Portugal, uma reunião com representantes de vários instituições brasileiras, no sentido de avaliar de como poderíamos colaborar com essas entidades brasileiras, com vista a dar ao Ano Vieirino o merecido destaque.
O Senador Marco Maciel, com esta sua iniciativa, dá excelente seguimento à disposição que então manifestou, no sentido de envolver fortemente o Senado Federal nestas comemorações.
E que melhor lugar poderia haver para uma celebração de António Vieira do que esta casa da palavra que é o Senado brasileiro? A palavra foi a arma de Vieira, uma arma que se revelou tão perigosa que, em certos momentos, ele acabou por pagar caro o facto de a saber usar tão bem.
Recentemente, atentei em alguns sermões de António Vieira, em especial aqueles em que a moralidade das figuras públicas é dissecada com um bisturi de ironia e até de sarcasmo, denunciando contradições e quase colocando certos poderes ou titulares políticos no pelourinho. Ao relembrar esses sermões, dei-me conta que o ensino, na minha adolescência, num tempo em que Portugal vivia um período político sombrio, escamoteava algumas das mais ferozes partes da obra de Vieira, seleccionando com cuidado aquilo que nos oferecia para leitura, evitando incluir frases e conceitos de sentido temporalmente ambíguo. É que Vieira, lido à luz dos dias de hoje, e aliás também à luz dos tempos passados, como ele próprio pagou na sua carne, continua a ser uma voz subversiva, uma voz incómoda.
Contrariamente a muitos outros clássicos cuja obra toca a esfera pública, há na palavra de Vieira uma imperatividade, uma frontalidade e até uma violência em alguns textos que deve ter afrontado muito boa gente – ou muito má gente – que o ouvia ou que ia sabendo o que ele dizia.
Essa violência derivava naturalmente, não apenas do seu olhar crítico sobre o mundo que o rodeava, mas, fundamentalmente, da perspectiva moral em que se situava, numa afirmação doutrinária que tinha a rigidez de princípios – eu ia dizer mesmo, de alguma arrogância - que lhe advinha das convicções religiosas profundas, da sua certeza de que estava do lado certo das coisas.
Vieira não era um político, na acepção de alguém que quer titular um poder público. Mas Vieira terá percebido, pela eficácia do seu verbo, que a força do que dizia valia por muitos poderes do mundo e que as suas denúncias tinham um carácter tão radical e cáustico que dificilmente deixariam de contrariar muitos desses mesmos poderes. O que viria a acontecer, aliás.
Antes, porém, Vieira ter-se-á deixado cair numa tentação política óbvia. Não sei se estarei a ser ousado de mais ao afirmar isto, mas tenho a sensação que a disponibilização de Vieira para se envolver em alguns negócios de Estado, em especial de natureza diplomática, pode configurar uma certa atracção para intervir num domínio público que o seduzia. Essa atracção tinha, como natural fonte de motivação, o já referido corpus doutrinário que Vieira queria levar à prática, como hoje se diria.
É muito interessante observar o perfil de Vieira como aquilo que hoje se designaria como o assessor estratégico de uma monarquia portuguesa em busca de legitimação. Foi um lugar onde procurou não se limitar a uma gestão, mais ou menos burocrática, da função diplomática, mas de onde decorreu sempre uma leitura muito própria do que entendia ser e dever ser o papel de Portugal no mundo – ideias que, aliás, marcariam toda a sua vida e obra.
Vieira sofreu a sina dos diplomatas que pensam e que entendem ter soluções para as causas em que se envolvem, soluções que vão muito para além da própria função diplomática, o que acaba por os situar quase sempre fora dela, também quase sempre com as naturais consequências.
No parecer de alguns investigadores, a vida diplomática de Vieira está longe de ser um sucesso, provavelmente por razões que o ultrapassaram e que tiveram mais a ver com a fragilidade das causas que representava ou pela sua inaplicabilidade na conjuntura europeia da época. Mas essa experiência, esse contacto com um mundo novo e cosmopolita, deve ter sido fundamental para Vieira se aperceber de aspectos de novas esferas de cultura que agora se lhe ofereciam, nas grandes capitais europeias que frequentou.
