04-06-2023As emigrações mouriscas do século XVIIMuitos ibéricos do Alentejo-são descendentes dos andaluces [território que se diferencia dos reinos cristãos] Recordamos que os mouriscos expulsos de Portugal no final do século XV,tinham origem diversa: tratava-se de pessoas norte africanas, muçulmanas que migraram para o reino português e convertidos ao cristianismo.
São numerosas as referências documentais à expulsão dos mouriscos. Estas cobrem um arco cronológico que se inicia no final do século XVI até o último terço do século XVII. Estes documentos vão desde os relatórios sobre a conveniência de desarmar as comunidades mouriscas antes da expulsão até aos papéis referentes ao repovoamento de locais abandonados e ocupação dos imóveis devolutos devido à expulsão. Inclui ainda consultas e peças sobre a transmissão e direitos de bens móveis e imóveis e demais bens dessa população, reunindo documentos que indiquem perdas e indemnizações, bem como a isenção de recenseamento, bem como questões relacionadas com as reuniões realizadas para resolver a situação das casas e lugares pertencentes aos mouriscos, resumos sobre a forma de repovoar as terras. O repertório de fontes documentais que compilamos refere-se a vários aspectos do que é conhecido como o “problema mourisco”. Inclui os antecedentes, os anos imediatamente anteriores à expulsão, as políticas desenvolvidas –anos antes– com a população mourisca, as vicissitudes em que ocorreu a expulsão e as consequências sociais e económicas derivadas da emigração forçada. Esses documentos especificam os dias anteriores à expulsão e refletem os detalhes de como a expulsão foi realizada e o problema de repovoar as terras abandonadas em cada território.
RECORDO QUE YABURA foi a maior cidade no tempo dos mouros… e é hoje Évora!!
O Alentejo e a Extremadura Espanhola estavam no centro da disputa pelos territórios de fronteira, e neste contexto surge uma figura controversa e pouco conhecida, que foi determinante nos conflitos que ocorreram neste período, de nome Giraldo “o Sem Pavor”. Geraldo Geraldes (século XII) foi uma personagem semilendária da história de Portugal à época das lutas da Reconquista. Tornou-se conhecida, já desde o século XII, pelo nome de Geraldo sem Pavor. Personagem representativa do período de formação das fronteiras de Portugal, acredita-se que fosse um nobre de trato difícil, pelo que muito cedo abandonou o norte de Portugal para tentar a sorte no sul do país, nas lutas contra os mouros. Após a conquista da região do Alentejo por D. Afonso Henriques e também da Estremadura espanhola, Geraldo Sem Pavor ofereceu-se como voluntário para tomar a cidade de Évora, bem como outras localidades vizinhas. A Praça do Giraldo, praça central de Évora, nomeada em honra de Geraldo Figura central na iconografia da cidade de Évora, encontra-se representado em posição central no brasão de armas da municipalidade, montado a cavalo e empunhando a espada em riste. E recordemos que há mais de 881 anos D. Afonso Henriques defrontou em batalha 5 reis mouros. A batalha de Ourique, ocorrida em 1139, reveste-se da maior importância para a independência e afirmação de Portugal como nação independente. Ela determina não o momento de afirmação da independência, mas o momento da justificação divina para a existência de um país independente, reconhecido pelo próprio Deus dos cristãos. A batalha de Ourique, ocorrida em 1139, reveste-se da maior importância para a independência e afirmação de Portugal como nação independente. Ela determina não o momento de afirmação da independência, mas o momento da justificação divina para a existência de um país independente, reconhecido pelo próprio Deus dos cristãos.
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