23-08-2007Pero Vaz de Caminha, um profeta nacional? Maria Eduarda FagundesCom tanta terra e água à vontade (hoje nem tanta), num país com diferentes variedades de climas, que oferece frio e neve no sul, calor e sol permanentes no nordeste, chega-se à conclusão que Com a irrigação, defensivos e corretivos agrícolas, que combatem as pragas e corrigem o pH e qualidade do solo, não há mais terra ruim para a plantação, quase tudo é cultivável. Há 52 anos atrás, quando cheguei dos Açores, no Brasil só havia para consumo do mercado popular frutas nativas ou aquelas trazidas pelos portugueses do Oriente e Europa, há séculos atrás, já adaptadas ao solo e clima tropicais. A maçã, rara e cara naquela época, vinha da Europa e da Argentina. Hoje ela é produzida em grande quantidade nos estados do sul (principalmente Santa Catarina) e em variedades desenvolvidas com tecnologia nacional, algumas até mais saborosas que as importadas. A uva, o vinho, frutas de clima frio e exóticas, a soja, o feijão, o arroz e muitos outros produtos agropecuários hoje são produzidos no país, de uma forma comercial, graças aqueles que acreditaram no estudo, na pesquisa e na capacidade do produtor brasileiro. Apesar das dificuldades políticas, que arrastam o país no atraso, o Brasil evoluiu muito, principalmente nas áreas agrícola, pecuária e na agroindústria. Temos o maior rebanho comercial bovino do mundo e em diversos produtos agrícolas estamos no topo da lista. Somos os primeiros na produção da cana de açúcar e café, os segundo em soja, e os terceiros A mídia, através dos formadores de opinião, divulga pesquisas de que comer frutas é saudável e não engorda, levando o mundo a aumentar o consumo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) declara: Frutas, legumes, vegetais, leite e peixe são a base de uma boa alimentação. Isso tudo para o Brasil é muito bom. E sabendo que a maior parte da produção agrícola nacional (66%) vem do sudeste, ficamos esperançosos de que quando as outras regiões do Brasil produzirem o que podem, respeitando o espaço ambiental e vocação cultural do seu povo, sejamos de fato uma grande potência em recursos alimentares. No entanto, ainda faltam políticas adequadas que nos tornem fortes no agro-negócio. Investimento governamental em qualificação, amparo à produção e uma boa infra-estrutura que garanta armazenamento, escoamento, industrialização, comercialização e competitividade, interna e externa, dos nossos produtos. Quando os governantes deste país derem ouvidos ao que disse * Maria Eduarda Fagundes Uberaba 12/08/07 |