Curiosa, aliás, mesmo à luz da actualidade, é a sua leitura crítica da Europa, um certo olhar severo sobre a Europa herética que se contrapõe a uma Europa tida como de princípios que merecem prevalecer, na sua hierarquia de bondade das ideias. Ao olhar para a Europa nessa perspectiva, Vieira estava a prenunciar muito daquela que passou a ser, basicamente, a filosofia de abordagem que Portugal viria a adoptar nos séculos que se seguiram, face ao próprio continente europeu. Tratava-se de uma atitude basicamente defensiva, olhando alguns factores propulsores do progresso material de certa Europa como um risco, em especial face a uma ideia da identidade portuguesa, tida como necessitando de preservação e mesmo de protecção, como ele próprio chegou a sugerir.
Mas, ao mesmo tempo, Vieira colocava-se num dilema – um dilema igual ao que Portugal teve sempre: trazer da modernidade da Europa tudo o que ela nos pudesse dar de útil para o nosso próprio progresso como sociedade e em termos de evolução de mentalidades, mas fazê-lo de forma que a nossa identidade se mantivesse incólume à desregração que certas ideias europeias ameaçavam introduzir no nosso modelo nacional da época. É neste contexto que Vieira pode ter percebido que, para aperfeiçoar esse modelo, condição para a sua sobrevivência num tempo acelerado de mudança, a sociedade portuguesa do Antigo Regime tinha de saber evoluir e tinha de saber libertar-se de certos preconceitos e até de certas superstições obscurantistas.
Não deixa de ser interessante especular que pode ter sido nesta observação do desenvolvimento de uma certa Europa que Vieira terá criado a sua leitura de que a expulsão dos judeus de Portugal foi, provavelmente, uma oportunidade perdida para o progresso das gentes do seu país europeu. Ideia que, certa ou errada, ainda hoje marca muito do imaginário histórico português.
Mas é essa mesma evolução de mentalidades que Vieira não vai conseguir impor ou influenciar duradouramente em Portugal. Antes pelo contrário, vai encontrar pela frente uma parede de imobilismo que o desiludirá e que, por essa via, o tornará ainda mais crítico face aos poderes que o haviam decepcionado. É nisto que pode fundar-se a visão de uma certa história trágica de António Vieira.
É que Vieira é um personagem-charneira, uma figura de tempos de mudança, que procurou reconciliar o essencial do antigo com uma abertura que o não descaracterizasse por completo. Vieira atravessou, muito simplesmente, o próprio dilema de Portugal, porque Portugal foi isso mesmo ao longo de muitos tempos da sua História.
Foi um pouco esta visão, um pouco mais portuguesa e europeia do padre António Vieira do que aqui é habitual abordar-se no Brasil, que eu quis hoje partilhar convosco.
Quando se homenageia alguém no aniversário da sua morte, temos sempre a contenção de o fazer em registo de reverência da pessoa. Quando, como é o caso deste Ano Vieirino, temos perante nós uma data que significa o início de uma vida, podemos dar-nos à alegria de dizer que estamos a comemorar e a celebrar o início de uma existência, neste caso de alguém que muito enriqueceu a cultura luso-brasileira, que hoje constitui uma riqueza eterna, que é partilhada por ambos os nossos países.
Mais uma vez desejo felicitar o Senado Federal e o Senador Marco Maciel por esta iniciativa, agradecendo o convite para estar aqui presente e, a todos, manifestar a gratidão pela atenção que me dispensaram.
O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, numa decisão excepcional do Senado brasileiro, que não permite a intervenção de não Senadores em sessões deliberativas, foi convidado a tomar a palavra na sessão.
Eis o texto completo da sua intervenção:
Gostava de começar por manifestar a minha grande honra e satisfação por ter sido convidado a estar presente nesta cerimónia, no momento em que esta instituição do Estado brasileiro presta homenagem a umas das figuras que talvez melhor representem, no seu todo, a ligação íntima e permanente entre Portugal o Brasil.
E quero agradecer, muito em particular, a possibilidade excepcional que foi dada para intervir num sessão deliberativa ordinária do Senado Federal, gentileza que levo à conta de um gesto de simpatia pelo país que aqui represento.
Desejo começar por destacar o empenhamento do meu querido amigo Senador Marco Maciel, figura maior da vida política brasileira e intelectual de elevado mérito, que houve por bem suscitar este momento celebratório sobre António Vieira, tema sobre o qual acabou, há pouco, de nos fazer uma soberba apresentação.
Este ano de 2008 tem sido fértil em eventos sobre António Vieira, sobre a sua vida e sobre a sua obra. Logo no início do ano, e por sugestão desse grande cultor de Vieira também aqui presente, o padre José Carlos Brandi Aleixo, tomei a iniciativa de organizar, na Embaixada de Portugal, uma reunião com representantes de vários instituições brasileiras, no sentido de avaliar de como poderíamos colaborar com essas entidades brasileiras, com vista a dar ao Ano Vieirino o merecido destaque.
