03-07-2022

Eduardo Cusse Ndala, Angola : ENTENDA O MUNDO ACTUAL

A luta da União Soviética pela liberdade dos povos nunca foi perdoada pelos europeus

Durante a Idade Média a Europa passava fome. A densidade da sua população não correspondia à quantidade de terra arável em que era possível produzir alimentos para atender suas populações.

Foi por isso que, a partir do século XVI, os países europeus anunciaram uma caça às terras dos "nativos" de todo o mundo. E por quatrocentos anos eles ordenharam suas colônias como bem entenderam. Deixaram pobres os africanos, os índios, os ameríndios e todos os tipos de povos ao tirar enormes recursos naturais de graça de sua terras. Foi assim que a Grã-Bretanha se tornou uma Grã-Bretanha imparável com bancos e todas as reservas de ouro da Índia.

Vejam quando os principais países europeus perderam suas últimas vacas leiteiras.

A França, que vivia no norte da África, perdeu seu domínio na Síria e no Líbano em 1946, possessões na Índia em 1954, Tunísia e Marrocos em 1956, Guiné, Níger, Burkina Faso e África Ocidental - em 1958, Camarões, Senegal, Mali, Sudão , Gabão, Chade, Mauritânia, República Centro-Africana, Congo, Togo, Benin, Costa do Marfim e Madagáscar - em 1960, Argélia - em 1962.

No total, os franceses tiveram mais de 150 colônias nos últimos 500 anos. Imagine quais são esses recursos gratuitos. Os franceses não podiam trabalhar. Basta pegar tudo dos nativos e depois contratá-los para trabalhar.

Os norte-americano roubaram, humilharam, discriminaram e mataram os negros - depois dos índios, que sofreram genocídio!

Mas - vamos seguir em frente. Grã Bretanha.

Claro que só a Índia lhe bastava, de onde partiu oficialmente em 1947, deixando pelo caminho os territórios dos atuais Paquistão, Mianmar, Bangladesh, Butão e Sri Lanka. Mas ela também tinha mais de cem colônias. Aqui estão alguns dos mais famosos que ela deixou em meados do século XX. Palestina em 1948, Nigéria em 1960, Kuwait e Serra Leoa em 1961, Uganda, Jamaica e Trinidad e Tobago em 1962, Cingapura e Quênia em 1963, Gâmbia em 1965, Maurício - em 1968, Fiji - em 1970, Catar e Bahrein - em 1971, as Ilhas Salomão, que agora - escandalosamente para os britânicos e americanos - concluíram um acordo com a China sobre a implantação de uma base militar chinesa - em 1978, Hong Kong - em 1997.

E como eles lutaram desesperadamente pelas Ilhas Malvinas com a Argentina, e essas ilhas ainda continuam sendo sua colônia - longe.

A Alemanha não tinha mais de 25 colônias e não era tão grande quanto seus vizinhos. Até os holandeses tiveram mais, entre os quais, por exemplo, o mais famoso é o Suriname. E, portanto, os alemães tiveram que “se alimentar” de uma maneira diferente – cada vez desencadeando guerras dentro da própria Europa, com o objetivo de “roubar o saque”.

O fato de que foi devido às colônias que a Europa se tornou o governante do mundo é evidenciado pelo menos por esse fato. Portugal e Espanha já foram gigantes coloniais, mas perderam quase todas as suas propriedades no século XIX. Isso há cerca de 150 anos. É por isso que nem Portugal nem Espanha são países ricos há muito tempo.

E assim terminou o paraíso colonial da Europa. Os europeus colonizadores nunca perdoaram a União Soviética por ter ajudado muitos dos povos oprimidos e colonizados aqui citados a terem sua liberdade. Essa é a verdade.