Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


07-08-2007

A Dolce Vita Francisco G Amorim


do Brasil            Francisco G. de Amorim* 

 

Finalmente! Algumas regiões do Brasil atingiram níveis tais de desenvolvimento que os funcionários públicos pouco têm que fazer. Como exemplo, o Pará. Terra bonita, floresta ainda deslumbrante, gente hospitaleira, Estado com 6,5 milhões de habitantes, 1.250.000 quilômetros quadrados (2,5 vezes a França), o PIB per capita anda por cerca de 1.000 Euros por ano (tudo gente rica!), só 66% das crianças em idade escolar freqüentam as escolas, a taxa de analfabetismo nas zonas urbanas ronda os 11% e no interior chega a 30%, 3.800 quilômetros de estradas pavimentadas e 31 mil de terra, sexa madama governatriz dona Ana Carepa, do PT, como é evidente, liberou, “oficialmente”, os funcionários públicos do trabalho às sextas feiras! Beleza pura!

Diz sexa governatriz que, populescamente, nada mais fez do que “oficializar” uma prática já tradicional naquelas paragens. Dona Carepa em vez de se eleger para valorizar o seu Estado e o país, valoriza assim as praias onde nada o pirarucu!

E com estas medidas de grande alcance sócio econômico é natural que se consiga reeleger, e depois fará outro decreto para que não se trabalhe também às quintas. Acho que me vou mudar para lá!

Entretanto mais pelo Centro começa a definir-se o novo, futuro, presidente da res publica. O nosso grande líder já disse quem é o garotão que lhe agrada e a quem gostaria de passar a faixa. Jovem, solteiro, rico, boa pinta, governador minêro, vive metade do tempo nas boates de São Paulo, assegurando assim o voto das solteiras farristas, pertencendo ainda ao implodido e defunto partido que teoricamente deveria estar na oposição.

O jovem todo se derrete em frente de sexa grande líder, secretamente, no país onde os jornalistas tudo sabem e só divulgam o que lhes convém, trocam juras de amor, mas terá que mudar de partido para que o apoio seja mais ostensivo. Vai assim ter que criar um desentendimento com o ex-chefe FH para se justificar perante os eleitores e bandear-se para o PMDB, partido onde lutou o seu democrático avô, que, quando ministro da justiça mandou fechar o jornal que criticava o governo a que pertencia. Tudo gente fina. Que é outra coisa!

Fiquem atentos ao evoluir desta novela, aliás deste drama, porque ninguém se candidata a qualquer governo para governar, mas para SE governar.

Não se preocupe com isso, Aécio. A gente continua a pagar.

E continuará a obedecer às ordens de sua magestade o “puro” fidel, cada vez que algum cubano queira desertar no Brasil. Aqui não é país para acolher exilados políticos de países “muy amigos”. Já o foi, de portas abertas a imigrantes de todos os tipos. Mas agora está a retroceder aos tempos vergonhosos de Olga Prestes, entregue por Getúlio aos nazis.

Mais outra derrota nacional para o grande líder e seu conselheiro Marco Aurélio, que lhes permitirá rir e fazer gestos ignominiosos de vitória sobre a democracia!

Esta é de amargar.

 

* Francisco G. de Amorim*

7 ago. 07