O Senador Marco Maciel, com esta sua iniciativa, dá excelente seguimento à disposição que então manifestou, no sentido de envolver fortemente o Senado Federal nestas comemorações.
E que melhor lugar poderia haver para uma celebração de António Vieira do que esta casa da palavra que é o Senado brasileiro? A palavra foi a arma de Vieira, uma arma que se revelou tão perigosa que, em certos momentos, ele acabou por pagar caro o facto de a saber usar tão bem.
Recentemente, atentei em alguns sermões de António Vieira, em especial aqueles em que a moralidade das figuras públicas é dissecada com um bisturi de ironia e até de sarcasmo, denunciando contradições e quase colocando certos poderes ou titulares políticos no pelourinho. Ao relembrar esses sermões, dei-me conta que o ensino, na minha adolescência, num tempo em que Portugal vivia um período político sombrio, escamoteava algumas das mais ferozes partes da obra de Vieira, seleccionando com cuidado aquilo que nos oferecia para leitura, evitando incluir frases e conceitos de sentido temporalmente ambíguo. É que Vieira, lido à luz dos dias de hoje, e aliás também à luz dos tempos passados, como ele próprio pagou na sua carne, continua a ser uma voz subversiva, uma voz incómoda.
Contrariamente a muitos outros clássicos cuja obra toca a esfera pública, há na palavra de Vieira uma imperatividade, uma frontalidade e até uma violência em alguns textos que deve ter afrontado muito boa gente – ou muito má gente – que o ouvia ou que ia sabendo o que ele dizia.
Essa violência derivava naturalmente, não apenas do seu olhar crítico sobre o mundo que o rodeava, mas, fundamentalmente, da perspectiva moral em que se situava, numa afirmação doutrinária que tinha a rigidez de princípios – eu ia dizer mesmo, de alguma arrogância - que lhe advinha das convicções religiosas profundas, da sua certeza de que estava do lado certo das coisas.
Vieira não era um político, na acepção de alguém que quer titular um poder público. Mas Vieira terá percebido, pela eficácia do seu verbo, que a força do que dizia valia por muitos poderes do mundo e que as suas denúncias tinham um carácter tão radical e cáustico que dificilmente deixariam de contrariar muitos desses mesmos poderes. O que viria a acontecer, aliás.
Antes, porém, Vieira ter-se-á deixado cair numa tentação política óbvia. Não sei se estarei a ser ousado de mais ao afirmar isto, mas tenho a sensação que a disponibilização de Vieira para se envolver em alguns negócios de Estado, em especial de natureza diplomática, pode configurar uma certa atracção para intervir num domínio público que o seduzia. Essa atracção tinha, como natural fonte de motivação, o já referido corpus doutrinário que Vieira queria levar à prática, como hoje se diria.
É muito interessante observar o perfil de Vieira como aquilo que hoje se designaria como o assessor estratégico de uma monarquia portuguesa em busca de legitimação. Foi um lugar onde procurou não se limitar a uma gestão, mais ou menos burocrática, da função diplomática, mas de onde decorreu sempre uma leitura muito própria do que entendia ser e dever ser o papel de Portugal no mundo – ideias que, aliás, marcariam toda a sua vida e obra.
Vieira sofreu a sina dos diplomatas que pensam e que entendem ter soluções para as causas em que se envolvem, soluções que vão muito para além da própria função diplomática, o que acaba por os situar quase sempre fora dela, também quase sempre com as naturais consequências.
No parecer de alguns investigadores, a vida diplomática de Vieira está longe de ser um sucesso, provavelmente por razões que o ultrapassaram e que tiveram mais a ver com a fragilidade das causas que representava ou pela sua inaplicabilidade na conjuntura europeia da época. Mas essa experiência, esse contacto com um mundo novo e cosmopolita, deve ter sido fundamental para Vieira se aperceber de aspectos de novas esferas de cultura que agora se lhe ofereciam, nas grandes capitais europeias que frequentou.
