04-07-2007Os Extremos que não se tocam Francisco G Amorimdo Brasil - Francisco G. de Amorim * Aproximar as pessoas, fazer com que se compreendam e se respeitem, que se entendam e vejam como irmãos, iguais, deveria ser o objetivo do homem desde que começou a falar, a pensar, a distinguir-se dos que continuaram a ser os irracionais. Mas o que continuamos a constatar é que, apesar de desde tempos imemoriais sempre terem existido ricos e pobres e classe média, cada ve os ricos são mais ricos, os pobres mais pobres e a classe média sobrenada afogada em dívidas para imitar os ricos. As artes crescem de valor no inverso da sua inutilidade! O que um futebolista chega a receber por ano é mais do que o conjunto de duas centenas de milhares de trabalhadores ( Um miserável frasquinho com meia dúzia de gotas de perfume vale, não, não vale, mas custa mais do que uma centena de frangos ou uma carga de legumes. Talvez um milhar de molhos de couve ou agrião ou uma tonelada de batatas! Correm as indústrias atrás de novidades e modernização, já sem falar nas de armamento e drogas, com sofisticação cada vez maior, para despertar no idiota civilizado a volúpia da compra, para ter, para mostrar ao rico que “também tem”, e continuam aqueles que produzem o indispensável, a comida, a sofrer pela sobrevivência. O supérfluo valoriza-se num crescendo geométrico e usa a mulher, o sexo, como chamariz para a venda de automóveis, relógios, armas e outros bens que bem podiam ser desnecessários. O sexo é hoje uma das maiores fontes de atração de dinheiro dos incautos. Assim a tara sexual se desenvolve, as mulheres que tanto lutaram pela emancipação viraram objetos comerciais de desejo e prazer e depois clamam pela legalização do aborto! O homem é o único animal em toda a natureza que passou a ter relações sexuais não para perpetuar a espécie, mas pelo simples prazer de o comentar. O homem e a mulher. Os restantes seres defendem as suas crias com a própria vida, e o homem mata-as antes mesmo delas abrirem os olhos para o mundo. Da máxima de Amor, faz aos outros o que queres que te façam, evoluíram, os mais “sabidos”, para faz para ti o melhor, com o mínimo de dano aos outros, para chegar ao descalabro do faz qualquer coisa em teu proveito e o outro... que outro???... que se dane! * Francisco G. de Amorim Rio de Janeiro 26 jun. 07 |