Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


29-05-2023

Diálogos Impertinentes-Religiões em honra ao rei-poeta Al-Mutamid


Mais Beja

Monumento em honra ao rei-poeta Al-Mutamid (2).jpg

Monumento em honra ao rei-poeta Al-Mutamid (4).jpg

REI-POETA AL-MUTAMID 2.JPG

FOTOS: MAIS BEJA

 

O momumento situa-se no Parque da Cidade de Beja. E quem foi este rei e poeta?

Al-Mutamid ou Al-Mu’Tamid, nasceu em Beja em 1040, sendo o único rei que nasceu na cidade, tornando-se igualmente um dos maiores poetas do seu tempo. A poesia e a cultura floresciam nas cortes árabes, mas após a queda de Córdova, o Sul de Espanha fragmentara-se em inúmeras taifas que se digladiavam entre si com o objetivo de obterem mais poder e prestígio. Herdeiro de uma das mais poderosas dinastias então reinantes que governava Sevilha, Al-Mutamid era um homem de índole benévola, amante de tertúlias. Após a morte do seu pai, em 1063, tornou-se rei da taifa de Sevilha e o seu reinado estendia-se, além do Algarve e de grande parte do Alentejo, a cidades como Ronda, Huelva, Carmona, Algeciras, Jaén, Córdova, Sevilha e Múrcia. Al-Mutamidúltimo soberano da dinastia Abádida e do reino Taifa de Sevilha, foi derrotado em 1091, pelos almorávidas, berberes do Norte de Marrocos que aproveitaram a fraqueza dos reinos Taifas para os dominar, e enviado para o exílio, em Aghmat, onde acabou por morrer em 1095 no cativeiro.

Monumento em honra ao rei-poeta Al-Mutamid

 

   
 

Monumento em honra ao rei-poeta Al-Mutamid

FOTOS: MAIS BEJA O momumento situa-se no Parque da Cidade. E quem foi este rei e poeta? Al-Mutamid ou Al-Mu’Tami...

 

Exactamente nesta época nasceu uma cultura Hispano-Árabe, nomeadamente na poesia medieval, fruto de uma miscigenação de elementos étnicos árabes, berberes, judaicos, hispano-romanos e hispano-godos

 No caso particular do Sul de Portugal, podemos dizer que essa poesia é actualmente designada como Poesia Luso-Árabe e foram vários os autores que nos deixaram o seu legado.

Porém, entre esses autores, ficaram como os casos mais representativos desse género poético Al-Mu‘tamid  e Ibn ‘Amar, cuja amizade viria a tornar-se inseparável, durante a sua adolescência.                                                                                                   Poema 'A Al-Mu'tamid', de Ibn 'Amm?r

 

   

Poema 'A Al-Mu'tamid', de Ibn 'Amm?r

 

https://www.youtube.com/watch?v=bmZvWV16MWI

 

Diálogos Impertinentes

Diálogos Impertinentes - RELIGIÕES

 

   

Diálogos Impertinentes - RELIGIÕES

 

"Diálogos Impertinentes". O tema, "Religiões", tem participação do teólogo Frei Betto e do filósofo José Arthur Giannotti. Medeiam o debate Caio Túlio Costa, diretor de revistas da Folha, e Mário Sérgio Cortella, professor do departamento de teologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). O evento foi promovido pela Folha e pela PUC-SP. Transmitido para São Carlos, Franca, Jundiaí, Anápolis, Brasília, Curitiba, Londrina, Umuarama, Arapongas, Campo Grande, Santos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Goiânia.

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Inspirado na vida e obra do rei-poeta Al-Mutamid, o evento pretende aprofundar e transformar os patrimónios cante alentajano, flamenco e gnaoua - um dos principais géneros do folclore de Marrocos.

Com uma programação multicultural, que visa estabelecer pontes entre religiões, culturas e diferentes territórios, o evento assume-se como uma viagem entre Beja, onde Al-Mu'tamid nasceu em 1040, Silves, que governou e onde se afirmou como o grande expoente da poesia da sua época, Sevilha, onde foi o último rei da Taifa Abádida do Al-Andalus, e Aghmat, em Marrocos, onde desenvolveu boa parte da sua criação poética e morreu no cativeiro, em 1095.