Curiosa, aliás, mesmo à luz da actualidade, é a sua leitura crítica da Europa, um certo olhar severo sobre a Europa herética que se contrapõe a uma Europa tida como de princípios que merecem prevalecer, na sua hierarquia de bondade das ideias. Ao olhar para a Europa nessa perspectiva, Vieira estava a prenunciar muito daquela que passou a ser, basicamente, a filosofia de abordagem que Portugal viria a adoptar nos séculos que se seguiram, face ao próprio continente europeu. Tratava-se de uma atitude basicamente defensiva, olhando alguns factores propulsores do progresso material de certa Europa como um risco, em especial face a uma ideia da identidade portuguesa, tida como necessitando de preservação e mesmo de protecção, como ele próprio chegou a sugerir.
Mas, ao mesmo tempo, Vieira colocava-se num dilema – um dilema igual ao que Portugal teve sempre: trazer da modernidade da Europa tudo o que ela nos pudesse dar de útil para o nosso próprio progresso como sociedade e em termos de evolução de mentalidades, mas fazê-lo de forma que a nossa identidade se mantivesse incólume à desregração que certas ideias europeias ameaçavam introduzir no nosso modelo nacional da época. É neste contexto que Vieira pode ter percebido que, para aperfeiçoar esse modelo, condição para a sua sobrevivência num tempo acelerado de mudança, a sociedade portuguesa do Antigo Regime tinha de saber evoluir e tinha de saber libertar-se de certos preconceitos e até de certas superstições obscurantistas.
Não deixa de ser interessante especular que pode ter sido nesta observação do desenvolvimento de uma certa Europa que Vieira terá criado a sua leitura de que a expulsão dos judeus de Portugal foi, provavelmente, uma oportunidade perdida para o progresso das gentes do seu país europeu. Ideia que, certa ou errada, ainda hoje marca muito do imaginário histórico português.
Mas é essa mesma evolução de mentalidades que Vieira não vai conseguir impor ou influenciar duradouramente em Portugal. Antes pelo contrário, vai encontrar pela frente uma parede de imobilismo que o desiludirá e que, por essa via, o tornará ainda mais crítico face aos poderes que o haviam decepcionado. É nisto que pode fundar-se a visão de uma certa história trágica de António Vieira.
É que Vieira é um personagem-charneira, uma figura de tempos de mudança, que procurou reconciliar o essencial do antigo com uma abertura que o não descaracterizasse por completo. Vieira atravessou, muito simplesmente, o próprio dilema de Portugal, porque Portugal foi isso mesmo ao longo de muitos tempos da sua História.
Foi um pouco esta visão, um pouco mais portuguesa e europeia do padre António Vieira do que aqui é habitual abordar-se no Brasil, que eu quis hoje partilhar convosco.
Quando se homenageia alguém no aniversário da sua morte, temos sempre a contenção de o fazer em registo de reverência da pessoa. Quando, como é o caso deste Ano Vieirino, temos perante nós uma data que significa o início de uma vida, podemos dar-nos à alegria de dizer que estamos a comemorar e a celebrar o início de uma existência, neste caso de alguém que muito enriqueceu a cultura luso-brasileira, que hoje constitui uma riqueza eterna, que é partilhada por ambos os nossos países.
Mais uma vez desejo felicitar o Senado Federal e o Senador Marco Maciel por esta iniciativa, agradecendo o convite para estar aqui presente e, a todos, manifestar a gratidão pela atenção que me dispensaram.
Um dos mais importantes escritores de Língua Portuguesa, o Padre António Vieira nasceu em Lisboa no dia 6 de fevereiro de 1608, tendo-se mudado com a família para Salvador, no Brasil, em 1614.
Aos 27 anos, ordenou-se sacerdote jesuíta, mas mesmo antes, já escrevera os seus primeiros sermões: o Sermão do Quarto Domingo da Quaresma, o Sermão XIV do Rosário e o Sermão do Nascimento do Menino Jesus foram proferidos em 1633, quando tinha 25 anos.
Vieira deixou vasta obra literária, composta, sobretudo, pelos seus célebres sermões, nos quais criticou a escravidão, defendeu os judeus e exortou brasileiros e portugueses a lutar contra os invasores holandeses de Pernambuco.
"Vieira é uma personalidade por demais rica, pletórica em seu pensamento e acção, deixando-nos desconcertados com a sua actuação em praticamente todos os territórios da actividade humana, quer na condição de sacerdote, quer no cumprimento de funções públicas, muitas delas de política externa", escreveu o senador Marco Maciel no requerimento em que apresentou a sua proposta.
Fonte: http://embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/2008/11/senado-do-brasil-presta-homenagem-ao.html
Fonte: http://embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/2008/11/senado-do-brasil-presta-homenagem-ao.html