RTP Ensina 

https://ensina.rtp.pt/artigo/al-mutamid-o-destino-de-um-rei-poeta-p/

 

Al-Mutamid era, no século XI, senhor de várias cidades do sul de portugal e Espanha. Foi também um dos maiores poetas do seu tempo e, ainda hoje as suas palavras são recordadas.

Beja, Silves, Sevilha eram cidades que integravam um dos mais brilhantes reinos muçulmanos da Península Ibérica e que tinha como senhor Al-Mu’tamid Ibn Abbad, um príncipe e um poeta que ainda hoje é recordado na literatura árabe.

Nascido em Beja, Al-Mu’tamid foi governador de Silves, cujo castelo tomou em nome do pai, rei da Taifa de Sevilha, trono que herdou e perdeu posteriormente na intensa guerra que opunha os muçulmanos a sul e os cristão do norte.

O último rei de Sevilha morreria no exílio em  Marrocos.

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Al Mu'tamid, Poeta Rei do Al-Andalus 

Apresentações ao vivo em Sesimbra e Lisboa

O projeto Al Mu'tamid é formado por um conjunto de músicos e intérpretes que cantam os  poemas do poeta rei do AL-Andalus nas línguas dos três países herdeiros do legado andalusino: Filipe Raposo, Janita Salomé e Quiné Teles de Portugal; Eduardo Paniagua e Cezar Carazo de Espanha; El Arabi Serghini e Jamal Ben Allal de Marrocos.

Considerado o mais brilhante poeta do Al-Andalus no Séc. XI, Al-Mu'tamid Ibn Abbâd nasceu em Beja em 1040 e foi príncipe regente em Silves. Entre 1069 e 1090 foi Rei da Taifa de Sevilha, sucedendo a Al-Mu'tadid, seu pai, EM 1091 acabou por ser destronado pela dinastia Almorávida, que passou a dominar todo o Sul da Península Ibérica e foi exilado em Marrocos, primeiro em Tânger e depois em Aghmat, a 18 km do Sul de Marraquexe. Foi em Marrocos que passou os últimos anos da sua vida, onde acabou por falecer na miséria, em 1095.

Agora, passados dez séculos, as palavras deste Rei Poeta vêm reavivar os valores de um legado cultural que deve a sua longevidade precisamente à diversidade de povos e culturas, religiões e cultos, tradições e costumes.

A partir de uma ideia original de

Sobre os músicos

Filipe Raposo, director musical do projecto é considerado um grande talento como jovem pianista e colabora regularmente com muitos dos melhores músicos da música tradicional portuguesa, estando a realizar uma pós-graduação em Piano em Estocolmo.

Janita Salomé é uma das vozes mais carismáticas da música portuguesa desde há décadas e a recuperação do legado musical do Al-Andalus tem nele um dos seus pioneiros.

Quiné Teles é um grande percussionista, extremamente versátil e toca desde há muito com diversos músicos e projectos de música popular portuguesa.

Eduardo Paniagua, músico e arquitecto, é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho de toda uma vida em torno da música antiga e medieval, tendo sido premiado por diversas vezes ao longo da sua carreira musical.

Cezar Carazo é um cantor com uma voz delicada e muito emocionante e que entre outros projectos musicais colaborou com La Capella Reial (Jordi Savall), Quarteto de Urueña e Música Antigua (Eduardo Paniagua).

Jamal Ben Allal é considerado um dos melhores violinistas do mundo na técnica de tocar o instrumento na vertical sobre a perna esquerda.

El Arabi Serghini é uma voz poderosa e ancestral, que no espectáculo de estreia do concerto em Lisboa, no São Luiz, arrebatou completamente a plateia.

Carlos Gomes é realizador e produtor de cinema, artista visual e arquitecto. É dele a ideia original de juntar estes músicos para uma homenagem e uma releitura contemporânea da obra poética de Al-Mu'tamid. Assina a realização dos vídeos do concerto.

FICHA ARTÍSTICA DO PROJETO

Concepção, Direção Artística e Realização Vídeo: Carlos Gomes 
Direção Musical: Filipe Raposo 
Voz e Fídula: Cesar Carazo (ESP) 
Voz e Percussão: El Arabí Serghini (MAR) 
Voz e Percussão: Janita Salomé (POR) 
Saltério e Flautas: Eduardo Paniagua (ESP) 
Piano: Filipe Raposo (POR) 
Violino: Jamal Ben Allal (MAR) 
Percussão: Joaquim Teles (POR) 
Captação Áudio, Mistura e Masterização de Som: Helder Nelson 
Documentação Literária: Eduardo Paniagua e Adalberto Alves 
Direção de Fotografia do Vídeo: Miguel Robalo 
Desenho de Luz: Leocádia Silva 
Produção: Amg Music / Carlos Gomes 
Disco: SONY MUSIC e AMG 
Projecto Financiado por DGArtes

que hoje integram o território geográfico de maior influência do Al-Andalus: Portugal, Espanha e Marrocos.

 

A edição deste CD, já à venda nas lojas FNAC, é o segundo dos resultados do projeto, que inclui também o concerto deste reportório, encenado cinematograficamente e estreado no dia 15 de Janeiro de 2014 no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, e ainda a ideia de realizar um filme documentário.

Sobre os músicos

Filipe Raposo, director musical do projecto é considerado um grande talento como jovem pianista e colabora regularmente com muitos dos melhores músicos da música tradicional portuguesa, estando actualmente a realizar uma pós-graduação em Piano em Estocolmo.

Janita Salomé é uma das vozes mais carismáticas da música portuguesa desde há décadas e a recuperação do legado musical do Al-Andalus tem nele um dos seus pioneiros.

Quiné Teles é um grande percussionista, extremamente versátil e toca desde há muito com diversos músicos e projectos de música popular portuguesa.

Eduardo Paniagua, músico e arquitecto, é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho de toda uma vida em torno da música antiga e medieval, tendo sido premiado por diversas vezes ao longo da sua carreira musical.

Cezar Carazo é um cantor com uma voz delicada e muito emocionante e que entre outros projectos musicais colaborou com La Capella Reial (Jordi Savall), Quarteto de Urueña e Música Antigua (Eduardo Paniagua).

Jamal Ben Allal é considerado um dos melhores violinistas do mundo na técnica de tocar o instrumento na vertical sobre a perna esquerda.

El Arabi Serghini é uma voz poderosa e ancestral, que no espectáculo de estreia do concerto em Lisboa, no São Luiz, arrebatou completamente a plateia.

Carlos Gomes é realizador e produtor de cinema, artista visual e arquitecto. É dele a ideia original de juntar estes músicos para uma homenagem e uma releitura contemporânea da obra poética de Al-Mu'tamid. Assina a realização dos vídeos do concerto.

FICHA ARTÍSTICA DO PROJETO

Concepção, Direção Artística e Realização Vídeo: Carlos Gomes 
Direção Musical: Filipe Raposo 
Voz e Fídula: Cesar Carazo (ESP) 
Voz e Percussão: El Arabí Serghini (MAR) 
Voz e Percussão: Janita Salomé (POR) 
Saltério e Flautas: Eduardo Paniagua (ESP) 
Piano: Filipe Raposo (POR) 
Violino: Jamal Ben Allal (MAR) 
Percussão: Joaquim Teles (POR) 
Captação Áudio, Mistura e Masterização de Som: Helder Nelson 
Documentação Literária: Eduardo Paniagua e Adalberto Alves 
Direção de Fotografia do Vídeo: Miguel Robalo 
Desenho de Luz: Leocádia Silva 
Produção: Amg Music / Carlos Gomes 
Disco: SONY MUSIC e AMG 
Projecto Financiado por DGArtes

 

Al Mu´Tamid, O Destino de um Príncipe

 

   

Al Mu´Tamid, O Destino de um Príncipe

 

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